Coluna Esplanada

Arquivo : leonardo quintão

Picciani assumirá Ministério do Esporte e Quintão será líder do PMDB
Comentários Comente

Leandro Mazzini

picciani

O cenário foi fechado ontem pelo presidente Michel Temer no Palácio do Jaburu.

O atual líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani – aliado de Dilma até a votação do processo de impeachment na Câmara – vai assumir o Ministério do Esporte, avalizado pelo PMDB do Estado do Rio e pela bancada.

Neste caso, Leonardo Quintão (MG) automaticamente se torna líder na Câmara.

MAIS DUAS PASTAS

O esboço para o primeiro escalão envolvendo a ascensão de Picciani foi difícil. A bancada pressionou porque não se sentia representada apenas no Esporte, e Picciani então levou o recado a Temer: Só aceitaria a pasta se os deputados tivessem mais dois ministérios.

Desde ontem, Temer ofereceu então a Integração e a Defesa para os deputados, e mandou eles se virarem para escolher nomes de consenso. Na contrapartida, o presidente pediu o apoio incondicional de todos os 69 deputados.

O Blog no Twitter e no Facebook


Quintão entrega carta de apoio a Picciani e solta: ‘Cunha é traidor’
Comentários Comente

Leandro Mazzini

quintao

Ex-candidato a líder do PMDB – ocupou o cargo, aliás, por um dia no fim do ano passado – o deputado federal Leonardo Quintão entregou na tarde desta quarta (3) uma carta com apoio de seis dos sete parlamentares da bancada mineira.

O mineiro chamou o presidente da Câmara, seu ex-aliado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de traidor. Quintão revelou que se sentiu usado por Cunha para prejudicar Picciani no malsucedido episódio que teve reviravolta na batalha interna da bancada.

Leonardo Quintão foi à liderança do PMDB para entregar o documento pessoalmente ( assista ao vídeo acima ), ao lado de outros dois deputados do PMDB de Minas.

Mas há outro ingrediente político motivador da ira de Quintão. Cunha usou do poder da caneta para destitui-lo da relatoria do novo Código de Mineração, que tramita em comissão especial na Câmara. Cunha nomeou o deputado Laudívio Carvalho (PMDB-MG) o novo relator. Não por acaso, Laudívio será o único voto contra Picciani na bancada mineira.

A DISPUTA

Picciani concorre no próximo dia 17 ao cargo de líder para 2016, na tentativa de reeleição, contra o deputado Hugo Motta (PMDB-PB) – este apadrinhado por Cunha, agora desafeto do atual líder, após racharem. Picciani é governista e apoia a presidente Dilma e o PT; Cunha, a despeito do cargo, é declaradamente oposição.

O episódio de reaproximação de Picciani com Quintão após o carioca retomar o cargo no fim do ano foi curioso. Eles precisavam se encontrar num fim de semana e, por causa de forte chuva no Sudeste, os aeroportos de Belo Horizonte e Rio estavam fechados.

Ambos dirigiram seus carros até Juiz de Fora, na Zona da Mata de Minas, um ‘ponto neutro’ para a conversa. Do encontro saiu a famosa foto que surpreendeu aliados de ambos, quando selaram o acordo. Quintão tornou-se o vice-líder de Picciani e assim se dá por satisfeito, repete.

O Blog no Twitter e no Facebook


Quintão tentou visita, mas Renan o barrou na porta do gabinete
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Quintão, em primeiro plano, com Picciani ao fundo. Foto: ABr

Quintão, em primeiro plano, com Picciani ao fundo. Foto: ABr

Líder por 48 horas, Leonardo Quintão (MG), do grupo de Michel Temer, não foi feliz nas suas tentativas de investidas em relações públicas.

Assim que alçado a líder, telefonou para o presidente do Senado, mas Renan Calheiros não quis atender. No mesmo dia, Quintão pisou firme e atravessou o salão até o gabinete de Renan. O presidente estava, e não abriu a porta.

Renan é aliado de Picciani e teve papel fundamental na recondução do líder outrora deposto.

O Blog no Twitter e no Facebook


Cai Picciani. Novo líder do PMDB é Quintão, ligado a Cunha
Comentários Comente

Leandro Mazzini

quintao

Com aval do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), um grupo majoritário articulou nesta manhã e conseguiu destituir o líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ). O novo líder é Leonardo Quintão (MG).

O grupo dissidente foi comandado pelos deputados Darcísio Perondi (RS) e Lúcio Vieira Lima (BA), ligados a Cunha. A ala majoritária conseguiu 35 votos, contra 31 de Picciani.

Picciani se afastara do presidente da Casa e aliado desde que se aproximada, há dois meses, da presidente Dilma. O que lhe rendeu indicar dois colegas de bancada para ministérios: Saúde (Marcelo Castro, do Piauí) e Celso Pansera (Ciência & Tecnologia, do Rio).

Picciani se reunira com a equipe e seus principais aliados desde às 9h desta quarta, na liderança, após chegar tenso na Chapelaria. Ficou a maior parte do tempo ao telefone, fazendo contas.

O deputado carioca não se deu por vencido, a despeito de ter acolhido a decisão da maioria, que irá protocolar a decisão na Mesa Diretora nesta tarde. Picciani vai trabalhar ainda hoje para tentar reverter votos e tentar uma reviravolta até esta quinta-feira.

O Blog no Twitter e no Facebook

SAC & IMPEACHMENT

Com a ascensão de Quintão muda totalmente a relação da bancada do PMDB com o Palácio do Planalto. Quintão agora é apadrinhado de Eduardo Cunha, e poderá ter influência nos oito votos que o partido terá na comissão especial que analisa o processo de impeachment da presidente Dilma – o esperado placar a favor do Planalto também pode mudar, para pior, com a ingerência de Cunha sobre a bancada a partir de agora.

O que está no bojo do embate interno na bancada é o Poder alcançado por Picciani junto à presidente Dilma. Além dos dois ministérios, ele já poderia indicar um deputado como terceiro, o da Aviação Civil.

O nome mais cotado é o de Newton Cardoso Jr, uma exceção à disputa interna, em razão de ser aprovado tanto por dissidentes de Picciani quanto pelo grupo do ex-líder. Ainda não há nada oficial.

Não está certo, porém, que a bancada indique um nome à SAC, porque o grupo dissidente é contra ter cargos no Governo.

 


Deputados da comissão do novo Código Mineral: silêncio ensurdecedor
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Quintão (E) e Guimarães, na comissão do Marco Regulatório de Mineração na Câmara

Quintão (E) e Guimarães, na comissão do Marco Regulatório de Mineração na Câmara

Causa estranheza no Congresso Nacional e em Minas Gerais o silêncio ensurdecedor de dois deputados federais sobre a tragédia do rompimento da barragem da Vale/Samarco em Mariana.

Os federais Leonardo Quintão (PMDB) e Gabriel Guimarães (PT) sumiram dos holofotes. O primeiro é presidente da comissão especial do novo Marco Regulatório de Mineração; o segundo é o relator. O tema está em debate na Casa desde ano passado, com forte presença de representante das mineradoras nacionais e internacionais.

Quintão foi candidato a prefeito de Belo Horizonte em 2008, com chances. Levou para o segundo turno a disputa contra o depois eleito Marcio de Lacerda (PSB). O deputado ainda sonha com uma candidatura majoritária no Estado. Gabriel é filho do veterano ex-deputado federal Virgílio Guimarães.


Em Minas, Pimentel não consegue ‘domar’ PMDB, que aposta em Quintão
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Pimentel - Ele quer petista, mas PMDB quer impor candidato na capital. Foto: ABr

Pimentel – Ele quer petista, mas PMDB quer impor candidato na capital. Foto: ABr

O governador de Minas, Fernando Pimentel (PT), faz um esforço tremendo para levar o PMDB de fato para sua base.

O partido controla a Assembleia Legislativa e tem dificultado a vida do petista. Ainda não se sente contemplado de fato na distribuição de poder no Governo. Em tempo, o vice-governador é o ex-deputado e ex-ministro da Agricultura Antonio Andrade.

Agora surge outra dor de cabeça para Pimentel, que pretende conquistar a capital que já administrou. Ele procura um candidato viável que seja do PT mas aceito pelo PMDB. O problema é que os peemedebistas querem lançar o deputado federal Leonardo Quintão – que se candidatou em 2008 e bateu na trave, no segundo turno derrotado pelo prefeito Marcio Lacerda.

 


CPI da Petrobras é misto de demanda por diretoria e ministério
Comentários Comente

Leandro Mazzini

O endosso em massa do PMDB da Câmara dos Deputados nas assinaturas para a criação da CPI da Petrobras envolve muito além do pedido de investigação das transações deficitárias da estatal.

Provocada pelo deputado Leonardo Quintão (PMDB-MG), sem muita força inicial, cresceu nos últimos dias de uma forma que ficou evidente o interesse real do PMDB na Casa – embora tenha companhia suprapartidária na lista dos signatários.

O pedido de investigação é uma pressão do jogo político. Tornou-se um misto de insatisfação de quem foi preterido para um ministério e escanteado pelo partido em seu reduto, com a reivindicação dos preteridos por um alto cargo na própria petroleira.

Extraindo o óleo político na prospecção: Quintão não esconde sua indignação por ter sido atropelado pelo partido na escolha para um ministério da presidente Dilma. A bancada mineira emplacou Toninho Andrade na Agricultura.

Por outro lado, o pedido protocolado tornou-se uma forma velada de a bancada pemedebista pressionar pela recondução de um apadrinhado à bilionária Diretoria Internacional da petroleira, que era da cota do partido. Quando assumiu, a presidente Graças Foster fez a limpa nos cargos políticos – relembre aqui – e a própria Foster assumiu essa diretoria.

A limpa de Foster ocorreu em Abril de 2012. Pouco tempo depois caiu Jorge Zelada, da diretoria Internacional. Ele era apadrinhado também por senadores do PMDB.

O Palácio do Planalto enviou recados ao presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), para conter a rebelião e se virar.

Siga a coluna no Twitter e no Facebook

_______________________

TELEINVENÇÃO

A Polícia Federal, que investiga a confusão sobre o corre-corre dos beneficiários do Bolsa Família, está espantada com a onda de outro boato: a suposta utilização de um telemarketing, amplamente divulgada pela imprensa, passa ao largo da investigação oficial, garante o diretor da PF, Leandro Daielo, a um deputado tucano que o visitou.

FUMAÇA NA FRONTEIRA

A direção da PF já tem mapeamento e está preocupada com o crescente plantio de pés de maconha no Paraguai e de folhas de coca na Bolívia, em regiões na fronteira com o Brasil. O País já se tornou uma das principais rotas mundiais das drogas.

‘SOMOS GOVERNO’

Questionado sobre a momentânea desunião do PMDB na votação da MP dos Portos, o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ) desabafa: ‘O PMDB está sempre unido. Ele pode divergir do conteúdo do governo. Nós somos governo’. Segundo Eduardo Cunha, ‘O conteúdo (de projetos) nós votamos da maneira que entendemos melhor. E ponto’.

BOLSA MILHÃO

Desde sábado, começou uma nova correria às loterias aí, mas nada sobre o Bolsa Família. Com país estagnado, é gente que aposta na Quina de São João.

BATENDO BOLA

Dentre as ações no STJ patrocinadas pelo novo indicado ao STF, o advogado Luis Roberto Barroso, que ficarão com seu escritório, estão a defesa da CBF em processos contra o PFL (atual DEM), contra Pelé e contra Carlos Alberto Torres.

99 X 1

O presidente nacional do PTB, Benito Gama, diz a aliados que o partido ‘está 99 por cento fechado com Dilma Rousseff’. Não se sabe para que lado vai, até 2014, o peso significativo de 1% da legenda. Entrelinhas, Roberto Jefferson.

SEM CULPADOS..

O presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), encontrou na matemática dos partidos a desculpa para explicar por que a base deixa o Palácio na mão. ‘Temos 22 partidos na base e oito na oposição’. Assim, segundo ele, fica difícil a articulação..

 


Em Minas, Campos esnoba Lacerda e planeja lançar deputado
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Tratorado pelo alinhamento do PMDB com a futura candidatura de Fernando Pimentel (PT) ao governo de Minas, o deputado Leonardo Quintão estuda deixar o partido após o convite tentador de Eduardo Campos: lançá-lo pelo PSB na mesma disputa, e ceder a ele o comando da legenda. ‘Estou pensando muito nisso’, revela Quintão.

Campos desistiu do prefeito de Belo Horizonte, Marcio de Lacerda, que recusou se lançar ao governo para lhe abrir o palanque presidencial no 2º maior colégio eleitoral do país.

O desafio no estado é grande para o socialista. O atual presidente do PSB está de saída. É o ex-ministro Walfrido dos Mares Guia, para o PSB nacional um erro de cálculo: é aliado e amigo do ex-presidente Lula e no que se esboça da conjuntura.

Não é segredo em Minas: Walfrido é cria de Lula e amigo de Pimentel, deve se aliar ao petista. Já o prefeito Lacerda é mais aliado de Aécio Neves (PSDB) que o próprio presidente do PSB. O cenário virou um tutu eleitoral.

Mudanças ocorrerão antes que o tutu eleitoral vire pepino. Apesar de socialistas, Lacerda e Walfrido brigaram. O prefeito não engole o fato de Walfrido ter jantado com Lula e Pimentel em BH poucos dias antes da eleição de 2012 que o reconduziu ao cargo.

Enquanto o PSB se retorce na crise existencial mineira, Leonardo Quintão não esconde revolta com PMDB. Depois de barrado para disputar a prefeitura em 2012, esperando recompensa, foi preterido para ministro da Agricultura. A mudança de partido já teria o pretexto necessário para Quintão se entregar ao PSB

O poder eleitoral de Quintão surgiu em 2008, quando levou a disputa contra Lacerda para o 2º turno. Mas aí, indicado por Ciro Gomes, entrou em cena na TV o humorista Tom Cavalcanti, contratado pela campanha socialista. Tom passou a imitar caras e bocas de Quintão, com sotaque carregado do interior – conotando imagem de caipira. É tudo o que os cosmopolitanos belo-horizontinos rejeitam de rótulo. Há quem diga que isso ajudou Lacerda.

Siga a coluna no Twitter e no Facebook

______________________________

BEBÊ SEGURO

Ministro da Pesca, o senador licenciado Marcelo Crivella (PRB) fisgou a presidente Dilma. Ela sancionou ontem a lei proposta por ele, que assegura à gestante em aviso prévio a garantia do emprego, como adiantou a coluna.

LEI ESCUDO

A ONG Repórteres sem Fronteira enviou carta de protesto à Casa Branca, que prometeu criar lei federal de proteção a fontes após grampo feito pela CIA em telefones de jornalistas da agência de notícias Associated Press. A ONG sugeriu a Lei Escudo. A exceção para a revelação da fonte seria em casos de suspeita de ataque ao anônimo ou sobre iminente ataque terrorista.

SESSÃO DA TARDE

Os senadores cravaram uma grande enganação política ao dizerem que foi a última vez que o governo tratora a Casa com votação de MP sem lastro. O filme se repete, sempre.

MUNDO PEQUENO

O ex-senador Demóstenes Torres, hoje procurador licenciado em Goiás, foi visto na Terça, sozinho, no Café do Hotel Naum de Brasília. Por coincidência, é onde se hospeda o nobre advogado Marcio Thomaz Bastos, que defendeu Carlinhos Cachoeira.

PONTAPÉ DO PALCO

Aerosmith e Justin Bieber podem confirmar para antes da Copa shows na Arena Garrinchão, o estádio nacional de Brasília, que será inaugurada hoje.

PONTO FINAL

O roubo de joias de celebridades em Cannes, que vale um filme, já ganhou o prêmio deste ano.


< Anterior | Voltar à página inicial | Próximo>