Coluna Esplanada

Arquivo : petrolão

Três pré-candidatos a governos pelo PT viram alvos no STF
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Leandro Mazzini

Os senadores Gleisi e Humberto. Foto: ABr

Os senadores Gleisi e Humberto. Foto: ABr

Atualizada terça, 9, 12h23 – A abertura de inquérito autorizada nesta sexta (6) pelo ministro Teori Zavaski, ao receber a lista do PGR Rodrigo Janot sobre o escândalo Petrolão, atinge em cheio as pretensões políticas de três petistas potenciais candidatos aos governos de seus Estados em 2018, que serão investigados.

Independentemente da condução pelo STF – se acolhe ou não a denúncia e os alvos viram réus -, da defesa e dos resultados futuros dos processos, os senadores Lindbergh Farias (Rio de Janeiro), Gleisi Hoffmann (Paraná) e Humberto Costa (Pernambuco) desde já e nos próximos anos entrarão na mira de adversários locais.

Lindbergh foi candidato ao governo do Rio ano passado, amargou um quarto lugar, mas ainda é o grande nome do PT no Estado. Gleisi também perdeu a disputa no Paraná e trabalha para se lançar novamente. Ex-ministro da Saúde, Humberto Costa tenta repaginar o partido em Pernambuco, esfacelado durante a disputa municipal de 2012, e trabalha para ser a opção da legenda para o Estado.


Metade da bancada do PP na Câmara está na lista de Janot
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Leandro Mazzini

O trio Arthur, Benedito e Ciro Nogueira, a partir da esquerda. Foto: revistaevidencia.com.br

O trio Arthur, Benedito e Ciro Nogueira, a partir da esquerda. Foto: revistaevidencia.com.br

Dezoito dos 40 deputados federais do PP em mandato parlamentar estão na lista enviada pelo Procurador-Geral da República Rodrigo Janot e tornaram-se réus no Supremo Tribunal Federal.

É a bancada que apadrinhava o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa.

Praticamente metade da bancada, porque a lista poderia ser maior, em razão de políticos que não disputaram mandatos e alguns que disputaram e perderam. Nessa lista entram outros dez ex-deputados do PP (confira abaixo). Mário Negromonte, por exemplo, abriu mão para a candidatura do filho, eleito, Negromonte Jr.

As surpresas na lista ficaram por conta também de deputados outrora não citados pela imprensa, como Simão Sessim (PP-RJ), primo do patrono da Beija-Flor, Aniz Abraão; e do jovem deputado Jerônimo Goergen (PP-RS).

Na lista também aparece uma dupla de Alagoas, pai e filho: o senador Benedito de Lira e Arthur Lira – este eleito presidente da importante Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. Outros dois senadores são citados: o presidente nacional do PP, Ciro Nogueira (PI) e o novato Gladison Cameli (AC).

OS DEPUTADOS

AFONSO HAMM
AGUINALDO RIBEIRO
ARTHUR LIRA
DILCEU SPERAFICO
EDUARDO DA FONTE
JERÔNIMO GOERGEN
JOSÉ OTÁVIO GERMANO
LÁZARO BOTELHO
LUIS CARLOS HEINZE
LUIZ FERNANDO FARIA
MISSIONÁRIO JOSÉ OLIMPIO
NELSON MEURER
RENATO MOLLING
ROBERTO BALESTRA
ROBERTO BRITTO
SANDES JÚNIOR
SIMÃO SESSIM
WALDIR MARANHÃO

EX-DEPUTADOS DO PP

Mário Negromonte (PP-BA) – ex-ministro das Cidades, atual conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia
João Pizzolatti – (PP-SC)
Roberto Teixeira (PP-PE)
Luiz Argôlo (ex-PP, atual SD-BA)
José Linhares (PP-CE)
Pedro Corrêa (PP-PE)
Pedro Henry (PP-MT)
Vilson Luiz Covatti (PP-RS)
Carlos Magno (PP-RO)
Aline Correa (PP-SP)

 


Magoada, Foster desabafa: ‘Estou lambendo as feridas’
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Leandro Mazzini

Foto: ABr arquivo

Foto: ABr arquivo

A ex-presidente da Petrobras Maria das Graças Foster revelou a uma amiga que está magoada e ‘lambendo as feridas’.

O desabafo surge concomitante ao momento tenso em que vive o Congresso, pela previsão de divulgação da lista dos denunciados no caso do Petrolão, falcatruas de gestões passadas que caíram no seu colo.

Discreta desde que saiu da estatal, ela vive com o marido no apartamento na Zona Sul do Rio, cuida de oito gatos e leva uma vida normal de carioca, saudosa de um conselheiro: ‘Brizola, meu líder eterno, sempre dizia isso (lamber as feridas), quando precisava de um tempo depois de ter sido muito magoado’.

Quando foi nomeada presidente, Graças Foster teve aval da presidente Dilma e fez mudanças em diretorias da petroleira. Demitiu em março de 2013 Paulo Roberto Costa – alvo da PF um ano depois.


Cunha x Chinaglia, e o Petrolão na Câmara
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Leandro Mazzini

O caminho do Poder na Câmara passou por Minas Gerais nos últimos dias.

Candidato do Palácio do Planalto à Presidência da Câmara dos Deputados, o petista Arlindo Chinaglia (SP), que já ocupou o cargo, almoçou ontem com bancada suprapartidária de 15 parlamentares em Belo Horizonte. Repetiu assim o roteiro feito pelo rival Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que passou pela capital mineira na quinta e sexta-feira em encontros similares. Ambos foram pedir bênçãos da forte – e esquecida pelo governo federal – bancada de Minas Gerais para a disputa do dia 1º de fevereiro.

Mais que a rota traçada pelos adversários, a polaridade Cunha x Chinaglia traz à tona uma disputa até então velada ano passado: a ala independente do ‘aliado’ PMDB, junto à oposição, versus PT e a base governista.

Corre por fora o mineiro Júlio Delgado (PSB), como terceira via, e apoiado por descontentes não ligados a Cunha e Chinaglia, ou ao grupo oposição x governo (não se pode desconsiderar Delgado. Todos se lembram no que deu essa disputa de base x oposição de poucos anos atrás que trouxe da noite para o dia, do submundo da Câmara, a figura de Severino Cavalcanti sentado na principal cadeira da Casa. Obviamente, cenários e personagens não se repetem; Delgado não tem qualquer similaridade com o perfil do ex-deputado pernambucano apeado do cargo).

Cunha mostrou poder na quinta e sexta, em jantar e almoço, paparicado também por base suprapartidária. Mas Chinaglia, mais prestígio ainda, e mostrou ontem que surge como forte adversário do deputado carioca que já se gabava da eleição fácil. Ninguém menos que o governador Fernando Pimentel deixou o gabinete e juntou-se ao séquito num restaurante de BH para ouvir as propostas de Chinaglia.

No pano de fundo, não apenas tornou-se uma disputa entre oposição & ala da base descontente x base governista, mas em especial o debate norteia os rumos de como a Casa vai tratar o Petrolão.

A lista de parlamentares propinados do doleiro Alberto Youssef será revelada em breve pela PGR, e sabe-se que muitos são os envolvidos na Câmara, inclusive os com mandato renovado. Cunha propôs uma versão 2.0 da CPI do Petrolão especial na Casa, e já fala no linha-dura Jair Bolsonaro (PP-RJ) como relator. A turma aplaudiu.

Ontem, Chinaglia disse que não tem medo de CPI, mas deixou entrelinhas que atuará junto com o Planalto para barrar a investigação, ou controlá-la, para que o óleo sujo a propina jogado na Casa não escorra para o piso do terceiro andar do Palácio do Planalto do outro lado da avenida.

Enfim, Cunha x Chinaglia tornou-se também uma disputa de prós e contra a CPI do Petrolão e suas consequências.


De: Renato Duque; Para: Dilma. PT Saudações
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Leandro Mazzini

duque

Foto extraída do guiaoilegas.com.br

A presidente Dilma Rousseff recebeu recados de senadores do PT, no Palácio do Planalto, de que o ex-diretor da Petrobras Renato Duque a envolveria se ficasse mais uma semana detido.

Dois dias depois de a presidente ouvir a ameaça, coincidência, ou não, Duque foi solto por habeas-corpus em liminar concedida pelo ministro recém-empossado Teori Zavaski, do Supremo Tribunal Federal. Mas é só uma coincidência.

Não é segredo em Brasília que Renato Duque, mais que Paulo Costa, era o nome apadrinhado especialmente por estrelados petistas na petroleira.

DE SANCTIS  2.0?

Começou uma batalha velada entre o juiz federal Sérgio Moro e o Supremo – que lembra o embate entre o então juiz federal Fausto de Sancti e o ministro Gilmar Mendes no caso do banqueiro Daniel Dantas, solto por Mendes duas vezes seguidas.

Moro, a grande cabeça judicial da Operação Lava Jato, quer encarcerar Renato Duque de novo. Os próximos dias exibirão novos capítulos.


Vaccari,a lobista: Empreiteiros ‘não aguentaram e entregaram tudo!’
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Leandro Mazzini

Num cantinho à meia luz do bar vazio do Meliá Hotel em Brasília, o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, recebeu na terça-feira um lobista e ambos desandaram a reclamar da presidente Dilma e do momento vivido pelo partido.

Vaccari, supostamente citado na delação premiada do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, reclamou em especial dos executivos envolvidos no ‘Petrolão’: ‘Não aguentaram uma pressãozinha e já entregaram tudo!’, desabafou para o interlocutor, sobre a prisão dos empreiteiros na recente fase da Operação Lava Jato, da Polícia Federal.

#TAMOJUNTO..

Vaccari, no encontro, citou com o lobista andamento de obras no Nordeste, e ouvia dele: ‘conosco não é assim, e pode contar conosco sempre. Do que você precisar’.

.. #TAMOFU

O lobista ainda emendou com um cenário sombrio para o tesoureiro do PT: ‘E prepare-se para dias mais difíceis do que já passamos até agora’.

DESCEU ARDENDO

O serviço secreto da Coluna constatou que nem o uísque com pedras de gelo que Vaccari tomava o acalmou na reunião de bar com o lobista.

SEM SONO

A maioria dos empreiteiros presos, acostumados a camas Queen Size e travesseiros de plumas de gansos, na agrura da cadeia decidiu pela delação a mofar na cadeia.