Coluna Esplanada

Arquivo : palácio

Corte é para os outros – o que você não viu no jantar de Temer
Comentários Comente

Leandro Mazzini

É importante para o País, sim, o controle de gastos e a proposta de emenda à constituição nº 241 que impõe um teto para os órgãos dos três poderes – a má gestão (de todos os Poderes) aliada ao cenário econômico em crise há anos mostraram que os gestores não aprenderam – e o povo paga a conta.

Mas no jantar que o presidente da República, Michel Temer, promoveu para os deputados no domingo à noite a fim de reunir os deputados para confirmar a aprovação em primeiro turno, ninguém deu exemplo, diante de situações pontuais.

O assunto era corte de gastos. Mas o banquete oferecido pelo presidente Michel Temer aos aliados foi pura ostentação.

Chamaram a atenção as garrafas raras de uísque Blue Label 750ml (mais de R$ 660 na praça) que foram servidas “só para a diretoria” ao final do “Jantar da PEC 241”, como foi batizado.

Antes da festa, a grande maioria dos 215 parlamentares chegou ao Palácio a bordo de carros executivos com motoristas – alugados por R$ 500 a diária, de empresas de Brasília com as quais têm contrato por verba de gabinete.

Além dos 215 deputados e alguns poucos ministros, o jantar contou com a presença de mais de 100 familiares dos parlamentares.

PREFEITOS

Prefeitos foram fundamentais na pressão aos deputados para votarem pela aprovação da PEC 241. Pelo texto, eles não terão os índices dos repasses federais alterados.

MISTÉRIO NO AR  (E NO CHÃO)

Maior voz na Câmara contra o ‘golpe’, o deputado Silvio Costa desembarcou no aeroporto de Brasília domingo à noite, enquanto o presidente Temer iniciava o jantar.

PENETRA?

O nome do presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson (RJ), não constava na lista de convidados do “Jantar da PEC 241”. Mas o delator do mensalão compareceu e transitou aos sorrisos e abraços pelos salões do Alvorada. O presidente Temer fugiu dele.

O Blog no Twitter e no Facebook

Colaborou Walmor Parente

 


Ministros contam 63 votos pró-Temer no Senado
Comentários Comente

Leandro Mazzini

O chefe da Casa Civil do Planalto, Eliseu Padilha, e o ministro de Governo, Geddel Lima – que cuida da articulação política – acabam de contabilizar e cravar para o presidente interino Michel Temer que ele terá 63 votos a favor de sua manutenção no Poder.

No plenário do Senado, no dia da votação do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, precisam de 55.

O Blog no Twitter e no Facebook


Kátia e Dilma trocam figurinhas no ‘abraço das afogadas’
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Dilma, ainda presidente, com Kátia no Planalto, nos tempos de Poder. Foto: PDT

Dilma, ainda presidente, com Kátia no Planalto, nos tempos de Poder. Foto: PDT

A ex-ministra da Agricultura Kátia Abreu tem visitado quase diariamente a presidente afastada Dilma Rousseff no Palácio da Alvorada. Leva à petista todas as fofocas e bastidores do Congresso e Esplanada.

Kátia contabiliza com ela o sobe e desce do saldo de votos no Senado. Dia desses o papo foi sobre “a pobreza no País”. Difícil de ver lá de dentro do Palácio da Alvorada.

O Blog no Twitter e no Facebook

 


Sinais: Dilma encaixota livros no Alvorada
Comentários Comente

Leandro Mazzini

estante

A imensa estante de livros do salão principal do Palácio da Alvorada está bem mais vazia.

Leitora voraz, a presidente afastada Dilma Rousseff já encaixotou alguns dos exemplares.

É o começo da mudança que deve ser concluída no fim de agosto, com o indicativo iminente de que o plenário do Senado vai afastá-la definitivamente da presidência da República.

O Blog no Twitter e no Facebook


‘Ocupa Planalto’ avisa que fica até o ‘golpe’ cair
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Foto: Ag.Esplanada

Foto: Ag.Esplanada

Cerca de 100 jovens manifestantes ligados a movimentos sociais simpatizantes da presidente Dilma, como CUT, MST, UNE e Juventude Socialista ocupam o segundo andar do Palácio do Planalto.

Eles acamparam no palácio, fixaram faixas e cartazes com palavras de ordem nas janelas e avisam que só deixam o Palácio quando ‘o golpe cair’.

ocupa

 


MinC monta palanque para Dilma no gramado do Planalto
Comentários Comente

Leandro Mazzini

palanque

Foto: AG. Esplanada

A presidente Dilma terá palanque amanhã ao lado do Palácio, para lançar programa federal.

Três tendas, uma delas com um minipalco, foram montadas na tarde desta segunda-feira (9) ao lado do Palácio do Planalto, na área interna da sede do Governo, em cima do gramado e em frente ao estacionamento para convidados e jornalistas.

Segundo os organizadores ouvidos, a estrutura vai receber o evento de lançamento do programa “Filhos do Brasil”, com foco em diversidade cultural e religiosa.

Certamente a turma do “Ocupa Planalto” – jovens ligados à CUT, MST, PCdoB, UNE e Juventude Socialista, acampados dentro do Palácio, vão descer para fazer a festa.

ocupa

Os movimentos sociais jovens acamparam dentro do Palácio e fixaram faixas e cartazes nas janelas.

Há um clima animado dentro do Palácio, entre os ocupantes manifestantes – que garantem só sair dali depois que ‘o golpe’ cair – e entre os funcionários do Governo.


Mordido de ciúme de Temer, Renan tocará o impeachment
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Foto: Folha/UOL

Foto: Folha/UOL

O presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o vice-presidente da República, Michel Temer, prestes a subir a rampa, não se bicam.

Renan já tinha trato com Lula para ser o vice-presidente na chapa de Dilma Rousseff, mas foi abatido em pleno voo pelo caso da amante, em 2007 – o que lhe custou o comando do Senado.

E Temer entrou no páreo, de onde não saiu. Seria Renan, hoje, a caminho do gabinete presidencial no Palácio.

O Blog no Twitter e no Facebook 


PP pede a presidência da Caixa
Comentários Comente

Leandro Mazzini

ciro

Te cuida, Miriam Belchior.

O Partido Progressista avisou aos ministros do Palácio ontem que a presidente Dilma pode manter o apoio de boa parte da bancada na Câmara – não a maioria – se conseguir a presidência e principais diretorias da Caixa Econômica Federal.

Por ora, oficialmente, o PP está com um pé fora da nau petista. Até ontem, a ala oposicionista da legenda contava 35 dos 49 deputados com votos contra Dilma no plenário da Câmara.

O partido mantém o controle do Ministério da Integração Nacional, com o técnico Gilberto Occhi – aliás, ele é egresso da Caixa. A pasta pode ficar com Cacá Leão, deputado federal filho do vice-governador da Bahia, aliado do PT.

Cobrado por uma posição pela bancada, em reunião nesta quarta (30), o presidente do partido, Ciro Nogueira, adiou a decisão sobre votar contra ou a favor do Governo para a véspera da votação na comissão especial do impeachment, para daqui duas semanas.

É um sinal de que o Planalto tem este prazo para decidir sobre o pedido de presente dos ‘pepistas’.

O Blog no Twitter e no Facebook 


Lista de cargos e apadrinhados deixa aliados em alerta com Planalto
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Foto: ABr

Foto: ABr

A equipe da presidente Dilma no Planalto capitaneada pelo ministro de Governo, Ricardo Berzoini, quer estrear fevereiro no Congresso sabendo quem é quem na ‘base governista’, se pode contar com os aliados, e vai cobrar a fatura para votações importantes. E, claro, para barrar o processo de impeachment.

Segue em ritmo intenso o pente-fino, a mando de ministros palacianos, para identificar apadrinhados políticos que, discreta ou escancaradamente, apoiam o impeachment da presidente Dilma nas ruas e nas redes sociais.

Listas circulam pela Esplanada dos Ministérios em meio à varredura já batizada de “macartismo petista”.

Outra lista, esta bem atualizada, aponta os cargos de primeiro a terceiro escalões nas estatais, em Brasília e nas capitais, cedidos para os aliados. Dilma tem uma.

Nessa estratégia palaciana não está descartada a tática do medo, tradicional no toma-lá-dá-cá da relação Palácio-Congresso há décadas: pressionar deputados e senadores para votarem com o Planalto, com risco de perderem cargos importantes.

A lista dos apadrinhados surgiu após a constatação, em novembro, de que o Planalto não alcançou os 300 deputados-fiéis como especulava diante das benesses cedidas.

O Blog no Twitter e no Facebook


Com Renan e Cunha arredios, Eunício vira o queridinho do Palácio
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Foto: ABr

Foto: ABr

Enquanto os presidentes da Câmara e Senado, Eduardo Cunha e Renan Calheiros, respectivamente, atacam o Palácio, o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) afaga.

Mais calmo há dias, com a retirada dos sem-terra de sua fazenda em Goiás, Eunício se cacifa como o interlocutor da presidente Dilma no Congresso e no PMDB.

É apontado como futuro bombeiro do Palácio para eventuais – e não surpresas, pelo cenário – crises institucionais e partidárias.