Coluna Esplanada

Arquivo : marco feliciano

Janot pede ao STF para abrir inquérito sobre Feliciano e PF entra no caso
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Leandro Mazzini

> Janot envia relatório ao STF, que escolherá ministro. PF vai entrar no caso oficialmente

> Decisão ocorre enquanto Patrícia tem pedido de prisão preventiva em SP por extorsão.

> PF tem agora a chance de provar quem mente numa história em que todos são suspeitos, pelas evidências apresentadas

janot

O procurador geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao Supremo Tribunal Federal pedido de abertura de inquérito para investigar o deputado Pr Marco Feliciano (PSC-SP), por suspeita de agressão, assédio e tentativa de estupro, confirmou nesta terça a assessoria do Ministério Público Federal. O caso está em segredo de Justiça.

O pedido  está embasado na denúncia feita por grupo de parlamentares femininas da Câmara Federal e em evidências entregues em relatório. Agora, o caso está nas mãos da Polícia Federal, que começará a fazer as diligências.

A denúncia foi feita pela jornalista Patrícia Lélis, que hoje teve seu pedido de prisão feito pela Polícia Civil de São Paulo. Ela é investigada na jurisdição paulista por tentativa de extorsão e falsa comunicação de crime. Na cidade, ela tentou negociar o seu silêncio com o ex-chefe de gabinete de Feliciano, Talma Bauer. O caso, registrado no 3º DP, foi encaminhado ao Fórum na última sexta-feira.

Em Brasília, em outra frente de investigação, a PF vai apurar a denúncia de Patrícia. Ela diz que se encontrou com o deputado no apartamento funcional dia 15 de junho, onde teria ocorrido a agressão. O parlamentar nega que com ela tenha se encontrado, e diz que ela nunca pisou no apartamento – além disso apresentou sua agenda externa naquele dia, sem detalhar horários.

A PF terá a oportunidade de descobrir quem diz a verdade. Experientes investigadores citaram à Coluna que é possível trabalhar em duas frentes: basta rastrear os sinais de celulares da garota e do deputado no dia do ocorrido; e periciar os aparelhos para comprovar se são verdadeiros os prints de mensagens trocadas entre os dois – e usadas por Patrícia na sua denúncia.

A Polícia Federal também vai cobrar da Polícia Legislativa (DEPOL) da Câmara dos Deputados o backup dos vídeos da portaria e elevadores do prédio onde reside o deputado em Brasília. Esse também foi um pedido da PGR. A DEPOL informou à Coluna que não há mais os vídeos – que podem inocentar Feliciano, ou comprovar que a mulher esteve no prédio.

A despeito dos rumos e das eventuais descobertas desta investigação agora em Brasília, Feliciano não poderá ser indiciado por crime de agressão e tentativa de estupro, porque não há provas – mesmo que eles supostamente tenham se encontrado no apartamento. Patrícia não fez boletim de ocorrência no dia da suposta agressão, nem exame de corpo de delito – o que evidenciou que ela queria resolver seu lado financeiro, como ficou comprovado com os episódios em SP.

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Confira aqui a primeira denúncia

Ouça aqui o áudio em que ela confirma a agressão

Assista o vídeo que comprova encontro da garota com assessor

Leia aqui os prints das conversas sobre negociação de R$ 300 mil

Feliciano telefonou para ela, e pediu para caprichar em vídeo em sua defesa

Veja aqui o cronograma da denúncia


Polícia de SP pede prisão de mulher que acusou deputado Feliciano
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Leandro Mazzini

No desdobramento da investigação que cercou a jornalista Patrícia Lélis, a Polícia Civil de São Paulo pediu a prisão preventiva – sem data para soltura – da garota. O inquérito foi concluído pelo delegado substituto de Luiz Roberto Hellmeister, do 3º DP, que segue de licença médica após um infarto. A Justiça analisa o pedido de prisão.

Veja aqui – Janot pede ao STF para abrir inquérito para investigar Feliciano

O ex-chefe de gabinete de Feliciano Talma Bauer, com quem ela negociava R$ 50 mil por seu silêncio, não foi indiciado por favorecimento pessoal. Segundo o delegado Hellmeister, ele também foi vítima da extorsão e falsa comunicação de crime.

No inquérito a Polícia também evidencia que a garota tem traços de mitomania. Não há um laudo oficial sobre o perfil psicológico da mulher que crava ‘mitomania’ – o termo foi citado por uma psicóloga numa oitiva à Polícia de Brasília em outro caso envolvendo a garota, ano passado. O único laudo oficial da Polícia Civil de Brasília, enviado à Coluna, cita traços depressivos, de comportamento controverso e de convívio antissocial.

O caso de SP segue à parte à denúncia que Patrícia fez em Brasília contra o deputado federal Pr. Marco Feliciano (PSC-SP). Ela o acusa de agressão, assédio sexual e tentativa de estupro dentro do apartamento funcional. O crime teria ocorrido, segundo a mulher, dia 15 de junho.

O deputado contesta as informações e apresentou fotos de sua agenda durante a manhã daquele dia – no Ministério do Trabalho e depois em reunião de líderes com o presidente da República, Michel Temer. A jovem e sua advogada, Rebeca Aguiar, contestam as informações, porque, segundo contam, o deputado se ausentou da Câmara naquela manhã em sessões de comissões e não apresentou detalhamento de seus horários. Patrícia garante que se reuniu com ele  em algum horário entre 9h30 e 12h daquele dia 15.

Atualização terça, 6/9, 18h12 – Este caso está sob investigação da Procuradoria Geral da República. O PGR Rodrigo Janot analisou pessoalmente as informações e decidiu enviar pedido ao STF para abrir inquérito sobre o caso, por Feliciano ter foro privilegiado.

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Feliciano telefonou para ela, e pediu para caprichar em vídeo em sua defesa

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Advogada de Lélis pedirá ao MP anulação do inquérito em SP
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Leandro Mazzini

A advogada da jovem Patrícia Lélis, Rebeca Aguiar, que assumiu o caso há duas semanas, vai solicitar ao Ministério Público de São Paulo a anulação do inquérito no 3º Distrito Policial (Campos Elísios) aberto pelo delegado Luís Alberto Hellmeister, no qual sua cliente foi indiciada por falsa comunicação de crime e extorsão – e pelo qual corre risco de prisão.

A defesa de Patrícia alega que, por ter citado o deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) como um dos envolvidos no caso, o inquérito deveria ter sido remetido imediatamente para o Supremo Tribunal Federal, órgão competente para analisar o caso, pelo fato de Feliciano ter foro privilegiado.

O caso em SP virou uma novela, na qual Patrícia de suposta vítima tornou-se a vilã. Ela acusou o chefe de gabinete de Feliciano, Talma Bauer, de cárcere privado e coação, para que mudasse a versão da acusação contra o deputado, por assédio, agressão e tentativa de estupro, em Brasília. Mas provas apresentadas ao delegado, em vídeos, áudios e prints de mensagens entre celulares, comprovam , de acordo com o delegado, que ela mentiu claramente para receber dinheiro em troca de seu silêncio.

Talma Bauer não foi indiciado pela polícia no caso, por crime de favorecimento pessoal, a despeito de a polícia ter apreendido R$ 20 mil do total de R$ 50 mil que seria pago a Patrícia. Feliciano alega, em sua defesa, que não sabia dos passos do assessor – que pediu exoneração semana passada. Mas em um dos vídeos, entregue pelo jornalista Emerson Biazon, que acompanhava a garota, Bauer passa o celular para Patrícia falar com Feliciano. Emerson garantiu à polícia que Feliciano ligava a todo momento para o assessor.

A Coluna solicitou ao delegado Luís Hellmeister, do 3º DP em SP, o envio do documento que dispõe sobre o laudo psicológico da garota. Em contato, o delegado Hellmeister justificou que os laudos não são tão importantes para ele, apenas justificam o que já tem como provar: que Patrícia mente compulsivamente e que há provas para indiciá-la.

CONFUSÃO COM r$ 50 MIL

Semana passada Patrícia arrumou uma confusão em Brasília sobre suposto depósito em sua conta no valor de R$ 50 mil. Disse ao então advogado José Carlos Carvalho que havia crédito programado em sua conta, num sábado (dia 13), para entrar no saldo na segunda-feira. Mas o gerente de sua conta no BB em Brasília não confirmou nada.

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Ouça aqui o áudio em que ela confirma a agressão

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Feliciano telefonou para ela, e pediu para caprichar em vídeo em sua defesa

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Caso Feliciano: Laudo de Lélis indica perfil controverso, mas não mitomania
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Leandro Mazzini

> Laudo psicológico feito pelo IML aponta perfil depressivo, controverso e avesso a convivência social

> Neste documento, não há citações a ‘mentira compulsiva’ ou ‘mitomania’, como divulgado pela polícia e jornais

> Documento entregue pelas autoridades em Brasília é diferente do que tem a Polícia de SP, que ainda não disponibiliza a íntegra

> Relatório foi elaborado por duas psicólogas a pedido do IML de Brasília sobre outra denúncia de Patrícia anos atrás

Atualizada terça, 24/8, 11h19 – O laudo psicológico da jornalista Patrícia Lélis, feito por duas psicólogas do Instituto Médico Legal de Brasília ano passado, aponta “potencial intelectivo mediano” à classe a que pertence, mas também “indícios de imaturidade, isolamento emocional, dificuldades nos contatos sociais, vivências nocivas/traumáticas e sensibilidade depressiva”.

Em nenhum trecho deste documento há relato sobre mitomania da garota, como divulgado pela polícia e por jornais. O documento de três páginas foi assinado em 2 de dezembro de 2015 e entregue às autoridades policiais. A página 2 não foi disponibilizada pela advogada à Coluna porque, segundo relata, há informações ‘muito pessoais’ de Patrícia, no relato sobre o possível estupro sofrido anos atrás em outro caso.

O documento, ao qual a Coluna teve acesso nesta terça (23), entregue pela advogada Rebeca Aguiar, foi elaborado pelas profissionais a pedido de uma delegacia de Brasília, onde foi arquivada outra denúncia de tentativa de estupro denunciado pela garota.

Ainda de acordo com o documento, não foram encontradas “alterações psicopatológicas” e afasta-se o “déficit cognitivo”. Em suma, o laudo aponta que a garota não é louca.

Este laudo é diferente do que foi anexado pelo delegado do 3º DP de SP, Luís Hellmeister, nos autos do inquérito em que Patrícia é acusada de extorsão e falsa comunicação de crime contra o chefe de gabinete de Feliciano, Talma Bauer. A Coluna solicitou ao delegado o envio do documento que dispõe, mas ainda não conseguiu. Em contato, o delegado Hellmeister justificou que os laudos não são tão importantes para ele, apenas justificam o que já tem como provar: que Patrícia mente compulsivamente e que há provas para indiciá-la.

Leia abaixo o laudo disponibilizado por autoridades do DF:

laudo-lelis1

Laudo-Lelis2-vale

 

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Feliciano telefonou para ela, e pediu para caprichar em vídeo em sua defesa

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Caso Feliciano: PSC defende investigação em todas as instâncias
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Leandro Mazzini

> Caso de São Paulo e de Brasília são diferentes. Em SP, na extorsão, Patrícia tornou-se claramente a vilã; em Brasília, continua o mistério e todos são suspeitos 

> Partido e Feliciano comemoram indiciamento de Patrícia, mas evitam pedir à PF que investigue a denúncia de Brasília

> Assessoria do PSC confirma, extraoficialmente, que defende investigação de todas as autoridades e instâncias

> Se PF entrar no caso, tem tecnologia para rastrear sinais de celulares, periciar mensagens dos smartphones, e descobrir quem mente

 

O PSC e o deputado federal Marco Feliciano (SP) comemoram o indiciamento da jornalista Patrícia Lélis na Polícia de São Paulo, por extorsão e falsa comunicação de crime contra Talma Bauer, chefe de gabinete do parlamentar.

Patrícia passou de vítima a vilã da história ao viajar para SP e começar claramente a negociar muito dinheiro por seu silêncio na denúncia contra Feliciano por agressão, assédio sexual e tentativa de estupro no apartamento funcional em Brasília.

O partido e o deputado, porém, ainda não se manifestaram publicamente se defendem a entrada da Polícia Federal no caso referente a Brasília – investigar a fundo quem está mentindo sobre a acusação: Feliciano ou Patrícia.

Questionada pela Coluna nesta sexta sobre o caso de Brasília, a assessoria do PSC admite pela primeira vez, ainda não oficialmente, que defende ‘as investigações por todas as autoridades responsáveis e em todas as instâncias’ – e isso inclui a Procuradoria Geral da República, o Supremo Tribunal Federal e a Polícia Federal.

A despeito do caso em SP, em que Patrícia se enrolou com a polícia e a Justiça, em Brasília há vários mistérios envolvendo as duas versões: em especial, por que Patrícia se contradiz tanto nos depoimentos , e por que Feliciano pagaria até R$ 300 mil por seu silêncio, se não há nada a temer.

O QUE A PF PODE INVESTIGAR

Se a PGR acionar o STF e a PF entrar no caso, os agentes federais e o delegado responsável têm competência e tecnologias suficientes para descobrir parte da história – e quem fala a verdade.

Será impossível provar o crime de estupro e agressão. Porque Patrícia não fez B.O. à ocasião, e porque não há imagens de dentro do apartamento. Ficará a palavra dela contra ele. Além disso, o principal álibi de Patrícia pode ter sido apagado – o vídeo do hall e do elevador do prédio de Feliciano, de competência da DEPOL da Câmara.

Porém a PF pode conseguir alguns dados numa investigação envolvendo a tecnologia. O Instituto Nacional de Criminalística – elogiado até pelo FBI – com equipamentos de última geração, pode periciar os telefones e os ‘prints’ das mensagens trocadas entre Patrícia e Feliciano (as atribuídas a ele), diante da quebra de sigilo telefônico.

E a PF também consegue, com autorização da Anatel e das operadoras envolvidas, rastrear os sinais dos celulares do deputado e de Patrícia no dia do suposto crime – e conferir se em algum momento eles se encontraram. Essa tecnologia, já usada na operação Lava Jato, traz com precisão a localização de seus usuários. Isso mostraria se o deputado e a jornalista se encontraram naquela manhã. Em entrevista ao SBT, Feliciano garantiu que ela nunca pisou no apartamento. Ela garante que foi lá quatro vezes, e até descreveu a decoração do imóvel.

 

Confira aqui a primeira denúncia

Ouça aqui o áudio em que ela confirma a agressão

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Leia aqui os prints das conversas sobre negociação de R$ 300 mil

Feliciano telefonou para ela, e pediu para caprichar em vídeo em sua defesa

Veja aqui o cronograma da denúncia


Indiciada, Lélis pede 5 dias à Polícia para apresentar ‘suas provas’
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Leandro Mazzini

O ‘House of Feliciano’ e o ‘Lélisgate’, que tomou as redes sociais após as publicações da Coluna, já está virando um ‘C.S.I. São Paulo’.

Confrontada hoje pelo delegado Luís Hellmeister (3º DP, Campos Elísios) e agora indiciada, a jornalista Patrícia Lélis pediu cinco dias com a advogada para ‘contar toda a verdade’ e, segundo a defesa, apresentar as provas de que fala a verdade.

No inquérito em SP, ela foi indiciada por falsa comunicação de crime e extorsão, ao tentar ganhar dinheiro por seu silêncio, segundo vídeos e prints periciados nas mãos da Polícia. Nos episódios está envolvido Talma Bauer, o ex-chefe de gabinete do deputado federal Marco Feliciano.

A advogada informa que levanta as provas neste caso em defesa da jovem – de que supostamente era coagida a gravar vídeos a favor de Feliciano.

Em Brasília, na denúncia que corre na PGR, ela mantém acusação ao deputado Feliciano de agressão, assédio e tentativa de estupro dentro do apartamento funcional em Brasília.

Então fica a pergunta, nas mãos das diligências da PGR e, possivelmente, da Polícia Federal em breve: Patrícia entrou inventou casos e aumentou suas versões, apesar das evidências reveladas? E por que Feliciano pagaria até R$ 300 mil pelo silêncio da garota?

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Feliciano telefonou para ela, e pediu para caprichar em vídeo em sua defesa

Veja aqui o cronograma da denúncia


Lélis vai depor no 3º DP, sob risco de prisão; agenda de Feliciano não bate
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Leandro Mazzini

Patrícia Lélis, que se complicou em São Paulo acusada de tentativa de extorsão e falsa comunicação de crime, vai depor no 3º DP agora de manhã, em Campos Elísios. Há risco de não sair de lá. O delegado Luís Hellmeister está disposto a pedir sua prisão temporária, se cair em contradição.

Em Brasília, ela acusa o deputado federal Marco Feliciano de agressão, assédio sexual e tentativa de estupro. Em SP, ela acusou o chefe de gabinete de Feliciano, Talma Bauer, de cárcere privado e sequestro – o que não ficou comprovado.

Emerson Biazon e Marcelo Machado, que a levaram para SP, citados por ela em entrevistas, como no Superpop de ontem, também estarão presentes e vão denunciá-la. Uma garota chamada Kelly ‘Bolsonaro’, ex-amiga, barrada ontem na Rede TV!, vai depor contra ela.

CONTINUA O MISTÉRIO DA AGENDA

No site do Palácio do Planalto, o deputado Pr Marco Feliciano não aparece nas imagens da reunião com o presidente Michel Temer naquela manhã de 15 de junho, dia em que Patrícia acusa o suposto crime no apartamento fucional. O Planalto ainda não informou a ata de presença desta reunião.

Atualização quinta, 18, 10h35 – Embora o site do Planalto não registre a imagem de Feliciano em nenhuma das fotos divulgadas no portal da Presidência divulgadas no site, a assessoria do deputado enviou esta foto abaixo, em que comprova a presença dele no encontro. Atualizada sexta, 19/8, 10h40 – A assessoria do Planalto enviou uma foto em que aparece o deputado ( a mesma enviada pelo PSC ) e confirma sua presença na reunião. Ainda não se posicionou sobre o horário de chegada e de saída do parlamentar nesta reunião.

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Na foto enviada pela assessoria de Feliciano, ele aparece ao lado de uma parlamentar de blazer amarelo, à esquerda – imagem não disponível no site do Planalto

Feliciano divulgou vídeos em que deixa, às 10h, o Ministério do Trabalho após reunião com ministro naquele dia. Na Câmara, onde ele é titular de comissões que se reuniam naquela manhã, há registro de ‘ausência não justificada’.

Patrícia garante que se reuniu com ele entre 9h30 e 11h no apartamento funcional – o que indica a possibilidade de que Feliciano tenha saído do ministério direto para o imóvel.

 

Confira aqui a primeira denúncia

Ouça aqui o áudio em que ela confirma a agressão

Assista o vídeo que comprova encontro da garota com assessor

Leia aqui os prints das conversas sobre negociação de R$ 300 mil

Feliciano telefonou para ela, e pediu para caprichar em vídeo em sua defesa

Veja aqui o cronograma da denúncia


House of Feliciano & Lélisgate: agora é com a PGR, o STF e as polícias
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Leandro Mazzini

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Atualizada quarta, 17/8, 22h55 – Passados 15 dias de denúncia revelada aqui, na qual  a jornalista Patrícia Lélis denuncia o deputado federal Pr. Marco Feliciano (PSC-SP) por assédio, agressão e tentativa de estupro, a Coluna faz um balanço dos pontos contraditórios para os dois principais personagens dessa novela da vida real.

Diante das exacerbadas paixões ideológicas políticas e religiosas despejadas nas redes sociais, por defensores dos dois lados, vale ressaltar que a publicação não foi ‘coisa da esquerda’ ou do ‘capeta’. Foi simplesmente Jornalismo.

Ouvimos todos os envolvidos, publicamos todas as versões, vídeos, áudio, prints de mensagens. A Coluna revelou a denúncia e também foi a primeira a antecipar que Patrícia negociava dinheiro por seu silêncio ao viajar para São Paulo. ( Aqui, vale lembrar, a partir do momento que vai a SP passa de vítima a vilã do enredo; será indiciada por extorsão e falsa comunicação de crime, e a Coluna antecipou com prints e vídeos, oriundos da investigação policial, que negociava seu silêncio )

Agora, o caso está com a Polícia de SP, a Procuradoria Geral da República (PGR) – que deve encaminhar para o Supremo Tribunal Federal e este, acionar a Polícia Federal para as investigações, para saber quem está mentindo nesta história cheia de contradições: Feliciano, Patrícia, ou ambos.

O QUE PESA CONTRA FELICIANO

1 – Os ‘prints’ das mensagens salvas por Patrícia atribuídas ao celular dele. Ela diz que resgatou as mensagens no ICloud porque teclavam pelo chat secreto no Telegram – cujas mensagens se apagavam automaticamente em 10 segundos.

2 – O áudio gravado por Patrícia na conversa de 57 minutos com Talma Bauer, o chefe de Gabinete de Feliciano, no qual ela detalha a agressão e ele pede para ela esquecer o assunto, que vai resolver sua situação no partido.

3 – Feliciano exibe um vídeo e foto em que em tese comprovam sua visita ao ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, aliado e também evangélico. Porém o deputado não divulga sua agenda após as 10h da manhã do dia 15. Patrícia disse que se reuniu com ele no apartamento entre 9h30 e 11h daquele dia – não sabe citar os horários cravados. Na Câmara, a agenda das comissões em que deveria comparecer pela manhã registram ‘ausência não justificada’.

4 – A Câmara informou que não há mais os vídeos do hall do bloco H da Quadra 302 Norte, onde reside o deputado. Apenas dois meses depois do ocorrido. E não há backup de imagens. Algo curioso em se tratando de segurança de autoridades federais. A PGR já solicitou os vídeos, a despeito dessa posição da Polícia Legislativa.

5 – Há uma pressão do PSC, de seus membros, de Feliciano e de sua equipe em tentar desqualificar a denúncia da garota, questionando o seu perfil e o interesse financeiro. Mas em nenhum momento, nenhum deles pede investigação policial do caso em Brasília.

6 – Se Feliciano está seguro de sua inocência, por que pagaria alto – até R$ 300 mil, segundo consta nas investigações – pelo silêncio da mulher?

7 – Feliciano mentiu ao dizer que não sabia dos passos do chefe de gabinete – um vídeo divulgado pela Coluna mostra Bauer passando o celular para Patrícia num dia em que estava em SP. Era Feliciano ao telefone, confirma o próprio assessor, que o anunciou, e confirmam Patrícia e Emerson Biazon, que fez o vídeo escondido.

8 – O deputado divulga em suas redes sociais parte editada da entrevista que concedeu ao SBT no programa Conexão Repórter. E trata o assunto por encerrado, indicando que o programa seria seu atestado de inocência. Um desrespeito à emissora e ao repórter Roberto Cabrini, que mostrou na íntegra do programa contradições de ambos os personagens. Além disso, a equipe de Feliciano editou o programa de forma a preservar o deputado dos questionamentos.

9 – No esforço de desqualificar a garota, Feliciano usa até um áudio de comentário do jornalista da TV Globo Alexandre Garcia, em que este diz que o diretor da faculdade onde ela estuda a chama de picareta. O áudio viralizou na internet. Patrícia diz que não foi ouvida pelo repórter para se defender. E garante que o dono da faculdade é amigo próximo de Feliciano, o que teria relatado o próprio deputado para ela certo dia. O episódio indica um papo de compadres entre Feliciano, o dono da faculdade e Garcia.

Atualizada sexta, 19/8, 10h45

OS PONTOS CONTRA PATRÍCIA

1 – A garota cai em contradições ao relatar a denúncia, em momentos distintos – desde o encontro com o repórter até o segundo registro de B.O. Ela começa com ‘mordida na boca’. Depois evolui para ‘soco na boca’ e enfim no B.O. na Delegacia da Mulher em Brasília inclui que o deputado usou ‘uma faca’ ao trancá-la no quarto.

2 – Patrícia tem um histórico notório de mitomania, relatado por amigos e colegas que com ela conviveram. O portal Metrópoles, de Brasília, fez ampla reportagem sobre seu perfil . ( leitores aguardam também o perfil de Feliciano, ouvindo pelo menos 24 deputados aliados ou oposicionistas ).

3 – O suposto crime teria ocorrido dia 15 de junho. A denúncia só veio a público dia 2 de agosto, após ela relatar ao repórter quatro dias antes. A pergunta fica: se queria justiça, por que não fez B.O. no dia da agressão, e por que não fez corpo de delito?

4 – A viagem de Patrícia para SP evidencia que ela passou a negociar seu silêncio por muito dinheiro. Ela envolveu até um intermediário no Rio, para receber a bolada. A extorsão fica clara nos vídeos e ‘prints’ de conversas pelo whatsapp revelados pela Coluna e em perícia na Polícia Civil de SP.

5 – Patrícia errou os endereços citados do apartamento nos dois B.O. que fez, em SP e em Brasília. Algo considerado estranho pela polícia, e atacado pela defesa de Feliciano, embora a garota diz saber chegar à quadra 302 e ter descrito a decoração do apartamento.

 

 

O QUE A PF PODE INVESTIGAR

Se a PGR acionar o STF e a PF entrar no caso, os agentes federais e o delegado responsável têm competência e tecnologias suficientes para descobrir parte da história – e quem fala a verdade.

Será impossível provar o crime de estupro e agressão. Porque Patrícia não fez B.O. à ocasião, e porque não há imagens de dentro do apartamento. Ficará a palavra dela contra ele. Além disso, o principal álibi de Patrícia pode ter sido apagado – o vídeo do hall e do elevador do prédio de Feliciano, de competência da DEPOL da Câmara.

Porém a PF pode conseguir alguns dados numa investigação envolvendo a tecnologia. O Instituto Nacional de Criminalística – elogiado até pelo FBI – com equipamentos de última geração, pode periciar os telefones e os ‘prints’ das mensagens trocadas entre Patrícia e Feliciano (as atribuídas a ele), diante da quebra de sigilo telefônico.

E a PF também consegue, com autorização da Anatel e das operadoras envolvidas, rastrear os sinais dos celulares do deputado e de Patrícia no dia do suposto crime – e conferir se em algum momento eles se encontraram. Essa tecnologia, já usada na operação Lava Jato, traz com precisão a localização de seus usuários. Isso mostraria se o deputado e a jornalista se encontraram naquela manhã. Em entrevista ao SBT, Feliciano garantiu que ela nunca pisou no apartamento. Ela garante que foi lá quatro vezes, e até descreveu a decoração do imóvel.

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Caso Feliciano: Filmes são apagados, PGR exige vídeo e mulher aposta na PF
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Leandro Mazzini

Lábios de fel – parte 2 – ou ‘House of Feliciano’

> Mistério – Exatos dois meses após o suposto crime, Polícia Legislativa informa não ter mais vídeos do prédio de Feliciano

> Deputadas que denunciaram caso à PGR  não se convencem e requisitam filmagens; MPF também já requisitou vídeos

> PGR deve pedir abertura de inquérito no STF

* * *

> Patrícia Lélis diz que PF pode confirmar sua presença no apartamento com rastreamento de sinais dos celulares dela e do deputado

> Jovem diz que perícia nos celulares poderá comprovar veracidade dos ‘prints’ das mensagens de Feliciano no Telegram e Whatsapp

 

A Justiça começa a esboçar as investigações sobre a suposta tentativa de estupro e agressão do deputado Marco Feliciano (PSC-SP) contra a jovem jornalista Patrícia Lélis, que o denunciou. Exatos dois meses após o suposto episódio, relatado com detalhes por Patrícia, a Câmara informou à Coluna nesta segunda (15) que não tem mais os filmes da portaria e do elevador do bloco onde reside o parlamentar.

Extraoficialmente, a resposta é que os vídeos automaticamente são apagados após 22 dias, porque o servidor de tecnologia não comporta o conteúdo produzido. E não haveria backup.

A Procuradoria Geral da República ainda analisa a denúncia de um grupo de 22 deputadas federais sobre o caso, mas há informações de que a PGR deve pedir ao Supremo Tribunal Federal a abertura do inquérito contra o parlamentar. A PGR também já requisitou os vídeos à Câmara, para comprovar se a garota passou pelo apartamento do deputado – o que ela garante ter ocorrido.

Nesta terça, a deputada federal Érika Kokay – que capitaneia a bancada feminina que pediu a investigação – vai oficiar a DEPOL – Polícia Legislativa para pedir os vídeos, a despeito de o órgão já ter afirmado, informalmente, que não há conteúdo mais.

PF SERÁ CRUCIAL

Com a iminente abertura de inquérito no STF, a Polícia Federal entrará no caso com as diligências de praxe e poderá ser fundamental no esclarecimento da denúncia – quem está falando a verdade, Patrícia ou Feliciano?

Em entrevista exclusiva ao SBT na madrugada de segunda, Feliciano afirmou categoricamente que Patrícia nunca pisou no apartamento – ela diz que foram pelo menos quatro reuniões com o deputado no imóvel, e o descreveu em detalhes para o jornalista Roberto Cabrini.

Mesmo sem o seu maior álibi – as imagens do circuito de segurança da Câmara no hall do prédio e no elevador – a jovem aposta nas investigações da PF, em duas frentes: ela quer disponibilizar seu aparelho de celular para quebra de sigilo telefônico e perícia do aparelho, em relação aos aplicativos Telegram e Whatsapp, os quais podem comprovar, segundo conta, que são verdadeiras as mensagens recebidas atribuídas ao celular do deputado Feliciano – para tanto, o aparelho dele também terá de ser averiguado.

Em outra frente de investigação, a fim de dirimir dúvidas sobre a presença dela no apartamento do deputado na manhã do dia 15 – o qual ele nega – a PF tem tecnologia para rastrear os sinais dos celulares dele e de Patrícia, e os mesmos podem confirmar o local exato onde estavam.

VERSÕES DA DEFESA

O deputado garante que estava em reunião com o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, e mostrou ao SBT imagens de circuito de TV e fotos com o ministro – embora a agenda oficial do ministro não tenha reunião com o parlamentar.  Mas depois que deixou o ministério a agenda de Feliciano é um mistério. Ele tem ausências não justificadas em comissões da Câmara às quais deveria comparecer. Patrícia garante que estava com ele até 11h daquela manhã, quando teria ocorrido o crime.

Outro detalhe a favor de Patrícia é o áudio que ela gravou em conversa de 57 minutos  com o chefe de gabinete de Feliciano, Talma Bauer, numa cafeteria de Brasília sete dias após o suposto crime. Nele, Patrícia ratifica tudo o que relatou à Coluna, e Bauer, entre outros pontos comprometedores para ele e o chefe, pede para que ela coloque ‘uma pedra em cima’ do caso e esqueça tudo.

 

Confira aqui a primeira denúncia

Ouça aqui o áudio em que ela confirma a agressão

Assista o vídeo que comprova encontro da garota com assessor

Leia aqui os prints das conversas sobre negociação de R$ 300 mil

Feliciano telefonou para ela, e pediu para caprichar em vídeo em sua defesa

Veja aqui o cronograma da denúncia


Feliciano e Patrícia entram em guerra de versões, mas agenda o complica
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Leandro Mazzini

> Feliciano quebra o silêncio e diz que estava com ministro do Trabalho, mas agenda oficial não o cita

> Deputado tem ‘ausência não justificada’ em comissões da Câmara às quais deveria comparecer naquela manhã

> Patrícia garante que esteve com ele no apartamento funcional entre 9h30 e 11h; ao SBT, ele disse que até 9h esperou o ministro para audiência

> Cenários e dados indicam que mulher e deputado podem estar falando a verdade – o cruzamento de horários e agendas não impede que tenham se encontrado.

 

O ‘House of Feliciano’ & ‘Lélisgate’ – em que episódios indicam não haver santo no script – traz neste domingo mais polêmicas.

Em entrevista ao SBT que vai ao ar à meia-noite de hoje, o deputado federal Pr. Marco Feliciano (PSC-SP), em sua defesa, diz que estava com ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, dia 15 de junho, manhã do suposto crime denunciado por Patrícia Lélis. Evangélico como Feliciano, Nogueira é um aliado e amigo.

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No Twitter, o assessor Talma Bauer, chefe de gabinete, tem uma foto de ambos ( confira acima ), do dia 15 ( um detalhe, ao contrário de outros posts, há um horário cravado: 9h49). Feliciano também divulga um vídeo em que ele e Bauer aparecem entrando no ministério naquela manhã.

A versão desconstroi toda a denúncia de Patrícia, mas em parte, porque surgem mais contradições.

Segundo apurou a Coluna hoje (14/8), não há registro na agenda oficial do ministro de encontro com Feliciano no dia 15 de junho pela manhã ( confira imagem abaixo ) . E as reuniões do ministro só se iniciaram às 11h – durante o dia, Nogueira recebeu parlamentares, e o nome de Feliciano não aparece na lista. ( Veja aqui a agenda completa ) . A assessoria de Nogueira avisou que Feliciano esteve com o ministro extra-agenda, mas não há como provar além da foto.

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Já Patrícia Lélis, apesar de suas idas e vindas de versões e o histórico de mitomania, tem um ponto único em que não se contradisse até agora, desde a denúncia: garantiu hoje, mais uma vez, que esteve com Feliciano naquela manhã de quarta-feira, 15.

Na entrevista ao SBT, Feliciano diz que ficou até 9h esperando o ministro. Na Câmara, onde tinha reuniões em comissões logo depois, há registro de ‘ausência não justificada’ para Feliciano em três comissões ( confira quadro abaixo ). ( Aqui, um detalhe: a audiência da CCTCI, segundo a ata, começou às 10h e terminou só após as 14h, o que dá uma boa margem de tempo para Feliciano marcar presença. Nas outras há ausência não justificada).

 

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Pauta de comissões em que Feliciano participaria na manhã do dia 15 – ausência não justificada

Apenas 3.8 quilômetros separam o ministério do apartamento funcional do parlamentar, na Quadra 302 Norte – em dias de bom trânsito, chega-se ao local em menos de 10 minutos. Patrícia diz que esteve com o parlamentar entre 9h30 e 11h daquela manhã;

Estes cenários e dados apontam que ambos, ela e Feliciano, podem estar falando a verdade – e caberá à Polícia Federal, se entrar no caso, investigar. A PGR já está com a denúncia e há informações de que pedirá ao Supremo Tribunal Federal para abrir inquérito.

Os vídeos do apartamento funcional podem provar se Patrícia apareceu no prédio ou não – e mesmo que ela apareça nas imagens, juridicamente nada prova que tenha havido a agressão e tentativa de estupro denunciados ( ela não fez exame de corpo de delito à época ), embora isso fortaleça sua versão, em razão de o deputado estar negando que tenha com ela se encontrado.