Coluna Esplanada

Arquivo : lídice da mata

Aliados na Bahia, PT e PSB preparam palanques para Dilma e Campos
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Leandro Mazzini

O governador Jaques Wagner (PT), da Bahia, entrou numa sinuca de bico. Bem posicionada nas pesquisas, a senadora e aliada Lídice da Mata (PSB), que ele ajudou a eleger, disse que pretende se candidatar ao governo, mas dar palanque a Eduardo Campos. Wagner precisa abrir campanha para a presidente Dilma no Estado.

O PSB deixou cargos no governo federal, mas não nos Estados onde é aliado do PT. É o caso da Bahia, onde o secretário de Turismo, Domingos Leonelli, é do PSB – apadrinhado de Lídice.

Wagner pretende manter candidato do PT, e anuncia mês que vem o seu escolhido à sucessão, seu preferido é o chefe da Casa Civil, Rui Costa. Mas ele continua a conversar com José Sérgio Gabrielli, ex-Petrobras, e o senador Walter Pinheiro.


Sem candidatura em 2014, Wagner articula sucessão na Bahia de olho no PSB
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Leandro Mazzini

A um ano do início das campanhas, as águas da Baía de Todos os Santos estão propensas às navegações políticas, embora numa maré aparentemente ainda mansa.

Uma pequena agitação tomou a capital com a decisão do governador Jaques Wagner (PT) – no segundo mandato – em não concorrer a cargo algum em 2014, mas o capitão do estado articula a sua sucessão, com um olho nas hostes do PT, e outro no movimento do por ora aliado PSB, comandado pela amiga senadora Lídice da Mata.

A despeito da indecisão no partido, Wagner já tem o predileto. É Rui Costa, seu chefe da Casa Civil. Correm por fora, na tentativa de se lançarem pelo partido, o ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli – ligado a José Dirceu – e o senador Walter Pinheiro.

Wagner, no entanto, avalia a conjuntura para indicar o seu favorito e prefere não adiantar a sucessão. Está atento à onda de protestos populares Brasil afora, estuda os movimentos sócio-políticos local e nacional, e pretende anunciar o futuro candidato até Dezembro. A despeito de a escolha ser do partido (haverá muita negociação com o trio) mas a palavra do governador tem o peso.

O cenário exige cautela. E o PSB aliado de primeira hora está num encruzilhada. Decidido a disputar a Presidência da República com ou sem base de apoio, o governador Eduardo Campos, presidente do PSB, cobra uma posição clara de Lídice da Mata: Em suma, ou ela se lança candidata ao governo para lhe dar palanque, numa eventual coalizão com PSDB, PPS e DEM, ou terá o risco de perder o comando do diretório no estado, o que resultará no lançamento de outro nome.

Em outro cenário, se Campos não se lançar presidente, é provável que o PSB feche aliança com o PT. Essa indecisão socialista interfere diretamente na escolha petista. Nada se define entre petistas enquanto Campos ou Lídice não tomarem uma posição.

Uma prova de que todos estão no mesmo barco da maré, por ora mansa, da Bahia.


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