Coluna Esplanada

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Mercado manda recado a Temer e cobra reformas sem impostos
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Leandro Mazzini

Os grandes empresários, industriais e investidores do mercado, têm mandado recados para o presidente Michel Temer através do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles – ele mesmo um ex-presidente mundial de um banco.

Discretamente foi um dos temas da reunião de emergência de sábado passado, no escritório da Presidência em São Paulo, onde Temer se reuniu com a cúpula do Governo e do Congresso Nacional.

O mercado espera resposta em três meses a partir de agora. Em suma, ou Temer faz reformas estruturantes para segurar o custo Brasil, ou aumenta impostos – o que Meirelles não descarta – e perde apoio.

Analistas contam o prazo para o presidente Temer convencer de que o Governo terá fôlego para frear a crise. Por ora, os números são carregados por euforia de um novo Governo. E só.


Sinais da retomada: cresce consulta ao sistema do Inmetro para exportações
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Leandro Mazzini

Sinais da retomada da economia, mesmo que pequena.

Comparado a maio de 2015, cresceu 273% a procura de empresas pelo Sistema Alerta Exportador do Inmetro, que fornece dados de regulamentos técnicos e procedimentos de avaliação de conformidade.

Ano passado, mesmo com a crise, houve aumento de 127% na busca por informação. Deste total, 30% são referentes ao interesse de exportação para o mercado americano, nos setores de alimentos, cosméticos e máquinas e equipamentos.

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Temer quer reverter a expectativa negativa até junho
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Leandro Mazzini

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Foto: ABr

A Expectativa Temer. Este é o primeiro bordão no Planalto.

Na reunião que teve antes da posse com o núcleo duro de seu Governo – assessores e os ministros palacianos – o presidente Michel Temer revelou que pretende dar um recado claro ao País: reverter a expectativa negativa dentro de um mês.

Temer considera os próximos trinta dias cruciais para seu Governo. Ele quer dar sinais para o mercado e investidores internacionais de que vai segurar o País. Mas principalmente para a sociedade, para conquistar o apoio popular rapidamente.

O Planalto encomendará pesquisas nas próximas semanas para sentir o pulso da população.

Um consenso no grupo Temer é que, se não virar a situação nos próximos seis meses, seu Governo também dança. Em outras palavras, entre portas: dança para tentativa de reeleição em 2018.

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Apartamentos de luxo da União são oferecidos ao mercado
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Leandro Mazzini

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Edifício na Barra, no Rio, onde União tem uma cobertura duplex. Foto extraída do Google Street View

A União vai oferecer a partir de semana que vem, em editais, o melhor de sua carteira de imóveis ao mercado. A portaria 351 do Ministério do Planejamento, do fim de agosto, colocou à venda 20 imóveis em sete Estados.

São apartamentos e casas, agora desocupados, e chamam a atenção os de luxo no Rio de Janeiro, Recife e Porto Alegre.

No Rio, são sete imóveis entre a Barra e Zona Sul, avaliados em R$ 49,3 milhões. Destacam-se dois apartamentos em Ipanema (R$ 3,5 milhões, cada), um prédio inteiro no Cosme Velho (R$ 32 milhões) e uma cobertura duplex na Barra da Tijuca, avaliada em R$ 7 milhões.

Dois apartamentos na praia de Boa Viagem, no Recife, estão na lista. Um avaliado em R$ 1 milhão, e outro em R$ 600 mil.

E na capital gaúcha mais três apartamentos – dois considerados de alto padrão – completam a lista deste tipo de imóvel. São avaliados em R$ 1,3 milhão e R$ 460 mil. Um outro, menor, está cotado na praça a R$ 214 mil.

Prédios inteiros também de propriedade do Governo federal entraram na oferta. São os casos de Manaus (R$ 10,2 milhões), Porto Alegre (R$ 1,2 milhão) e São Paulo (R$ 21,5 milhões)

Há um hotel (R$ 4 milhões) à beira de rodovia na cidade de Paulo de Frontin, no interior do Rio. Trata-se na verdade do clube da associação de servidores da União.

Este primeiro lote de imóveis à venda está cotado em R$ 94,8 milhões. Mas com essa crise, revela fonte do Planalto, se o Governo conseguir 80% desse valor já é lucro.

Questionada sobre a data de aquisição dos apartamentos do Rio e Recife, sobre a lista de inquilinos, a assessoria do Planejamento não se pronunciou.

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Investidores internacionais só falam em Mr. Cunha
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Leandro Mazzini

Foto: Ag. Câmara

Foto: Ag. Câmara

A intenção de Eduardo Cunha em incitar debate sobre o Parlamentarismo no Brasil é resultado de um eco discreto que corre nas Bolsas.

Chegou ao deputado o episódio ocorrido semana passada: conceituado analista brasileiro, durante teleconferência com investidores de Nova York, Berlim e Londres, ouviu duas perguntas: ‘Qual a probabilidade de não haver impeachment’ da presidente Dilma, e ‘Quem é e o que pretende Mr. Cunha’.

A fama do presidente da Câmara roda o mundo. Para o mercado internacional, é ele, com agenda ofensiva, quem está mandando no Brasil.

O interesse em Cunha dá-se pelo seu Poder Legislativo. Parece óbvio, mas é mais que isso: para os analistas, os investidores só voltam a acreditar no Brasil com regulamentações seguras no mercado.

A exemplo do então presidente da República, Fernando Collor, há duas décadas, Cunha quer aproveitar o bom momento de pauta ativa da Câmara e sugerir plebiscito sobre modelo de Governo. Valendo para 2019 – quando, nos seus planos, pode ser Primeiro-ministro.


Setor pede a ministro inclusão do sal na cesta básica
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Leandro Mazzini

Foto: cni

Foto: cni

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio decidiu criar grupo de trabalho para estudar vantagens para o setor salineiro, com 95% da produção no Rio Grande do Norte. A bancada potiguar visitou o ministro Armando Monteiro e solicitou urgência.

O setor salineiro pede desoneração tributária e a inclusão do sal na cesta básica. Revelaram que a maior concorrente, a alemã K+S, tem ganhado muito mercado no Brasil com a subsidiária chilena. A senadora Fátima Bezerra (PT-RN) e o deputado Beto Rosado () ouviram promessas do ministro de que vai lutar para salvar o setor.


Era Mantega com os dias contados no governo
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Leandro Mazzini

mantega

Mantega de saída – acabou a paciência da presidente Dilma com ele. Foto: ABr

Guido Mantega foi rifado.

Mais longevo ministro da gestão PT no governo federal, o titular da Fazenda está com os dias contados.

Pressionada pelo mercado financeiro e com a política econômica criticada por vários setores, a presidente Dilma Rousseff decidiu trocar o ministro se for reeleita – e ela fez chegar esse recado até aos financiadores da campanha.

O artífice da mudança é o chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, que já procura potencial substituto de consenso na praça. Um detalhe, ao contrário do que circula no boca-a-boca,  Mercadante não quer a vaga do colega. Mira a disputa para a presidência em 2018, como candidato de Dilma e Lula.

FOGO AMIGO

Parte da cúpula do PT convenceu a presidente sobre a mudança, com a justificativa inclusive de que os financiadores da campanha fogem por causa de Mantega.

VOZ INDUSTRIAL 

O setor que mais pressiona a presidente pela mudança é a indústria. Mesmo com a política de desoneração de anos para cá.

A indústria está insatisfeita por dois motivos: um, porque as desonerações não alcançaram todos os setores. Outra, porque são ações paliativas. O setor está no sal.

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O TSE E O PT

A partir de setembro o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) terá a maioria dos seus ministros indicados para o Judiciário pelo PT. Além do presidente, Dias Toffoli, foram nomeados pelo partido os ministros Luiz Fux, Maria Theresa, Henrique Neves e Luciana Lóssio. Chegaram ao Judiciário pelas mãos do PSDB o vice-presidente do tribunal, Gilmar Mendes e o corregedor, João Otávio Noronha.

SINCERICÍDIO 

A mais sincera no debate da Band foi Luciana Genro (PSOL). De primeira, chutou a canela de cada adversário, com indiretas irônicas sobre os contatos dos presidenciáveis.

PAIZÃO, ESSE..

O ‘jeito Luciana Genro de ser’ remete a piada do pai, o governador Tarso Genro (PT), que certa vez confidenciou para um aliado: aproveita sua filha enquanto criança, depois ela cresce e entra para o PSOL..

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 PEIXE NA MESA

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Lopes – Desafio de superar ou manter meta do pescado. Foto: ABr

O Ministério da Pesca investe pesado na Semana do Peixe, no início de setembro, que integra o calendário de alto consumo junto à Semana Santa todos os anos. Segundo a pasta, nos últimos dez anos, o consumo mais que dobrou no Brasil.

No período de 2012 para 2013, o consumo no País cresceu quase 25%, ultrapassando o mínimo estabelecido pela Organização Mundial da Saúde – 12 Kg/habitante/ano.

Hoje, a população consome em média 14,5 quilos de pescado por habitante/ano.

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DESAFINOU NA MESA

Sábado passado, durante almoço com amigos em Amsterdam, o Maestro Claudio Cruz – que durante mais de 20 anos atuou como spalla da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, disse alto que o Secretário de Cultura, Juca Ferreira, era inapto para o cargo. A Coluna não conseguiu localizar o maestro.

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A VOLTA DOS MARINEIROS

A turma jovem da criação frustrada da REDE, que andava desanimada pelas ruas e sumida das redes sociais, voltou à ativa com toda pompa e força. Em defesa de Marina Silva, os ‘marineiros’ criaram um site para ‘rebater mentiras’, segundo contam. É o < http://marinadeverdade.strikingly.com/ >

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AMIGOS, AMIGOS..  

Roberto Requião (PMDB) se diz amigo de Marina, mas também se mostra um pragmático quando o assunto é política. Criticou a candidata, diz que vai votar em Dilma, porque Marina defende a autonomia do Banco Central. Ele não, quer como está.

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Requião e Marina – só amigos , fora da política. Foto: blog do esmaelmorais.com.br

BC À PARTE

Candidato ao governo do Paraná, Requião tascou numa entrevista: “Pra que votar na Marina? Para entregar tudo ao Itaú?”, sobre a coordenadora de campanha dela, Neca Setúbal, ser uma das herdeiras do bancão privado.

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PONTO FINAL

Enfim, os candidatos a presidente da República amadureceram no debate. Pelo menos na TV.


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