Coluna Esplanada

Arquivo : operações

Congresso apreensivo: Plantão de Teori e mobilização da PF no Nordeste
Comentários Comente

Leandro Mazzini

teori1

Atualizada domingo, 6, 20h57 – Congressistas enrolados com a Justiça, alvos de investigação do Supremo Tribunal Federal, estão apavorados neste domingo com a notícia do plantão do ministro Teori Zavascki, relator do processo da Operação Lava Jato na Corte.

Não só ele, mas todo o núcleo duro do STF, com altos funcionários de outros ministros, ficou de plantão durante este domingo.

Soma-se a este misterioso cenário a mobilização, desde ontem, de mais de 100 policiais federais que desembarcaram em quatro capitais, duas delas no Nordeste. Outros 100 estão de plantão, segundo fonte, conforme revelou a Coluna.

Causou estranheza em colegas o fato de o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), antecipar em horas seu voo para Maceió na última quinta-feira, quando vazou para a imprensa a delação do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) – vale lembrar que certo dia, meses atrás, Renan provocou: quem sabe da Petrobras é Delcídio.

(O presidente do Congresso nega, mas é dado como público o seu apadrinhamento ao então diretor da Transpetro, Sérgio Machado, que deixou o cargo pressionado ano passado).

Na sexta pela madrugada a Coluna revelou a reunião na quinta à noite do PGR Rodrigo Janot, que precedeu a operação de condução coercitiva do ex-presidente Lula ( detalhes aqui ).

A apreensão entre congressistas neste fim de semana é notória pelo fato de ter sido numa reunião de plantão noturno, comanda pelo ministro Teori, a decisão de autorizar prender o senador Delcídio.

O senador petista está em São Paulo neste momento.

O Blog no Twitter e no Facebook

LAVA JATO E ZELOTES

O ministro Teori já voltou para casa, onde está reunido com a família, mas sua força-tarefa continua na sede do STF.

Há rumores de que o plantão deve-se à homologação da delação premiada do senador Delcídio – o ministro vai acolher o conteúdo em parte, com vetos ( veja aqui ). Embora também haja uma suspeita de que o ministro possa autorizar uma operação policial nesta segunda-feira envolvendo mandatários.

A PF também atua forte em outra frente, numa investigação que atinge em cheio a República congressista – a Operação Zelotes. Na última fase, os agentes descobriram uma lista bombástica, na casa de um funcionário público. A lista de propinas de empresas para servidores e políticos.


Investigado por morte em operação gerencia Força Nacional
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

O comando da Força Nacional, um dos responsáveis pela segurança dos Jogos Olímpicos, tem entre seus oficiais um policial militar investigado por uma morte em operação, contrariando portaria 3.383 de 2013, do Ministério da Justiça, que proíbe admissão de agentes que respondam a processos.

Trata-se do tenente-coronel da PM do Piauí Erotildes Messias Sousa Filho.

Em abril de 2013, numa malsucedida operação, ele matou a tiros acidentalmente o gerente de um banco que fora rendido por bandidos, na cidade de Miguel Alves (PI).

Disparos feitos por uma arma na troca de tiros mataram o gerente Admyston Rodrigues Alves. Segundo laudo da Polícia Civil, os tiros saíram da arma do policial.

Para blindar Messias Souza, padrinhos poderosos atuaram em Teresina e em Brasília, e conseguiram sua nomeação na capital federal em 2014, onde foi alocado no comando de operações especiais e depois assumiu a gerência de operações.

O oficial Messias Sousa ficou tão poderoso na Força que hoje é ele quem decide quem fica ou sai dos quadros da corporação, remanejando agentes em todo o Brasil.

Ele também presta assessorias na Força ao chefe de gabinete da SENASP, Marcello Barros, e à Secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Miki. Fontes do Ministério da Justiça informam que o oficial é protegido da dupla, o que a assessoria de Miki nega.

Sobre a presença do tenente Messias Sousa na Força Nacional,  questionada sobre posição oficial e se o policial gostaria de se posicionar, a assessoria do Ministério da Justiça apenas informou que ele foi indicado pelo Governo do Piauí. Procurados na sexta-feira (22), até o momento a assessoria do Palácio Karnak e da Secretaria de Segurança Pública do Estado não se manifestaram.

O Blog no Twitter e no Facebook


Movimentações de equipes no MPF indicam nova grande operação da PF
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Um aviso da direção deixou em alerta e curioso um grupo de 100 pessoas, entre procuradores e funcionários, que ocupa duas amplas salas no Ministério Público Federal em Brasília, trabalhando na operação Lava Jato.

Eles terão de desocupar o local para a entrada de um grupo de investigadores de outra operação, para breve.

Há um ano, em entrevista ao blog, o diretor-geral da PF , Leandro Daiello, disse à ocasião que havia 200 investigações em andamento , a grande maioria contra a corrupção – algumas delas foram às ruas, como a Zelotes, que cerca a quadrilha do CARF / Receita.


PF vai deflagrar mais de 100 grandes operações em 2015
Comentários Comente

Leandro Mazzini

A Polícia Federal vai deflagrar mais de 100 grandes operações no próximo ano, principalmente contra a corrupção ( em várias esferas de Poder e Estados ), e no combate ao narcotráfico internacional.

Desde a revelação do diretor-geral da PF, delegado Leandro Daiello, de que havia 200 investigações especiais em andamento, elas começaram a surgir a granel, sendo duas deflagradas por semana, sempre no mesmo dia.

Daiello concedeu entrevista exclusiva à Coluna publicada no dia 31 de outubro, e destacou o fortalecimento da corporação com investimentos em pessoal e em tecnologia no combate ao crime e na perícia criminal.

Desde a entrevista, a PF iniciou uma ofensiva de operações: foram nove até ontem, seis delas de combate à corrupção, e outras contra tráfico de drogas, pedofilia e jogo do bicho.

Contra a corrupção: Ferro e Fogo (Ibama no Maranhão e Secretaria de Meio Ambiente local), Terra Prometida (Incra no Mato Grosso), Alcatéia (servidores da Receita Federal), Plateia (licitações fraudulentas em Rondônia), Ave de Rapina (Prefeitura e Câmara de Vereadores de Florianópolis), e Lava Jato 7.

As operações que cercaram crimes diversos foram Denários (Tráfico de drogas), Adoletá (Pedofilia na internet), Trevo (Jogo do bicho e títulos de capitalização ilegais).


Associação de Delegados de PF prepara memorial com grandes operações
Comentários Comente

Leandro Mazzini

A Polícia Federal vai ganhar um memorial das grandes e históricas operações da corporação no País. Um livro, arquivos de áudio e vídeo com depoimentos e até uma sala de exposição permanente são preparados pela Associação Nacional de Delegados de Polícia Federal (ADPF) – instituição de 76 anos e hoje com 2.100 delegados.

É o Projeto Memória. Nas pesquisas, foi descoberto o áudio de uma reunião de delegados da década de 70, na qual citavam levantamento da demanda à época de 13 mil agentes e delegados para a PF.

“Para se ter ideia de como a demanda é antiga, hoje não temos um terço disso”, comenta o delegado Marcos Leôncio, presidente da ADPF. A ADPF reivindica a mudança de escolha do diretor da PF para lista tríplice apresentada à presidência da República.


< Anterior | Voltar à página inicial | Próximo>