Coluna Esplanada

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Grupo de trabalho do Governo cerca Samarco: limpeza e reflorestamento
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Leandro Mazzini

 

Foto: UOL

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O que saiu da reunião do comitê interministerial, de sete pastas, para caso Samarco/Rio Doce até agora:

Há como recuperar o rio, embora isso demore anos e exija trabalho ininterrupto, tanto dos Governos envolvidos quanto (e principalmente) da mineradora; O Ibama vai obrigar a Samarco a instalar filtro nas barragens e reflorestar as margens de todas elas, a curto prazo.


Tragédia em MG: Dilma manda AGU blindar o Governo
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Leandro Mazzini

A presidente Dilma quer calcular já qual o tamanho do prejuízo e saber até onde vai a responsabilidade do Governo e dos Estados na recuperação do rio Doce e da fauna e flora destruídas pela lama da barragem rompida da Samarco em Mariana.

Determinou à Advocacia Geral da União que blinde juridicamente o Planalto de ataques. Dilma está furiosa com parte da mídia que, segundo ministros palacianos, aponta as câmeras para o Palácio como também um culpado por uma tragédia na empresa privada.

Sabe-se até agora que o Governo terá de arcar com algo, porque a fiscalização das barragens também deve ser feita pelo Departamento Nacional de Produção Mineral.

Ontem, o AGU substituto Fernando Luiz Albuquerque reuniu-se no Ministério do Meio Ambiente com os Procuradores dos Estados de Minas e Espírito Santo. Foi o pontapé para o esboço da divisão de responsabilidades.

Outra coisa irrita a presidente: circula boato nas redes sociais de que o Governo é sócio da Vale, pela participação da Previ e Funcef na mineradora. Não é. Os dois são fundos de pensão dos funcionários do BB e Caixa.


Dilma visitará Mariana, GV e Colatina – e endurecerá discurso
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Leandro Mazzini

Sete dias após a maior tragédia ambiental de Minas Gerais, a presidente Dilma Rousseff decidiu visitar a região de Mariana (MG) e Bento Rodrigues – região mais atingida. Ela vai visitar os moradores alojados e a área afetada pelo rompimento da barragem da Vale/Samarco.

Dilma desce em Belo Horizonte pela manhã, se encontra com o governador Fernando Pimentel e com prefeitos das cidades mais atingidas pela lama da barragem.

O grupo vai sobrevoar de helicóptero, além de Mariana, as cidades de Governador Valadares, no Leste de Minas (e não Norte, como publicado anteriormente), e de Colatina, no Espírito Santo. ( leia mais aqui )

A presidente decidiu também endurecer o discurso contra a Vale / Samarco e a responsabilidade ambiental e social da mineradora.


Presidente Dilma visita vítimas da tragédia em Mariana amanhã
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Leandro Mazzini

Foto: Folha/UOL

Foto: Folha/UOL

A presidente Dilma Rousseff visita amanhã o distrito de Bento Rodrigues e região, no município de Mariana (MG), onde na quinta-feira passada ocorreu o rompimento da barragem com rejeitos de extração de minério da Vale/Samarco.

Dezenas de desaparecidos foram confirmados e até agora três mortes.

Dilma vai sobrevoar a região com previsão de três desembarques, durante o dia. Ela deve ir acompanhada de ministros e do governador Fernando Pimentel.

As paradas serão para visitar as áreas atingidas, conversar com bombeiros e principalmente visitar vítimas da tragédia ambiental.

A presidente desembarca em Mariana sob críticas da oposição pela demora em visitar a área. Ela chega à região simultaneamente à confirmação da chegada na cidade do presidente mundial da BHP, mineradora sócia da Vale/Samarco no empreendimento.


Deputados da comissão do novo Código Mineral: silêncio ensurdecedor
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Leandro Mazzini

Quintão (E) e Guimarães, na comissão do Marco Regulatório de Mineração na Câmara

Quintão (E) e Guimarães, na comissão do Marco Regulatório de Mineração na Câmara

Causa estranheza no Congresso Nacional e em Minas Gerais o silêncio ensurdecedor de dois deputados federais sobre a tragédia do rompimento da barragem da Vale/Samarco em Mariana.

Os federais Leonardo Quintão (PMDB) e Gabriel Guimarães (PT) sumiram dos holofotes. O primeiro é presidente da comissão especial do novo Marco Regulatório de Mineração; o segundo é o relator. O tema está em debate na Casa desde ano passado, com forte presença de representante das mineradoras nacionais e internacionais.

Quintão foi candidato a prefeito de Belo Horizonte em 2008, com chances. Levou para o segundo turno a disputa contra o depois eleito Marcio de Lacerda (PSB). O deputado ainda sonha com uma candidatura majoritária no Estado. Gabriel é filho do veterano ex-deputado federal Virgílio Guimarães.


Para secretário de desenvolvimento de MG, Samarco foi vítima do rompimento
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Leandro Mazzini

Foto extraída do site do pco.com.br

Foto extraída do site do pco.com.br

O secretário de Desenvolvimento de Minas, Altamir Rôso, se envolveu numa confusão por declarações sobre a tragédia em Mariana.

Rôso disse que a Samarco foi vítima do rompimento. E que a fiscalização ambiental deve ser feita pelo setor privado. A declaração foi feita na última sexta-feira, dia seguinte ao acidente, num fórum da FIEMG sobre mineração.

Nada mais plausível para um público seleto um discurso direcionado para agradá-lo, mas o secretário se esqueceu das consequências e a dor de cabeça com a repercussão foi grande. Soltou nota no sábado dizendo que foi mal interpretado. Não convenceu.

“Esclareço que houve um mal-entendido em minha declaração dada ontem (6/11) sobre o desastre ocorrido com o rompimento de duas barragens de rejeitos de mineração em Mariana. Definições sobre responsabilidades e penas para a empresa cabem somente às autoridades competentes, que devem estabelecê-las no tempo determinado legalmente.

Minha posição é de que agora, neste momento de sofrimento, o Estado trabalhe por todas as vítimas do acidente – população dos distritos atingidos e trabalhadores da mineradora Samarco – e pela redução dos impactos ambientais decorrentes do desastre”.


Doação eleitoral da Vale mina discursos de Dilma e Pimentel
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Leandro Mazzini

dilmapime

O poder político e financeiro da mineradora Vale, que controla a Samarco, norteou as palavras medidas e atitudes tímidas da presidente Dilma Rousseff e do governador de Minas, Fernando Pimentel (PT), sobre o maior desastre ambiental do Estado, com o rompimento da barragem de lama tóxica em Mariana que desce rumo ao Espírito Santo.

Dilma e Pimentel focam o discurso na assistência social e em nenhum momento citam uma letra da Vale ou Samarco, que controlam as barragens da tragédia.

A Vale Energia doou R$ 2,5 milhões para a campanha de Dilma em 2014. A presidente não saiu do Planalto e se resumiu a soltar nota e posts no Twitter.

Beneficiado com R$ 1,8 milhão pela Vale Energia e Vale Manganês, Pimentel fez rápida visita a desabrigados e sobrevoou a área, e não citou nada sobre punição.

Os discursos combinados da presidente e do governador foram de auxílio social às vítimas, e repetir o que todos já viram: é uma grande tragédia.

No Twitter, a presidente Dilma disse que é preciso apurar com rigor as causas e responsabilidades do acidente. Mas não publica o nome da Vale ou Samarco.

A primeira piada surgiu com a tese de que a culpa foi de abalos sísmicos. Em 2006, não houve terremoto no rompimento da barragem Rio Pomba, na Zona da Mata mineira.


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