Coluna Esplanada

Arquivo : ministério da pesca

‘Vice-ministra’ da Pesca cai na rede da PF
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Leandro Mazzini

É o grupo ligado à ex-ministra Ideli Salvatti (janeiro a junho de 2011) o alvo da Polícia Federal na Operação Enredados deflagrada na Secretaria de Pesca. Mas tem gente de todas as últimas três gestões de ministros envolvida na venda ilegal de licença para pesca.

Entre eles caiu na rede a chefe de gabinete do ex-ministro Helder Barbalho. Cláudia Gama, apelidada de ‘vice-ministra’ pelos funcionários, foi levada sob condução coercitiva.

Muita gente fez festa na pasta (e nas redes sociais) ao vê-la no camburão. Ela é tida como a matriarca de chicote da Casa e, segundo relatos dos servidores, gostava de mandar mais que os chefes. Tinha carro com motorista, o que lhe causou problemas ao usá-lo para assuntos pessoais, caso que chegou à Comissão de Ética da Presidência. (lembre aqui)


Pedido de Jader e indefinição na ‘Cidadania’ travam reforma ministerial
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Leandro Mazzini

Jader - O ex-presidente do Congresso voltou forte como senador e tem voz no PMDB. Foto: Band/UOL

Jader – O ex-presidente do Congresso voltou forte como senador e tem voz no PMDB. Foto: Band/UOL

A reforma ministerial não saiu ainda por dois entraves.

Um é protagonizado pelo senador Jader Barbalho (PMDB-PA), segundo os próprios parlamentares do seu partido.

No plano atual, o filho Helder perde o Ministério da Pesca. Após Jader protestar veladamente, a presidente Dilma cogita manter a pasta para o peemedebista. Mas agora Jader, afinado com o vice-presidente Michel Temer, reivindica a Secretaria de Portos para o herdeiro – uma jogada também para que Portos não perca status de ministério.

E na outra ponta do impasse na ‘reforma’ na Esplanada existe confusão na fusão de três pastas.

Dilma quer unificar Igualdade Racial, Direitos Humanos e Mulheres no Ministério da Cidadania. O desafio é encontrar uma “mulher, negra e homossexual” para comandar o ministério – brincam aliados.

Isso decorre das disputas internas, porque cada grupo dentro do Governo quer um ministro seu: os homossexuais (Direitos Humanos), os negros (Igualdade) e as feministas.

Na tentativa de resolver o problema, o nome por ora é de Miguel Rosseto, que não orbita em nenhuma das categorias – por isso mesmo foi apelidado de extra-terrestre.

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‘Vice-ministra’ da Pesca vai investigar ela mesma, decide Ética do Planalto
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Leandro Mazzini

A chefe de gabinete do Ministério da Pesca, Cláudia Gama, continua no cargo, a despeito da reclamação de servidores, de viagens suspeitas para o exterior pagas com dinheiro público e do uso de carro oficial para atividades pessoais, já denunciados à Comissão de Ética Pública da Presidência da República.

Ocorre que a Comissão devolveu o caso para a pasta, que deve tocar a investigação pela chefia de gabinete ou na corregedoria. Mas o que o Planalto não percebeu é que a própria senhora Gama é quem  vai se investigar – e é quem controla a corregedoria e outras atividades da gestão.

A Coluna registrou mês passado a denúncia de servidores pelo fato – reconhecido pelo ministério – do uso de carro oficial com motorista para atividades pessoais. A chefe de gabinete sofreu advertência e a pasta soltou circular informando sobre procedimentos que devem ser evitados.


Comissão de Ética da Presidência investigará ‘vice-ministra’ da Pesca
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Leandro Mazzini

A Chefe de Gabinete do Ministério da Pesca e Aquicultura, Cláudia Gama, foi fisgada e caiu na rede da Presidência da República.

Funcionários da pasta protocolaram ontem na Comissão de Ética Pública da Presidência da República a denúncia contra a chamada ‘vice-ministra’ do MPA.

Os servidores, sob anonimato, anexaram documentos e denunciam o uso particular de carro oficial do ministério por parte da senhora Gama, viagens oficiais suspeitas de serem passeio e assédio moral no trato pessoal e em demissões arbitrárias.

O relato é extenso. Procurada através da assessoria do ministério, a Chefe de Gabinete não se pronunciou. A assessoria do MPA já procurou a Comissão de Ética mas até o momento não se pronunciou.

DESGOVERNOU

Os problemas da Chefe de Gabinete foram revelados pela há duas semanas. A Corregedoria da pasta descobriu o uso irregular do carro, mas só houve recomendações.

Servidores relatam viagens suspeitas bancadas pelo ministério para Portugal, onde ela tem família,e para fim de semana em São Paulo, que coincide com show de rock internacional.

Cláudia Gama é egressa da gestão anterior, do então ministro Eduardo Lopes, sem ligação com o sucessor Helder Barbalho, que tenta uma solução honrosa para todos.


‘Vice-ministra’ da Pesca derrapa na pista e cai na rede
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Leandro Mazzini

O mar não está para peixe no último andar do Ministério da Pesca.

A chefe de Gabinete da pasta, Cláudia Gama, tida pela maioria dos servidores como linha-dura, entrou na mira da corregedoria do órgão por suspeita de nepotismo e por usar o carro oficial da pasta, com motorista, para compromissos pessoais.

Egressa da gestão anterior, do ex-ministro Eduardo Lopes, a chefe de gabinete é criticada nos corredores do órgão por tentar papel de vice-ministra.

O Ministério confirma oficialmente que a investigação ‘constatou tratarem-se de fatos eventuais, ocorridos no trajeto entre a residência e o trabalho da servidora’ na utilização do veículo.

Cláudia Gama foi denunciada por e-mail anônimo sobre suposto nepotismo no emprego de quatro pessoas. Em investigação preliminar, o ministério afirmou que não houve prática de nepotismo.

O Ministério afirmou que não vai punir a chefe de gabinete pelo uso pessoal do carro oficial. ‘Não gerou prejuízo ao erário, nem confirmou a intenção em obter vantagem’.

A assessoria da pasta avisou que haverá um ‘acordo de conduta pessoal’ e que todos os servidores receberão comunicado sobre o ‘uso correto dos veículos’.


Ideli pode voltar para o Ministério da Pesca e acalmar parte do PT
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Leandro Mazzini

Surgiu nos corredores do Ministério da Pesca, ontem, a notícia de que Ideli Salvatti (PT-SC), ex-ministra da pasta e atual titular da Secretaria de Direitos Humanos, foi convidada pela presidente Dilma a voltar para o ministério – hoje nas mãos do PRB e o ministro Eduardo Lopes, suplente do senador Marcelo Crivella.

A eventual volta de Ideli para o comando da Pesca compensaria parte do PT e da corrente que ela representa. Os petistas vão perder bons espaços em outras pastas que ficarão com partidos aliados. A Pesca, maior que Direitos Humanos, acolheria uma turma maior.

Já Crivella é cotado para o Ministério do Esporte. Com o aumento da bancada do PRB na Câmara e excelente capital eleitoral apesar da derrota (apertada) para o governo do Rio de Janeiro, o ex-ministro da Pesca está nos planos de Dilma.

Há três semanas, em reunião no Planalto, a presidente Dilma pediu um nome do Rio ao prefeito Eduardo Paes e ao governador Luiz Fernando Pezão para o Esporte. Não necessariamente do PMDB, partido de ambos, mas que fosse costura suprapartidária. Ela quer um representante do Estado na pasta por causa das Olimpíadas de 2016.

SALDO 

O PRB entrará 2015 no Congresso com 21 deputados federais – entre eles Celso Russomano (SP), o mais votado do Brasil. Ainda elegeu pelo País 31 deputados estaduais.

 


Juiz eleitoral denuncia: “Apoio de chefe político custa R$ 200 mil”
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Leandro Mazzini

webtv-uol

‘Isso está acontecendo neste momento’, revela o juiz Márlon Reis, ‘pai’ da Lei Ficha Limpa: Ele se refere a um modelo tão antigo mas sempre atualizado nas campanhas eleitorais, a compra de voto – agora por lotes de mil, 2 mil, 10 mil votos.

Relatos obtidos dão conta de que subiu a cotação do apoio de caciques locais nos redutos dos candidatos a deputados e senadores: ‘Um chefe político local custa R$ 200 mil’, revela o juiz Márlon, em entrevista na estreia da Esplanada WebTV.

Na entrevista de 15 minutos, Márlon revela o modus operandi da corrupção nas campanhas, diz que existe “o bom e o mau comprador de votos”, e que o agiota é o grande algoz de candidatos endividados.

NOBRE DEPUTADO’

Márlon lança em Brasília dia 15 de setembro, na Cultura do CasaPark, o livro Nobre Deputado – Relato chocante de como nasce, cresce e se perpetua um político corrupto.

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PEIXINHO GRANDE

O Ministério da Pesca prepara uma legislação para a comercialização de peixes ornamentais, uma das prioridades do ministro Eduardo Lopes. Há 20 anos, o Brasil desempenhava papel de liderança no setor e deixou a onda passar… Hoje, a atividade movimenta US$ 1 bilhão por ano no mundo, considerando apenas o pescado.

ATÉ ISSO!

Uma curiosidade, ano passado, diretores e especialistas do Ministério da Pesca, em visita a uma feira internacional de peixes ornamentais na China, reconheceram espécies brasileiras sendo comercializadas. Acreditam em tráfico através do Amazonas e da tríplice fronteira no Sul do Brasil.

CAPITAL PARA PEQUENAS 

O deputado federal Otávio Leite comemora. É autor da única emenda acolhida pela presidente Dilma ao sancionar o novo SuperSimples: pequenas empresas poderão recorrer ao mercado de capitais e à Bolsa para levantar dinheiro de aporte, e também receber investimentos diretos de fundos de investimentos.

EM TEMPO

O SuperSimples reduz a burocracia para o empresário: reúne num só boleto oito impostos e facilita o fechamento da mesma, se for o caso.

RECADO DA CASERNA 

Como o Exército, apesar de ter confirmado a reestruturação do Centro de Inteligência, negou-se a soltar nota oficial quando indagado pela Coluna, soube ao Ministério da Defesa responder que a Força não tem atribuição de monitorar movimentos sociais.

‘As atribuições da 4º Subchefia do Comando de Operações Terrestres (Coter) (..) são Preparo e emprego da Força Terrestre; Gestão da estrutura do Sistema Operacional Informações, integrando as atividades de Inteligência Operacional, Guerra Eletrônica, Defesa Cibernética, Comunicação Social e Assuntos Civis’.

SELVA!

Ainda segundo o MD, ‘as informações utilizadas pela 4 º Subchefia do Coter são apenas os dados de inteligência utilizados exclusivamente na preparação das operações às quais a Força Terrestre é chamada a atuar’, em parceria com o Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin). Está registrado. Selva!

DADA A LARGADA.. 

.. O pau quebra à mesa das reuniões entre o comitê local, tutelado pela Prefeitura do Rio, e os integrantes do COI que desembarcaram na cidade preocupados com a Rio 2016.

NOVELA DA VIDA 

Assim como na novela da Globo, Brasília também tem seu Comendador. É o senador sócio-oculto de uma pousada de luxo em estância turística no Centro-Oeste.

TÔ NEM AÍ

Ganhou apelido de Garanhão Paraguaio (mas falsificado) o senador Juan Galaverna, flagrado em vídeo com três mulheres na cama. Ele nem liga. O Parlamento também não.


Pescado cresce 1 milhão de toneladas, mas frota antiga é desafio
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Leandro Mazzini

seminario

No último dia no cargo,  o ministro da Pesca e Aquicultura, Marcelo Crivella, revelou que o país quase dobrou a produção de pescado em 2013 – foram 2,5 milhões de toneladas, contra 1,5 milhão de toneladas de 2012. Resultado das políticas implementadas nos últimos anos como renovação da frota e incentivo à aquicultura em tanques e represas.

Mas o ministro admitiu que o desafio do Brasil é chegar a 20 milhões de toneladas. É o que cobra a FAO (Food and Agriculture Organization), órgão da ONU. A entidade ainda vê o Brasil como pequeno produtor em relação ao tamanho das riquezas naturais – e em comparação a outros países.

“Estamos com um volume muito abaixo de nosso potencial. A FAO nos considera displicentes diante dos recursos naturais que temos”, comentou o ministro, nesta quinta, no Seminário Nacional Pescado Brasileiro – Um Grande Negócio.

No ranking de pescado mundial, o Brasil, apesar de maior volume de água, perde em produção para países como Noruega, Vitenã (o 4º maior produtor), Portugal, Índia e China.

O governo vai agir rápido, para tentar mudar este cenário. Há meses o ministério prepara em conjunto com o Palácio do Planalto um decreto, que será assinado pela presidente Dilma Rousseff nas próximas semanas, assim espera o secretário Nacional de Infraestrutura e Fomento, Eloy Araújo.

Trata-se do novo ProFrota, a linha de financiamento de barcos novos. O decreto fará com que os bancos de fomento aceitem como garantias de empréstimos os barcos usados – hoje barrados nas negociações – para a aquisição de novas embarcações. O ministério espera que a modernização da frota deve alavancar a produção no país.

Além disso, com o Plano Safra da Pesca e Aquicultura o Governo Federal tem estimulado o desenvolvimento do setor para aumento da produção e geração de emprego e renda. Desde sua criação, em outubro de 2012, o plano já disponibilizou cerca de R$ 4 milhões aos pescadores cadastrados.

“O Brasil tem centenas de espécies, mas uma frota pesqueira antiquada. Não cria oportunidade de o pescador se mordenizar. No mundo todo o setor está modernizado, mas o Brasil está muito atrasado”, lamentou Crivella.

AQUICULTURA AVANÇA

A política para o pescado em mar associada com a aquicultura pode alavancar o setor de pesca no PIB brasileiro, preveem as autoridades da pasta. Em 2013, o ministério conseguiu licenciar mais de mil hectares em lagos e represas para o cultivo de peixes de várias espécies, nas cinco regiões do país, destacou a secretária nacional de Aquicultura, Maria Fernanda Ferreira. Há meses, numa outra frente, o ministro iniciou negociações com os estados para que os governadores, por decreto, autorizem cultivo de pescado nas hidroelétricas.

A despeito das ações do Ministério da Pesca, criado em 2003, e da ampla costa no Atlântico Sul, o Brasil ainda hoje importa muito pescado. Só em 2013 foram negociados US$ 1,5 bilhão, revelou o ministro.

PESCA PREDATÓRIA

Outro desafio, destacado pelo Diretor de Pesca Industrial, Mutuso Asano Filho, é o combate à pesca predatória na costa brasileira. Segundo Asano Filho, dados da FAO apontam que apenas um quinto do pescado mundial seja legalizado.

“O combate da pesca ilegal vai permitir que a produção no Brasil aumente consideravelmente”, explicou.

Há informações já em investigação pela Polícia Federal e Marinha de que grandes navios cargueiros na altura da costa brasileira, mas em águas internacionais, recebem pescado de arrasto feito por pesqueiros estrangeiros, no litoral brasileiro, na clandestinidade.

Segundo o diretor Flávio Bezerra da Silva, existe uma interface da Marinha com o ministério e monitoramento via satélite dessas ações ilegais no Nordeste e Norte. Este é o desafio, e em breve poderá acontecer operações.

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