Coluna Esplanada

Arquivo : picciani

Para barrar impeachment, PMDB e Planalto rifaram Padilha
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Leandro Mazzini

Padilha, na coletiva em que anunciou sua saída. Foto: ABr

Padilha, na coletiva em que anunciou sua saída. Foto: ABr

Os “hangares” do Poder sabem os “motivos partidários” alegados pelo ex-ministro Eliseu Padilha para deixar a Secretaria de Aviação Civil, a SAC.

Ele não suportou a pressão da bancada do PMDB da Câmara, que está de olho na vaga desde a minirreforma ministerial.

A presidente Dilma e ministros do Palácio enviavam sinais velados a Padilha. Com sua saída, Dilma tenta agora conquistar os oito votos do PMDB para matar na comissão especial o processo de impeachment.

Ela pretende entregar a SAC a um deputado do partido. O líder Leonardo Picciani já sonda os nomes.

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Bancada pressiona líder do PMDB por vaga na comissão do impeachment
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Leandro Mazzini

O líder Leonardo Picciani (RJ) está sob forte pressão dos 65 colegas da bancada do PMDB na Câmara.

Todos querem um assento como titular na comissão especial que analisará a abertura ou não do processo de impeachment da presidente Dilma. Ele escolherá os nomes.

O problema é que o partido terá apenas seis vagas, e outras seis de suplente. “Como atender 12 e deixar outros 50 de fora?”, desabafa o parlamentar.


‘Segundo Poder’ se reuniu em restaurante na véspera da reforma
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Leandro Mazzini

O “Segundo Poder” ligado à reforma na Esplanada foi flagrado confraternizando em mesas separadas no Lake’s Restaurante, na Asa Sul de Brasília, na quinta à noite.

O líder do PMDB, deputado Leonardo Picciani (RJ), patrocinou mesa de cinco deputados do partido. A três mesas dele o líder do Governo, o petista José Guimarães (CE), conversava com amigos. E a 10 metros deles o agora ministro da Defesa, Aldo Rebelo, articulava com pares do PCdoB.

O agora ministro da Saúde, o psiquiatra Marcelo Castro (PMDB-PI) – que não compareceu – é um dos mais reservados parlamentares da bancada. Pouco aparece em eventos – e até na liderança na Câmara não é visto.

Desde que foi cotado para ministro, Castro atuou discreto. Disparou “torpedos” SMS para membros da cúpula do PMDB. Repetia o bordão: “vamos manter o acordo firme”.

Há quem aposte – entre eles o federal Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), dissidente da ala majoritária – que não houve lista de indicados para a presidente Dilma escolher os novos ministros. A tese é de que foram entregues os nomes de Castro e Celso Pansera (agora ministro de Ciência & Tecnologia).

Nesta teoria, ficou latente para os dissidentes: Manoel Junior, citado escancaradamente como favorito, foi “balão de ensaio” para desviar o foco do verdadeiro ministro, que já articulava até ser nomeado.


Crise no PMDB: deputados cobram ministérios e tempo na TV
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Leandro Mazzini

O PMDB entra numa “DR” de hoje a segunda-feira.

No conhecido bordão de um casamento em crise, o “Discutir a Relação” está em pauta, não com o PT, mas entre os próprios pares.

A bancada na Câmara comemorava dois ministérios e o vice-presidente, Michel Temer, barrou – com a fusão de Portos e Aviação, ele perde as duas pastas de sua cota, para o de Infraestrutura, que ficaria com Celso Pansera (RJ), apadrinhado por Eduardo Cunha.

Para piorar o cenário, 20 deputados que se sentem alijados das inserções do programa de TV do partido, em exibição, vão questionar oficialmente a Executiva e querem espaço.

Após a expectativa de ganhar dois ministérios nesta semana, a bancada agora pressiona o líder Leonardo Picciani a arrancar da presidente Dilma garantias de que não serão frustrados e humilhados – mesmo que a solução passe principalmente pelo vice Michel Temer.

Antes de viajar para Nova York, a presidente Dilma garantiu ao líder que a bancada terá dois ministérios como prometido, de uma forma ou outra.

Não confiante em Dilma, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que se diz alheio à situação mas negocia tudo veladamente, soltou o primeiro recado. Abriu os trabalhos ontem com leitura do ritual de impeachment em resposta a questão de ordem do DEM.

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Líder: PMDB da Câmara deve indicar dois ministros para o Governo
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Leandro Mazzini

Leonardo, o líder, é unha e carne com o presidente Cunha, hoje opositor a Dilma.

Leonardo, o líder, é unha e carne com o presidente Cunha, hoje opositor a Dilma.

A bancada do PMDB na Câmara dos Deputados está disposta a indicar dois deputados para dois ministérios do Governo de Dilma Rousseff.

As pastas oferecidas são a Saúde e “talvez um ministério da área de infraestrutura”, disse o líder do PMDB, deputado Leonardo Picciani, nesta tarde.

A entrada da bancada peemedebista da Câmara na gestão foi um pedido dela para o líder do partido, que confirmou há pouco na liderança, em conversa com jornalistas, a intenção de compor o Governo.

“É fundamental que a reforma (administrativa) sirva para isso: conter despesas e reorganizar a base”, disse o líder.

Embora haja interesse de parte da bancada, veladamente, a decisão sairá até esta noite após reunião da bancada. Ainda não há nomes, mas se o PMDB da Câmara fechar com Dilma, os nomes serão sugeridos ainda hoje.

“Ela falou que gostaria de ter deputados”, sobre o cargo para ministérios, disse o líder, ao ser questionado se as bancadas podem indicar nomes de especialistas mesmo sem mandatos.

FATOR EDUARDO CUNHA

O líder também revelou que já conversou com o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), opositor declarado do Governo, e avalia que Cunha não imporá obstáculos se a bancada ratificar o desejo de compor o novo cenário ministerial.

“O presidente Cunha disse que vai respeitar a decisão da maioria”, finalizou o líder.

A jogada de Dilma pode causar uma reviravolta na Câmara e conter uma eventual abertura de processo de impeachment contra ela. Daí o presidente Cunha avisar que só decide sobre os pedidos na quinta-feira. Até lá, o PMDB já fechou ou não com o Planalto.

A decisão da bancada do PMDB inevitavelmente passa por Eduardo Cunha, por maior liberdade que o presidente dê aos seus pares, porque ele tem o controle do grupo.

Picciani na liderança foi decisão de Cunha. Por isso o presidente não ficará alheio a este processo, o que pode implicar dois cenários: ou Cunha dá de ombros, ou pode ter dedo na indicação dos ministros, o que não se descarta, e mudar gradativamente a sua posição em relação ao Planalto.


Denúncia atrapalha projeto eleitoral de Cunha no Rio
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Leandro Mazzini

Eduardo Cunha entrava no recesso parlamentar tranquilo e em lua-de-mel coma população até a delação do lobista Júlio Camargo o levar para o olho do furacão.

O presidente da Câmara está irritado principalmente porque a delação mela os acordos que pretende com o PMDB do Rio, onde fica nos próximos dias.

O desenho da patota que manda no partido é iminente porque seu esboço passa pelas eleições municipais: o plano por ora é lançar o líder na Câmara, Leonardo Picciani, a prefeito (ou vice na chapa de Pedro Paulo, o preferido de Eduardo Paes); seu pai, Jorge Picciani, hoje presidente da Assembleia Legislativa, disputaria o Governo do Estado; Eduardo Paes lançado à Presidência; e Cunha na coalizão na disputa pelo Senado.

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Ao romper com o Governo, o presidente da Câmara conseguiu o que queria: inverter os holofotes. Desde seu anúncio, só se fala nas ruas, nos sites, nos gabinetes e rodinhas de empresários de sua briga com a presidente Dilma. Tirou em parte os holofotes sobre o delator e a acusação de propina de US$ 5 milhões.

Cunha lembra o caso de Anthony Garotinho em 2006. Pré-candidato ao Planalto, o ex-governador entrou em greve de fome, na sede do PMDB do Rio, assim que estourou na mídia investigação do MP sobre repasses de R$ 300 milhões do Governo de Rosinha, sua esposa, para uma ONG suspeita. Por mais de um mês, mais se falava – inclusive na mídia – da saúde do ‘Bolinha’. A ONG sumiu do vocabulário popular.

Em tempo, Cunha e Garotinho já foram muito aliados. Mas romperam anos atrás. Clarissa Matheus, deputada federal e filha de Garotinho, é ‘a presença do pai’ contra Cunha no plenário. Ela pretende trocar o PR pelo PSDB no Rio.


Jantar no Rio vai selar PMDB na oposição e lançar Paes ao Planalto
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Leandro Mazzini

Paes: o anfitrião tomou a iniciativa de provocar o grito de independência. Foto: ABr

Paes: o anfitrião tomou a iniciativa de provocar o grito de independência. Foto: ABr

O PMDB não quer e não vai esperar o fim do Governo para desembarcar. Aproveitará a má fase do aliado PT e já pretende demarcar território com vistas à eleição presidencial daqui a três anos.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), convidou as bancadas do partido na Câmara e Senado para um jantar e passeio pelas obras da administração.

No jantar na Gávea Pequena, na próxima quinta (9), a turma vai saudá-lo como potencial candidato ao Planalto. Na sexta, a ‘press-trip’ peemedebista visita as obras do Porto Maravilha – a maior obra no Brasil do…PAC, financiado pela gestão do PT, iniciado no governo Lula e tocado pela gestão Dilma Rousseff.

O comboio de deputados e senadores também passará pela Vila Olímpica de Deodoro (Zona Oeste) e pelo Parque Olímpico em construção na Barra.

Embora Paes seja saudado como presidenciável, o movimento é mais partidário do que pessoal. Na verdade, o prefeito é candidatíssimo ao Governo do Estado.

Os entusiastas do projeto de independência do partido em relação ao PT e do pré-lançamento de Paes formam um poderoso trio da capital, dois deles com projeções em Brasília: A ideia, com o consentimento do prefeito, partiu dos Picciani – Jorge, o pai, presidente da Assembleia Legislativa; e Leonardo, o líder do PMDB na Câmara dos Deputados. E com o aval do presidente da Câmara, Eduardo Cunha.

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BALANÇO 

Mas o partido não está unido. Dos 72 deputados federais eleitos – 67 em exercício e cinco licenciados – alguns poucos ainda votam com o Governo e são fiéis ao Planalto. Caso, por exemplo, de Darcísio Perondi (PMDB-RS), que fez coro com o PT contra a redução da maioridade penal.

Entre os 17 senadores, pelo menos três são declaradamente apoiadores da presidente Dilma, mas nem tanto alinhados como no primeiro governo: Edison Lobão (MA), Eunício Oliveira (CE) e Roberto Requião (PR).


PMDB do Rio ganha Poder nacional e preocupa Lula
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Leandro Mazzini

Rio, todo poderoso. O cenário de articulações do Poder atualmente passa pelo PMDB do Rio.

O ex-presidente Lula vislumbrou iminente debandada de Sérgio Cabral, o ex-governador, e do prefeito Eduardo Paes, que já estão ligados ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que ainda emplacou o carioca Leonardo Picciani líder do PMDB na Casa.

O pai de Picciani, Jorge, voltou à presidência da Assembleia Legislativa do Rio.

Lula sabe onde pisa. Para muitos petistas, Paes e Cabral ainda são tucanos, e reiniciou uma Caravana, versão 2015, na tentativa de resgatar aliados ‘feridos’ pela gestão Dilma Rousseff e segurar a governabilidade.

A operação resgate é tão intensa que não tem beija-mão. É Lula quem está visitando os – por ora – aliados. E assim percorrerá o Brasil.

SILÊNCIO

Há um nome impronunciável dentro do Planalto e do PT: Eduardo Cunha tornou-se o maior estorvo da História da legenda, pelo momento vivido pelo partido, imprimindo derrotas e vexames à gestão petista nos seus 35 anos.