Coluna Esplanada

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Sarney fala em “férias do Poder” e programa tour por EUA e Europa
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Leandro Mazzini

De 1º de Março até Junho, durante o Outono, o senador José Sarney (PMDB-AP) vai “tirar férias de 20 anos do Poder”, segundo revelou a contato da coluna – ou oficialmente 120 dias de licença do Senado.

 

Os motivos: Vai aos Estados Unidos consultar médico para tratar joelho da esposa, dona Marli; depois faz com ela um tour pela Europa e neste período conclui a sua autobiografia. Ex-governador do Amapá, o suplente Jorge Nova da Costa assume a vaga no Congresso.

 

Decidiu complementar em novo livro, agora de seu próprio punho, mais detalhes de sua vida pessoal e pública além do tratado na recente biografia autorizada escrita por Regina Echeverria. Sarney não toca no assunto, mas aliados sabem o quanto o incomodou o livro de Palmério Dória, Honoráveis bandidos, sobre supostos bastidores da família.

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LAVANDERIA

Na terceira reforma em apenas 10 anos, com R$ 2 bilhões já investidos desde a primeira, o Maracanã – que pode ter outra obra após a Copa – segue devagar nas obras.

LEÃO FAMINTO

A Leão Leão, que abocanhava obras do DER paulista e pede recuperação judicial, informa que não fez demissões e honra salários. Não condiz com o relatado à coluna: demitiu quase 300 empregados, sem direitos trabalhistas, tão logo contratou a consultoria Exame mês passado. E atrasa os salários de Janeiro, pagos em parte.

SILÊNCIO NO CANTEIRO

Os benefícios dos empregados como vale-alimentação e convênio médico foram cortados até segunda ordem. Toda a diretoria foi para a rua também. Procurada pela coluna, a empresa não se pronunciou.

3D DA KISS

A Polícia vai usar um scanner de última geração para mapear a boate Kiss, em Santa Maria (RS). Os delegados já concluíram que, além das várias irregularidades, os sinalizadores usados pelos músicos causaram o incêndio que matou 239.

VOLTA PRA CASA

Pelos movimentos, o senador Fernando Collor (PTB-AL) indica que disputará o governo de Alagoas em 2014. Comprou a segunda maior casa de Arapiraca, base de sua família, e mudou-se para lá. Será a ponte com o interior.

SHOW DO BILHÃO

É difícil de entender como tem estrada ruim por aí, e as boas são concedidas. O Brasil arrecadou R$ 26,9 bilhões (!) de IPVA em 2012, segundo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário. Com IPI zero e milhares de carros novos na rua, o valor vai subir este ano. Em 2012, SP liderou o cofre do IPVA com R$ 11,3 bilhões, seguido de Minas (R$ 3,1 bilhões).


Após doações a partidos, grupo pede concordata em SP
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Leandro Mazzini

A despeito dos serviços prestados, a engenharia – pelo menos a financeira – não é o forte da Leão Leão pelo que se vê no episódio.

Composto por empresas que prestam serviços a prefeituras do interior paulista, o Grupo Leão Leão entrou com pedido de recuperação judicial na 6ª Vara Cível de Ribeirão Preto (SP). Há meses, deve a centenas de fornecedores. Acontece, empresas quebram, sem surpresa num país que tem a maior carga tributária do planeta.

O curioso é que a holding nunca titubeou, aparentemente com o caixa apertado, como se mostra agora, em distribuir generosidades a políticos em campanha. Através da CFO Engenharia, braço da Leão com contratos municipais, o grupo doou R$ 800 mil ano passado para os comitês nacionais do PSD e PMDB.

O dinheiro teve destino certo. Irrigou a reeleição da prefeita Dárcy Vera (PSD) na sua cidade sede: Ribeirão Preto. As doações aos partidos via transferência eletrônica, no valor de R$ 530 mil e R$ 270 mil, foram feitas dias 19 e 22 de Outubro, quando o grupo já devia na praça.

Tradicionalmente a relação empreiteira-candidato é repetida em todas as esferas de candidaturas. Não foi diferente com a CFO. Em 2010, doou R$ 125 mil para campanhas de dois candidatos a deputados estaduais e um federal. Só Duarte Nogueira (PSDB), que recebeu R$ 60 mil, foi eleito. Já Antônio Souza (PP), que levou R$ 50 mil, e Ubirajara Guimarães (PSDB), com R$ 15 mil, foram investimento perdidos da Leão. Não se elegeram para Alesp.

O grupo, hoje com quatro empresas, surgiu meteoricamente no auge político-municipal de Antonio Palocci, e cresceu em importância tanto quanto o petista ao galgar etapas mandatárias. Agora, tal como o padrinho, a holding caiu no conceito do mercado. E recorre à Justiça para se manter.

Por comunicados, a Leão Leão pretende ao menos honrar com salários de 600 funcionários na região, sem demissões. Contatado pelo blog na sexta, o grupo não se manifestou.

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