Eike e Dilma em Nova York
Leandro Mazzini
De volta à vida de classe média, o mega-falido empresário Eike Batista voou para Nova York na noite de segunda-feira com esperança de reunião com a presidente Dilma Rousseff, hoje, longe dos holofotes da imprensa brasileira.
Alguns fundos de pensão de estatais são investidoras de empresas de Eike que perderam muito dinheiro com a desvalorização das ações.
Eike foi visto no voo da TAM JJ8078 (Galeão- JFK), no assento 3C, ao lado de assessor. Desde que noticiou-se a quebradeira de suas empresas e a perda significativa de valores de suas ações, Eike vendeu seus três jatinhos – em dois deles, modelo Gulfstream, fazia voos como esse.
Aliás, quem já foi rei, não perde a majestade: apesar de falido e com pedido de bens bloqueados pela Justiça, após denúncia do MPF por crimes financeiros, Eike viaja com estilo, na primeira-classe. Um bilhete custa em torno de R$ 12 mil pela companhia.
Eike também tentará encontrar credores estrangeiros, a quem deve muito – são fundos de investimentos europeus e asiáticos. Eles passarão hoje por NY a reboque dos presidentes que financiam, que estarão na Assembleia Geral da ONU.
A situação anda tão feia para Eike que até o site oficial de sua holding EBX saiu do ar há meses e nunca mais voltou. Ontem a Coluna tentou contato com assessoria, em vão. Procurada sobre a agenda de Dilma em NY, a assessoria da Presidência não respondeu até a publicação.