Coluna Esplanada

Arquivo : Jogos 2016

Jacarepaguá, no Rio, deve ganhar o ‘aeroporto olímpico’
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Leandro Mazzini

O despejo do secular AeroClube do Brasil de hangares do Aeroporto de Jacarepaguá, feito pela Infraero, segue estratégia muito maior que a anunciada alocação de 200 funcionários da estatal, retirados do Aeroporto do Galeão após a concessão.

A Infraero pretende inaugurar o Aeroporto Olímpico. A pista de Jacarepaguá, usada para voos executivos, fica a poucos quilômetros do futuro parque dos Jogos de 2016 na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. E a dois anos do maior evento do mundo virou alvo da cobiça da estatal e das grandes companhias.

O plano é ampliar a pista em 300 metros para receber Airbus e Boeing de voos domésticos, operados pelas aéreas nacionais. Procurada, a Infraero não se posicionou.

Há anos o debate rola na Barra da Tijuca, reduto classe A do Rio. Há quem prefira o bairro como está, já outros querem aeroporto mais perto que o Santos Dumont (Centro).


Força-tarefa por Jogos 2016 custará R$ 4 milhões por ano
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Leandro Mazzini

Passada a Copa da FIFA, o governo federal mira suas preocupações agora para o grande atraso das obras para os Jogos Olímpicos do Rio em 2016 – tanto atraso que fez o Comitê Olímpico Internacional pela primeira vez instalar um gabinete de monitoramento num país sede.

Mas na maratona contra o tempo, conota-se que o Palácio do Planalto resolveu criar a modalidade $alto sem Obstáculos: a presidente Dilma sancionou na última quarta (6) a Lei 13.020, que criou as Funções Comissionadas de Grandes Eventos (FCGE), o que acarretará em custos adicionais de até R$ 4 milhões por ano até 2017.

Serão 100 cargos comissionados destinados a servidores federais e militares, remanejados de seus órgãos de origem para a Secretaria Extraordinária para Grandes Eventos. Entre outras funções, em suma, caberá ao grupo planejar a logística de segurança pública – o que cabe à Prefeitura e governo do Rio – e em especial organizar a participação dos representantes do governo nos Jogos de 2016.

Ocorre que há três anos o Planalto criou a APO – Autoridade Pública Olímpica, justamente para fiscalizar as obras e representar o governo na organização – a APO, aliás, conta com servidores redirecionados, cargos em comissão, e sedes no Rio (prédio do BB, no Centro) e em Brasília (no CCBB).

CUSTOS

A priori, essa força-tarefa de 100 servidores custará aos cofres públicos R$ 372.912,20 até dezembro, quando… receberá aumento de gratificação. Ano que vem, serão R$ 398 mil por mês, que somarão mais de R$ 4,7 milhões só em 2015.

Além disso, esses cargos comissionados serão pagos pela rubrica de orçamento do Ministério da Justiça. Os servidores cedidos continuarão a receber seus salários dos órgãos de origem. Está estipulado no Parágrafo 3 da Lei sancionada. A turma baterá ponto na Secretaria até 31 de julho de 2017, um ano após o fim dos Jogos.

A FOLHA

Por enquanto, são 60 cargos comissionados para DAS 4, com adicional de R$ 4.764,89; 20 cargos para DAS 3 (R$ 2.677,48) e 20 para DAS 2 (R$ 1.673,46).

A lei, assinada por Dilma e avalizada por Miriam Belchior (Planejamento) e José Eduardo Cardoso (Justiça), prevê que as funções destinam-se a ‘atividades de direção, chefia e assessoramento’.

Questionada sobre os custos, cargos e funções supracitados, a assessoria da Casa Civil da Presidência, de onde saiu a Lei, limitou-se a informar que os dados estavam na publicação no D.O.

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Leite – o tucano está uma arara contra a presidente Dilma. Foto: psdb.org

ELEIÇÃO É.. 

Parece decisão eleitoreira. A presidente Dilma recuou e vetou a única emenda aprovada no SuperSimples, apresentada pelo deputado federal Otávio Leite (PSDB-RJ), sobre poder de capitalização de pequenas empresas na Bolsa e por fundos de investimentos ( saiba aqui ). “Não tenho dúvida de que a decisão foi política, para me prejudicar”, desabafa o parlamentar tucano, que virou uma arara. O deputado trabalhará para derrubar o veto no Congresso.

.. MINAR A OPOSIÇÃO

Otávio ficou revoltado, soube ontem à tarde por publicação, apesar de tudo combinado com governistas. Tivera o apoio do petista Cláudio Puty (PA), relator que dera parecer favorável. O ministro Afif Domingos, da Secretaria de Micro Empresas, endossara. Além de Luiz Barreto, do Sebrae, que comemorara. Por picuinha eleitoral, perdem o pequeno e médio empresário.

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UM LIXÃO ESTRUTURADO 

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Lixão da Estrutural – vergonha nacional a apenas 20km do Palácio onde foi assinada lei para seu fim. Foto: ABr

O Lixão da Estrutural, com 15 milhões de toneladas, fica numa cidade Satélite a apenas 20 km do Palácio da Alvorada, residência oficial da presidente da República. É só mais um dos 3 mil que ainda existem no Brasil apesar do prazo final de 2 de agosto para o fim dos lixões, dado pela lei da Política de Resíduos Sólidos. As prefeituras tiveram três anos para construir aterros sanitários.

Para piorar a situação , o Lixão é o maior da América do Sul e fica perto do Parque Nacional de Brasília, cujos mananciais abastecem 27% da capital. O Governo do Distrito Federal nada fez.

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 BIOGRAFIA & IMAGENS 

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Evandro – histórias tão excelentes quanto as fotos

Evandro Teixeira ganhou biografia ‘Um certo olhar’, por Silvana Moreira e prefácio de Verissimo. Lança dia 5 de setembro em Salvador, e 24 no Rio. Mais premiado e fotojornalista brasileiro, Evandro tem histórias hilárias, como a da chegada do Papa João Paulo II ao Galeão em 1980.

ôH, SEU PAPA!

Evandro chegara atrasado à base aérea do Galeão, perdera a famosa foto do beijo no chão e soltou lá de trás ‘Beija aí de novo, seu Papa!’. Se ouviu ou foi intervenção divina, o Papa beijou novamente o chão. Quando provocado sobre o episódio, o fotógrafo ri e desconversa. Evandro é colaborador do site da Coluna, onde o leitor encontra fotos históricas e inéditas.

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GUERRA DAS PESQUISAS 

O governador Jaques Wagner (PT) comemorou ontem a decisão do TRE de liberar, após semanas, a pesquisa encomendada pelo seu candidato ao governo, Rui Costa. DEM e PSB pediram o embargo porque numa pergunta associou Rui a Lula, enquanto a candidata Lídice (PSB) não foi associada a Marina Silva.. E o DEM pegou carona.

CORRIDA DO CAIXA 

Como apenas o último Ibope circulou por semanas na Bahia, com Paulo Souto (DEM) líder com 42%, e Costa em 3º com 8%, o DEM encheu os cofres para arrecadação, diz o PT. “Eu diria que a pesquisa foi encomendada para isso”, conta o governador. No mais, na pesquisa a ser divulgada hoje, que ouviu 2 mil pessoas em 84 cidades, Rui, antes em 3º, teria quadruplicado seu índice de intenção de votos.


Jogos 2016: APO cria força-tarefa para elaborar Matriz de Responsabilidade
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Leandro Mazzini

A 30 meses das Olimpíadas do Rio, com o ritmo quase parando das obras tanto na Vila Olímpica quanto em Deodoro, no complexo militar, o governo decidiu pressionar a Prefeitura e o Governo do Estado para a elaboração da chamada Matriz de Responsabilidade – nada menos que um cronograma de obras e planilha de custos.

A Matriz é fundamental para que não se repita o erro do Pan Americano de 2007, quando, sem uma, o governo federal teve de arcar com custos finais e obras para a realização dos Jogos – e o custo inicial de R$ 700 milhões passou dos R$ 3 bilhões. Foi a modalidade “Salto sobre Verbas”

Parece tão simples, mas não é. Desde que a Autoridade Pública Olímpica (APO) foi criada, há mais de dois anos, os governos federal e estadual – e a prefeitura, principalmente – batem cabeça numa maratona de empurra-empurra e colocam em risco o grande evento. Sérgio Cabral e Eduardo Paes, numa reunião em Brasília, chegaram a dizer que não precisavam de APO federal (cada um criou a sua).

O novo APO, general linha dura Fernando Azevedo e Silva, decidiu então montar uma força-tarefa com os entes. Enviou convites formais para o município e Estado. Pediu que enviem integrantes técnicos para que participem do grupo de elaboração da Matriz definitiva. Tornou-se a prioridade da APO. Paes, outrora reticente, já apoia a ideia.

A decisão da força-tarefa para a Matriz não foi apenas administrativa, mas política também. Foi ordem da presidente Dilma, preocupada com o cronograma das obras. Por mais que tenha tentado nos últimos dois anos, o ex-APO Marcio Fortes encontrou grande resistência no assunto junto ao Estado e prefeitura. Agora, militar com perfil conciliador, segue a linha militar de “Missão dada, missão cumprida”.

Hoje e amanhã, o general da APO participa de seu primeiro encontro oficial com os integrantes do Comitê Paraolímpico Internacional (IPC), que acontece segunda e terça no Rio, na sede do Rio 2016.

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General prepara corte olímpico de cargos políticos na APO
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Leandro Mazzini

O general Fernando Azevedo, o novo Autoridade Pública Olímpica (APO), que detesta indicações políticas a exemplo do antecessor, levantou os apadrinhados no órgão para fazer a limpa. São a maioria indicações do Ministério do Planejamento e do Esporte.

Também vai enquadrar uma turma que andou viajando demais, cujos nomes, datas e locais está na mesa. Não quer relatórios. Pretende ouvir um por um e saber o que as viagens trouxeram de eficiente para a gestão da APO.

Apenas um arquiteto viajou três vezes para o exterior em poucos meses. Numa delas, ficou três meses em Londres antes dos Jogos.

Há um caso especial de amigas sulistas. Uma funcionária cedida pela prefeitura de Porto Alegre assumiu diretoria depois que a colega foi arremessada. Para fora.

A caserna comemora: vai montar um QG Olímpico. General Azevedo já chamou o coronel Alberto Fonseca para seu braço direito.

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OFF LINE

O PSB já leva a sério os internautas para a campanha de Eduardo Campos. O site do partido está fora do ar, passa por reformulação para priorizar as redes sociais.

INTIMIDAÇÃO HERMANA

Aliados de Roger Molina, o senador que fugiu, suspeitam que há muito mais que piscicultura na pauta da visita do ministro da Presidência de Evo Morales, Juan Ramon Quintana, ao governador do Acre, Tião Viana, na Sexta. É lá que está vivendo a família de Molina. Quintana levou séquito que conversou a portas fechadas com Viana. Em Abril, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, levou chá de cadeira de três horas no Palácio, à espera do presidente Evo para tratar do caso dos corinthianos presos. Então Evo mandou avisar que Quintana o receberia. Cardozo foi embora. A assessoria nega o ‘chá’ e alegou que ele tinha agenda no Brasil. A coluna mantém a versão

EPA, EPA!

Quem entende de política partidária suspeita de que há uma direta ligação entre os 900 cargos comissionados cortados por Eduardo Campos, com economia de R$ 25 milhões, e a saída de socialistas de cargos dos governos do PT, que ficarão sem salários.

SEM BOLSA 

O ministro da Pesca, Marcelo Crivella (PRB), pré-candidato ao governo do Rio, nega rumores de que vá lançar um ‘Bolsa Pescador’. ‘Nunca ouvi falar’, resume.

LULISTAS EM FESTA

Uma pesquisa interna do PT revelou tudo o que a ala Lulista queria : mostra que, num cenário hoje de eleição, a presidente Dilma não seria reeleita, com Eduardo e Marina juntos, e Aécio em ascensão. E só Lula candidato bateria qualquer um dos três.

COMEÇOU A CAMPANHA 

A presidente Dilma baixa em Teresina (PI) na Sexta. Ela entregará certificados a alunos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego. Quem passa na cidade, hoje, é… Eduardo Campos, para receber título de cidadão honorário.

VOLTA DOS DÍGITOS 

Em 2010, prestes a ser lançada candidata a presidente, Dilma participou de encontro de centrais sindicais na Câmara. No meio do discurso soltou que o governo teria juros de um dígito. Sem ouvir a ovação esperada, ela frisou, “vou repetir, juro de um dígito”.

PSDB x PT

Os advogados do PSDB no DF liderados por Raimundo Ribeiro e Paulo Fernando Melo lançaram a Campanha da Legalidade. Vão acompanhar com lupa os atos, nomeações, licitações e editais do governo Agnelo (PT).

APELO à OEA

O ex-presidente da Bolívia Jorge Quiroga enviou carta ao Secretário-Geral da OEA, José Insulza, apelando para intervir contra uma terceira candidatura de Evo Morales. Quiroga cita o Fujimoraço, e pede que a OEA, com base no artigo 20 da Carta Interamericana, convoque o Conselho Permanente para avaliar a situação do País.


General linha dura assume front pré-Olímpico
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Leandro Mazzini

A iminente posse do general Fernando Azevedo e Silva como Autoridade Pública Olímpica (APO) contrariou o Governo do Rio e a Prefeitura, além do Ministério do Esporte.

Há uma velada oposição dessas três esferas à figura da APO, cargo de confiança da Presidência, que monitora os projetos e execuções para os Jogos.

Foi a resistência desse grupo que forçou a saída de Marcio Fortes, e justo por isso, ciente dos bastidores, a presidente Dilma decidiu colocar um militar linha dura no front como recado: está de olho na modalidade Salto sobre Verbas.

Assim como o antecessor Fortes, o general Azevedo e Silva tem perfil técnico e evita nomeações políticas. Ninguém do Esporte conseguirá emplacar a turma do PCdoB ali.

Hoje o general será apresentado no Senado pelo relator de sua nomeação para a sabatina dia 15, Francisco Dornelles (PP-RJ).

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COMEÇOU O JOGO

Presidente do PP, o senador Ciro Nogueira (PI) está limpando o partido dos fichas-sujas, e surge por ora como potencial vice de Aécio Neves (PSDB) em 2014.

AÍ TEM..

Ninguém no Congresso, do baixo clero aos caciques, acredita que Marina Silva e Eduardo Campos (PSB) vão deixar para 2014 algo que já foi acordado entre ambos. O quê, é um mistério. Hoje vice-líder nas pesquisas, Marina abdicar de um recall eleitoral de massa mostra, para os líderes, algo que não existe na política: desapego. Há quem aponte exagero no discurso de Marina e Eduardo, no Sábado, sobre ‘enterrar a velha política’. Neto e discípulo de Miguel Arraes e ex-aliado de Lula e Dilma até semana passada, Campos deu um tiro no pé. ‘Que política velha?’, pergunta deputado.

ZERO NO BOLETIM

O deputado Edinho Bez (PMDB-SC) convidou para audiência pública na Comissão de Fiscalização e Controle os diretores das universidades Gama Filho e Cidade, do Rio, e representantes do MEC, para debater a crise financeira dos grupos educacionais.

VEM MAIS AÍ

O PROS espera filiar mais gente graúda. É que, quem não disputar a eleição ano que vem, tem mais 20 dias para mudar de partido. Solidariedade segue a mesma cartilha.

SUBSÍDIO NA PISTA

Como os subsídios, tão discutidos na OMC, também acirram disputa no esporte: O açúcar Itajaí, de Goianésia, tem sua logo no carro do piloto americano J. Rozenweig, da GP2, porque seus importadores dos EUA e Europa recebem subsídios dos governos. Ou seja, uma empresa de Goiás banca o piloto americano lanterna, sem pontuação na temporada, e o vice-líder, o brasileiro Felipe Nasr, não consegue a marca brasileira. O brasiliense Nasr é promessa para a F1 em 2014 ou 2015.

OLHO NELES

Do presidente da Associação dos Delegados da PF, Marcos Leôncio: ‘Hoje em dia, uma organização associativa precisa ter compromisso social e se posicionar sobre as grandes causas’. A turma do coldre contra o colarinho branco está atenta. A ADPF se uniu à OAB e ao Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (da Ficha Limpa) pela aprovação de projeto de iniciativa popular de reforma política. ‘O sistema eleitoral atual é uma das principais causas de corrupção’, diz Leôncio.