Coluna Esplanada

Arquivo : preso

Deprimido e abandonado, André Vargas manda recados ao PT
Comentários Comente

Leandro Mazzini

vargas

Até poucas semanas atrás o mais adaptado à prisão entre a turma da Operação Lava Jato, o ex-deputado André Vargas começou a dar sinais de desespero.

A família de Vargas já mandou recados velados à direção nacional do PT pedindo ajuda. Expoentes do partido acreditam serem sinais de que o ex-parlamentar pode fazer delação premiada.

André era o mais animado do grupo na carceragem da PF em Curitiba, promovendo rodas de jogo de Buraco com empreiteiros e políticos presos. 

O Blog no Twitter e no Facebook


Senado bancou hotel de luxo para o preso Delcídio
Comentários Comente

Leandro Mazzini

royal

Vista aérea do complexo Royal & Golden Tulip, à beira do Lago Paranoá. À esquerda, a pouco menos de 300 metros, fica o Palácio da Alvorada, residência oficial da presidente Dilma

O Senado Federal bancou dois meses de um hotel de luxo para o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) enquanto ele estava trancafiado numa sala do BPTran do Distrito Federal, alvo da Operação Lava Jato, por tentar obstruir a investigação.

Na cadeia desde 25 de novembro até ontem, o senador usou a cota de auxílio moradia no valor total de R$ 11 mil de novembro e dezembro – R$ 5,5 mil por mês. Ele se hospeda no complexo Royal & Golden Tulip – o mais luxuoso hotel da capital, onde também foi preso o pecuarista José Carlos Bumlai meses atrás.

O dinheiro foi para o hotel cinco estrelas onde o senador se hospeda (e onde foi detido) em Brasília. Assim, manteve suas roupas e objetos pessoais, os quais vai reencontrar agora.

Ainda em novembro, o Senado pagou R$ 7.006,03 de cota de ‘atividade parlamentar’. Em dezembro, com a certeza de que o petista não sairia da cadeia, o Senado cortou as verbas, com exceção do hotel.

O Blog no Twitter e no Facebook


O HC da Lava Jato e a soltura do ladrão que foi ‘roubado’ pela loja
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Na última semana,  quando a Justiça Federal decidiu soltar executivos da Andrade Gutierrez, sob delação, envolvidos no esquema bilionário da Lava Jato, o Superior Tribunal de Justiça concedeu habeas corpus a um homem preso, desde agosto, por furtar um frasco de creme de pentear avaliado em R$ 7,95.

O curioso do caso: a defesa do preso destacou que o preço normal no mercado varia entre R$ 4,60 a R$ 5,08. Ou seja, a loja estaria roubando o ‘consumidor’ acusado.

E la nave va.

O Blog no Twitter e no Facebook


Suspeito de estupro, médico prefeito no Maranhão passa folia na cela
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Foto: O Imparcial

Foto: O Imparcial

A Justiça negou soltura na sexta-feira do prefeito de Santa Inês (MA), José de Ribamar (PSB), preso sábado passado.

Cardiologista e casado, ele convidou uma jovem de 18 anos, vendedora de livros, para, digamos, uma aula de anatomia no motel. Ela foi, mas não gostou e o denunciou.

O advogado do prefeito não nega à Polícia o ato sexual, mas informa que foi consentido com a jovem.

O Blog no Twitter e no Facebook


Deputado se declara preso e vira herói de colegas no Congresso
Comentários Comente

Leandro Mazzini

hildo

É mesmo um Congresso pitoresco, circo sem picadeiro.

O deputado federal Hildo Rocha (PMDB-MA) se deu voz de prisão na Casa. Isso mesmo – e pelo ocorrido, pela coragem no episódio, foi muito cumprimentado pelos seus pares, que também não deixaram de ironizá-lo.

Na última terça-feira, ao saber que o motorista e assessor foram detidos pela Polícia Legislativa numa confusão, ele se apresentou ao chefe da Polícia no Senado e, ao ter pedido de soltura da dupla negado, declarou: “Então eu me prendo!”.

E Hildo ficou na sala-cela com os subordinados, de braços cruzados e beiço, até pegar o telefone e ligar para o “advogado” Renan Calheiros.

Ocorreu o seguinte: na pressa para ver a presidente Dilma Rousseff na sessão de abertura do Ano Legislativo, o deputado ordenara ao motorista que furasse o bloqueio da viatura da Polícia Legislativa já no perímetro do Congresso, e ele desviou o carro passando pelo gramado.

Hildo subiu correndo, mas os assessores foram detidos em seguida. O impasse só terminou, sem auto de infração, com o ‘habeas corpus’ concedido pelo presidente do Congresso, após a ligação do aliado, e a Legislativa os liberou, mesmo contrariada.

O Blog no Twitter e no Facebook


Senado paga Delcídio preso e esconde os gastos
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Reprodução da página do Senado Federal na internet, de ontem à noite.

Reprodução da página do Senado Federal na internet, de ontem à noite. No rodapé, o “acesso negado”

Nunca um detento investigado ganhou tanto dinheiro no Brasil.

Preso pela Polícia Federal na esteira da operação Lava Jato dia 25 de novembro, o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) recebeu integralmente os salários de dezembro e janeiro, o 13º salário e terá direito ao 14º em fevereiro, mesmo recluso numa cela num quartel da Polícia Militar em Brasília.

O Senado banca desde novembro também os gastos do gabinete no Congresso e do escritório em Campo Grande (MS), seu reduto eleitoral.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), bate no peito para falar da transparência da Casa, mas o site do Senado negou acesso aos gastos do parlamentar detido.

Por Delcídio ainda ser senador da República, mesmo numa situação sui generis, ele tem direito aos recursos. Mas os colegas e a Mesa Diretora nada fizeram para moralizar isso até o momento.

O Blog no Twitter e no Facebook


Fundação do DF cobra regulamentação de lei que reduz pena por leitura
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Foto: divulgação

Foto: divulgação

A Funap – Fundação de Apoio ao Trabalhador Preso, do Distrito Federal, lançou uma campanha por doação de livros literários para os detentos do complexo presidiário de Brasília.

De acordo com Paulo Fernando Melo, diretor-adjunto da Funap, apenas os Estados do Amazonas e Paraná atualmente têm leis estaduais regulamentadas para o caso. Melo também trabalha junto ao Governo do DF para trocar o nome da Funap para Fundação de Apoio à Pessoa, por considerar o nome atual discriminatória.

‘A pessoa aguarda sua liberdade, cumpriu sua pena, e precisa se realocar no mercado. Acho discriminatório o chamar de Trabalhador Preso’, diz Melo.

A lei federal 12433/11 ainda não regulamentada prevê que a cada livro lido – feita a resenha, corrigida e aprovada – o detento tem direito a reduzir sua pena em 4 dias. Há uma lei distrital 5386/14, da deputada distrital Liliane Roriz, que também não foi regulamentada.

Atualmente, a decisão sobre esse sistema para apenados fica a critério da Vara de Execução Penal, onde o juiz determina a missão a um professor, em casos específicos. Foi assim, por exemplo, com José Dirceu, o ex-ministro que cumpriu pena em regime fechado e semiaberto na Papuda.

Doação de livros: 

Entregar na sede da Funap – SIA Trecho 2, Lotes 1835/1845. Telefone – (61) 3233 8523

 


Fundação de Amparo ao Preso no DF estuda linha de crédito para ex-apenados
Comentários Comente

Leandro Mazzini

A Fundação de Amparo ao Preso (Funap), subordinada à Secretaria de Justiça do DF, tem novo diretor. É o advogado Paulo Fernando Melo, que enumera à Coluna uma série de mudanças pré-aprovadas no âmbito da Fundação em prol do bem estar dos detentos e de familiares. A começar pelo nome. Paulo vai propor em projeto de lei à Câmara Distrital que seja titulada Fundação de Amparo à Pessoa – ‘É mais humano’, diz.

O maior desafio é aprovar uma ‘porta de saída’, uma lei que ofereça crédito de R$ 1 mil a ex-detentos e os que cumprem pena em regime aberto, para que possam empreender. Paulo Fernando tentará um convênio com o BRB – Banco de Brasília, e com o Banco da Providência, da Arquidiocese da capital.

Há no Distrito Federal 14 mil encarcerados nos regimes fechado e semiaberto – 13 mil são homens. A principal mudança a curto prazo será a melhoria do sistema de visitas, garante o novo diretor.

Hoje, familiares chegam a pernoitar junto ao muro do complexo penitenciário da Papuda em fila que alcança quilômetro, para visitar detentos no dia seguinte (são às quartas e quintas). A ideia é distribuir senhas nos postos Na Hora do GDF e em postos móveis a serem criados, espalhados pela capital e Entorno. ‘Com o tempo será feito pela internet’, adianta Paulo Fernando.

A Funap também prepara um pacote de benefícios aos detentos em regime semiaberto como programas de trabalho voltado aos presos deficientes físicos, reativação das oficinas internas, como as fábricas de bolas e redes (estão aos cacos, abandonadas pela última gestão) – ‘Vamos oferecer material esportivo para aproveitamento nos Jogos Olímpicos’, ensaia o novo diretor.

Mulheres poderão fabricar bijuterias – e algumas delas, em regime semiaberto, serão oferecidas como copeiras para cada gabinete de deputado distrital na Câmara Legislativa. A Funap também pretende empregar detentos do semiaberto como pedreiros e pintores nas reformas de escolas que o governador Rollemberg (PSB) pretende tocar.


< Anterior | Voltar à página inicial | Próximo>