Coluna Esplanada

Arquivo : morte

Guerra do narcotráfico no Paraguai afeta o Brasil
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Leandro Mazzini

O Exército, a Agência Brasileira de Inteligência e órgãos de segurança monitoram 24 horas a situação na fronteira do Brasil com o Paraguai na cidade de Ponta Porã (MS) com Pedro Juan Cabalero, após a morte do traficante Jorge Rafaat.

A Polícia Federal já sabe que mais de 100 homens de uma facção criminosa de São Paulo aliada a uma do Rio de Janeiro articularam o cerco numa rua de Pedro Juan. A guerra é pelo bilionário controle da vergonhosa entrada de armas e drogas no Brasil.

O Exército posicionou blindados Urutu na fronteira.

Após a troca de tiros que resultou na morte de Rafaat, atingido várias vezes por balas de calibe .50, criminosos do cerco entraram em hospital armados e obrigaram médicos a socorrer um colega ferido.

Com a notícia do assassinato do pai, um herdeiro de Rafaat uniu um grupo de capangas e invadiu a casa do preposto da facção rival em Pedro Juan. A residência estava vazia e a metralharam toda.

Há dias, Rafaat escapou de um atentado – seus seguranças mataram os rivais, que estavam num carro-forte. O traficante passou a circular com 30 seguranças. Em entrevista a um canal de TV paraguaio, acusou o senador Robert Acevedo de controlar o crime organizado na região e o chamou de “mulherzita”.

Uma coincidência, no dia seguinte à morte de Rafaat, o senador Acevedo tornou-se presidente do Congresso Nacional paraguaio, lamentou a morte e negou qualquer envolvimento com o crime organizado.

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Investigado por morte em operação gerencia Força Nacional
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Leandro Mazzini

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

O comando da Força Nacional, um dos responsáveis pela segurança dos Jogos Olímpicos, tem entre seus oficiais um policial militar investigado por uma morte em operação, contrariando portaria 3.383 de 2013, do Ministério da Justiça, que proíbe admissão de agentes que respondam a processos.

Trata-se do tenente-coronel da PM do Piauí Erotildes Messias Sousa Filho.

Em abril de 2013, numa malsucedida operação, ele matou a tiros acidentalmente o gerente de um banco que fora rendido por bandidos, na cidade de Miguel Alves (PI).

Disparos feitos por uma arma na troca de tiros mataram o gerente Admyston Rodrigues Alves. Segundo laudo da Polícia Civil, os tiros saíram da arma do policial.

Para blindar Messias Souza, padrinhos poderosos atuaram em Teresina e em Brasília, e conseguiram sua nomeação na capital federal em 2014, onde foi alocado no comando de operações especiais e depois assumiu a gerência de operações.

O oficial Messias Sousa ficou tão poderoso na Força que hoje é ele quem decide quem fica ou sai dos quadros da corporação, remanejando agentes em todo o Brasil.

Ele também presta assessorias na Força ao chefe de gabinete da SENASP, Marcello Barros, e à Secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Miki. Fontes do Ministério da Justiça informam que o oficial é protegido da dupla, o que a assessoria de Miki nega.

Sobre a presença do tenente Messias Sousa na Força Nacional,  questionada sobre posição oficial e se o policial gostaria de se posicionar, a assessoria do Ministério da Justiça apenas informou que ele foi indicado pelo Governo do Piauí. Procurados na sexta-feira (22), até o momento a assessoria do Palácio Karnak e da Secretaria de Segurança Pública do Estado não se manifestaram.

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Obras em aeroporto e recesso da FAB: o coração do menino não aguentou
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Leandro Mazzini

As autoridades omitem a verdade sobre a morte do menino G.L.A. de 12 anos que faleceu em Brasília no dia 1º de janeiro à espera de transplante de um coração.

A Força Aérea Brasileira, que foi procurada pela Central Nacional de Transplantes, alegou “questões operacionais” para justificar por que não fez o transporte de Itajubá, no Sul de Minas, para a capital federal.

Duas situações contribuíram principalmente para a tragédia humanitária. Apesar da equipe de plantão para emergências, a equipe da FAB para transportes especiais estava de recesso. Isso prova o quadro de cronograma de voos de transportes de autoridades, por exemplo, ter um intervalo sem operações entre 31 de dezembro e 4 de janeiro.

E mesmo que houvesse jatinho disponível e pilotos, havia outro problema – a logística e o tempo. O Aeroporto de Itajubá passa por obras de terraplanagem e reforma há mais de ano. Situado num brejo, a pista está há meses sendo remodelada. É num hospital da cidade que estava o coração doado para o transplante.

Pista em terraplanagem em Itajubá. Foto de divulgação da prefeitura

Pista em terraplanagem em Itajubá. Foto de divulgação da prefeitura

Na operação, então, seria necessário usar o aeroporto de uma cidade próxima – poderia ser Pouso Alegre, a 70 km de Itajubá, ou Varginha, a 176 km. Ou, respectivamente, aproximadamente 20 minutos e 50 minutos de um voo de helicóptero.

Curiosamente, Itajubá é sede de uma da maior fábrica de helicópteros da América do Sul, com helipontos de apoio e aeronaves novas paradas no pátio. Um telefonema de um mandatário aliado à boa vontade dos executivos da Helibrás poderiam ter ajudado no transporte do órgão para uma dessas cidades, onde um jato da FAB poderia pousar.

Na resposta à Coluna, embora não tenha detalhado os motivos operacionais, a FAB destacou o trabalho de parceria com o Sistema Nacional de Transplantes (SNT).

“Segundo dados do SNT, em 2014, 2.486 dos 23.226 órgãos transplantados em todo o Brasil foram transportados por avião, o que representa 10,7% do total. Em média são realizados 20 transportes de órgãos por dia em aeronaves. A lista inclui órgãos como coração, rim, pulmão e fígado, além de tecidos como córnea e pele”.

Ainda de acordo com a assessoria, “em 2015, a FAB realizou 42 missões de transporte de pacientes e órgãos em todo o país. No ano passado, somente na região de Brasília foram transportados seis corações para transplante”.

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Tribunal da cela desafia cúpula da Segurança no DF
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Leandro Mazzini

Entrada do complexo da Papuda. Foto: UOL

Entrada do complexo da Papuda. Foto: UOL

Chegou à cúpula do sistema prisional do Distrito Federal o caso da morte de um saudável apenado no complexo da Papuda.

Há 15 dias, ele foi a óbito por hemorragia estomacal. O laudo do óbito intrigava até a revelação de um parente da vítima: contrariados, os detentos quebraram uma lâmpada, moeram o vidro e o despejaram, ocultamente, na comida do presidiário.

Entre celas, a notícia é a de que o condenado por estupro se recusou a cumprir ‘tarefas’ impostas pelos presos para o tipo penal, como fazer faxina e lavar roupas íntimas dos colegas.

Atualização sábado, 18, 19h40 – A Secretaria de Justiça e Cidadania do DF, em nota, informou que ‘por meio da Subsecretaria do Sistema Penitenciário (Sesipe/DF) esclarece que todo preso que ingressa no Complexo Penitenciário é triado e separado de acordo com o crime que foi autuado. E que todo interno que vem
a óbito, independente da causa, é instaurado processo apuratório, para identificar as prováveis causas do falecimento e os possíveis autores’.

Ainda de acordo com o órgão, ‘Mais especificamente sobre o caso do jovem W.S.R., a Sejus informa que o interno, após ter passado mal, foi levado ao hospital no dia 27/3 e que posteriormente veio a óbito. Segundo o Laudo de Exame de Corpo de Delito de nº 13572/15, a conclusão é: “Morte de causa a esclarecer”. E que o Exame  Cadavérico não revelou a causa da morte e foram coletadas amostras de tecido para estudo laboratorial’.

 


Prefeito de Viçosa (MG) morre no dia do aniversário da cidade
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Leandro Mazzini

Foi um velório em meio à festa.

O prefeito de Viçosa (MG), Celito Sari, morreu na madrugada desta terça-feira (30), vítima de infarto, justamente no aniversário de 143 anos da cidade.

O corpo foi velado desde cedo na estação ferroviária, local que concentraria festividades. Quem não sabia do óbito, foi à estação para os eventos e deparou-se com o corpo no caixão, ficou entre o choque e a incredulidade.

Sari ganhou holofotes nas lentes do programa CQC da Band no quadro Proteste Já, alvo de denúncias de irregularidades na administração. Viçosa é caso curioso em Minas. O último prefeito, Raimundo Nonato, um ex-faxineiro da universidade federal, foi cassado por compra de votos.


Comandante da Aeronáutica lidera grupo que investiga morte de Campos
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Leandro Mazzini

A morte trágica e surpreendente do presidenciável Eduardo Campos (PSB) tornou-se questão de segurança aérea nacional.

juniti

Juniti – Ele embarcou para Santos tão logo soube das vítimas. Foto: ABr

O Comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, decidiu embarcar para Santos para liderar a equipe de investigações do CENIPA – Centro de Investigações e Prevenções de Acidentes, confirmou por telefone a assessoria de imprensa da FAB.

Como o Cessna PR-AFA estava em boas condições e os pilotos eram experientes, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), dois especialistas em aviação ouvidos pela Coluna, na condição de anonimato, suspeitam de que a queda pode ter ocorrido por mau tempo aliada a ‘fator externo’, como choque com objeto ou aves, devida à baixa altitude após eventual arremetida.

Um especialista em segurança diz que tão importante quanto apurar a caixa preta é investigar o Profundor do jato, peça na cauda responsável por estabilidade e inclinação da aeronave em voo.

CONDIÇÕES 

Chovia muito no momento da queda, com baixa visibilidade. Uma arremetida pode ter feito o jato perder a força nas turbinas. Há precedentes do tipo no histórico de acidentes.

ALERTA GERAL

A Anac, responsável por fiscalizar os táxis-aéreos, passou pente fino na lista de jatinhos regulares e com fiscalização vencida. Empresas receberam alertas para operações.

SUPORTE 

O jato era particular e operou com a Líder Táxi Aéreo no hangar no Aeroporto Santos Dumont (RJ). A empresa confirma que apenas deu suporte ao embarque.

PRECEDENTE

Caiu na internet: o deputado Wilson Quinteiro (PSB), do Paraná, disse que o jato PR-AFA apresentou problemas na ignição no aeroporto de Londrina dia 16 de junho.

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REFORMA DO JUDICIÁRIO 

Eduardo Campos queria uma reforma no Judiciário. Deixou claro na entrevista ao Jornal Nacional. Repetia Lula, que no primeiro ano de governo como presidente sempre disse que o Brasil precisava ‘abrir a Caixa Preta do Judiciário’.

CAIXA PRETA (da toga)

‘O Brasil deve fazer uma reforma constitucional para acabar com esses cargos vitalícios que ainda existem na Justiça. É preciso ter mandatos também no Poder judiciário’, disse Campos. No Peru e Guatemala há conselho de notáveis de vários segmentos da sociedade e de Poderes para indicar seus ministros da Alta Corte.

CONSPIRAÇÕES NUMÉRICAS

Como brasileiro é criativo também em momentos trágicos. Mal a morte foi confirmada e os numerólogos desocupados ou criativos soltaram: ele tinha 49 anos = 4 + 9 dá 13; Ontem era 13; A confirmação da morte surgiu às 13h e fazia 13ºC em Santos. Não satisfeito? Eduardo Campos tem.. 13 letras.

CADÊ O VICE?

Michel Temer está desprestigiado. É raro encontrar um ‘santinho’, placa ou outdoor em que um candidato a deputado ou senador aparece ao seu lado. Nem a campanha da presidente Dilma, por ora, usa sua foto. É só o cacique do PMDB – que já é muita coisa.

ELEIÇÃO & WHATSAPP

Nova ferramenta queridinha dos donos de smartphones, o Whatsapp (wpp) é usado por engraçadinhos – e pessoas sérias – para propor propaganda para candidatos. Um leitor espalhou que coloca adesivo no carro, foto de capa do candidato na sua página no Facebook, mensagem spam para amigos por wpp e entrega de ‘santinhos’ nas ruas..

A piada? Quem quer trabalhar sério por essa propaganda cobra um preço. Mas tem engraçadinho que prefere nomeações futuras de parentes em caso de o cliente ser eleito..

SUMIRAM

Cadê os famosos videntes que sempre preveem resultados de eleições presidenciais e o que vai acontecer com candidatos e famosos?


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