Coluna Esplanada

Arquivo : mp dos clubes

Relator da MP dos Clubes levou bola nas costas
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Relator da MP 671, da renegociação da dívida dos clubes de futebol, o deputado federal Otávio Leite (PSDB-RJ) levou bola nas costas.

O lobby da CBF atuou forte para descaracterizar o texto na terça-feira, dia da votação. Comandados pelo ex-deputado Walter Feldman (hoje diretor da CBF), líderes do PTB, PP, PT e PMDB reuniram-se em almoço na casa do deputado Jovair Arantes (PTB-GO) para combinar a mudança.

Uma emenda aglutinativa foi apresentada em separado e venceu. Caiu ponto importante para a democracia nos clubes, diz Leite: O artigo que alterava o peso dos votos de dirigentes nas federações, estes votos que hoje reforçam reeleição seguida de antigos dirigentes. Leite previa que atletas e clubes amadores também votassem, para equilíbrio de forças.

Mas houve vitória em ‘campo’ (político). A MP prevê punibilidades para os cartolas, maior transparência nas contas, fiscalização externa e impedimento de reeleição de dirigentes com comprovada gestão temerária. Falta a regulamentação.


Apito na mão e bola em jogo: CBF faz pressão contra MP dos Clubes
Comentários Comente

Leandro Mazzini

A despeito do cerco judicial a seus cartolas, a CBF mantém lobby pesado no Congresso na tentativa de mandar para escanteio a MP do Futebol.

Ela ‘caduca’ dia 17 – no dia seguinte o Congresso entra em recesso -, e ainda não entrou em pauta. O relator deputado Otávio Leite (PSDB-RJ) anda preocupado. Ele tinha projeto de lei, mas foi esnobado pelo Planalto.

O texto da MP prevê maior parcelamento da dívida dos clubes brasileiros – isso é bom para todos. Mas os cartolas não querem ouvir falar de pontos como transparência na gestão, fiscalização externa das contas e mandatos limitados. Além de punibilidades.


Feldman volta ao Congresso – como cartola da CBF
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Foto: psdb.org

Foto: psdb.org

Um personagem com trânsito livre entre gabinetes, e suprapartidário, tem chamado a atenção nos corredores do Congresso Nacional e tem sido figura importante para a Confederação Brasileira de Futebol nas audiências públicas da MP dos Clubes.

O ex-deputado federal tucano Walter Feldman, que também coordenou a campanha de Marina Silva (PSB) à Presidência da República, é o homem da CBF na Câmara e no Senado.

Feldman atualmente é o secretário-geral da CBF na gestão de Marco Polo Del Nero – após passar pelo mesmo cargo na Federação Paulista de Futebol. É ele quem tem visitado parlamentares com as credenciais de cartola para debater a importância da aprovação da MP, editada pela presidente Dilma, que renegocia a dívida dos clubes brasileiros das séries A à D com o Fisco.


MP dos Clubes: relator vai propor transição e mais parcelamentos
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Foto extraída do gremioavalanche.com.br

Foto extraída do gremioavalanche.com.br

O relator da Medida Provisória de Refinanciamento da Dívida dos Clubes (chamada MP dos Clubes), deputado Otávio Leite (PSDB-RJ), vai propor maior prazo de parcelamento, além do fixado no texto enviado pelo Palácio do Planalto.

‘A equação financeira não cabe em 240 meses’, diz ele. Leite cita dois exemplos, por suas contas: O Treze da Paraíba (série D), teria de pagar R$ 17 mil por mês e não tem esse dinheiro. A parcela do Internacional de Porto Alegre seria de R$ 1,2 milhão, também difícil de quitar mensalmente. ‘A saída é abrandar, criar uma transição’.

‘Mas não vou abrir mão de exigências como transparência nas contas, responsabilidade fiscal e rebaixamento automático para clubes que ultrapassarem três parcelas não pagas’, complementa o parlamentar.

Otávio Leite diz que apresenta o relatório até o fim deste mês. A MP caduca dia 17 de Julho.

Um ‘cartola’ de clube do Sul que circulou pelo Senado ontem concorda com o item sobre rebaixamento, mas manda uma indireta, deixando clara a posição de colegas: ‘Transparência só se for para todos os esportes; por que só futebol?

Num cálculo preliminar de congressistas e do Planalto, a dívida atual de clubes de futebol – das séries A à D – com o fisco pode chegar a R$ 4 bilhões.


< Anterior | Voltar à página inicial | Próximo>