Coluna Esplanada

Arquivo : prisão

Ex-governadores foram obrigados a pegar fila e esperar vaga em hospital
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Leandro Mazzini

Os dois ex-governadores do Rio de Janeiro viram de perto numa cena inusitada para os populares as agruras da saúde pública estadual.

Rosinha Garotinho e Anthony Garotinho – preso na Operação Chequinho – passaram por maus momentos no Hospital Souza Aguiar, para onde ele foi transferido após recomendação médica há dias, antes de parar no ambulatório do complexo de Bangu – e depois no Quinta D’Or na Zona Norte do Rio.

Para garantir vaga ao marido no hospital público, a ex-governadora Rosinha Garotinho teve de enfrentar fila na Emergência, preencher ficha e aguardar vaga, em meio a outros doentes e familiares, enquanto Anthony se debatia na ambulância.

Na Enfermaria, outra surpresa. Havia oito internados para quatro macas. Apareceu uma maca para Garotinho, que ficou num canto do cômodo até ir para quarto particular.

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‘Lenhador com coque’ sem uniforme irrita agentes e comando da PF
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Leandro Mazzini

O surgimento do policial federal hipster – com coque no cabelo e barba ‘estilo lenhador’ – escoltando Eduardo Cunha veio apenas cinco dias após o diretor-geral da Polícia Federal, delegado Leandro Daiello, criticar estereótipo de alguns agentes que aparecem na mídia nesses casos da Lava Jato.

O misterioso agente virou tema das matérias e dos debates das redes sociais.

Na palestra, feita para policiais em Porto Alegre, Daiello lembrou da importância da imagem da PF. Citou um tênis branco sem o padrão da botina preta determinada, numa outra operação anterior. ( Assista aqui a palestra )

O cabelo e barba do hipster não são problema. É que, além de ser surpresa na operação o estilo hipster, ele não usava o uniforme da PF. O episódio também provocou mal-estar entre os policiais federais.

Tem gente na cúpula da PF achando ser provocação da Fenapf, a federação dos policiais, contra Daiello. As classes dos delegados e dos policiais não se bicam.

Atualização sexta, 21, 10h48 –  A Fenapef mandou uma nota, reproduzida abaixo:

“Fenapef estranha associarem a entidade à forma como estava vestido o agente Lucas Valença, quando da prisão de Eduardo Cunha, uma vez que a forma de dar cumprimento ao mandado de prisão e a seleção dos policiais para a missão é determinada pela chefia de um delegado.

Como esclarecimento técnico, é praxe que as prisões, sobretudo, de figuras públicas e poderosas, devem ser feitas de maneira discreta para evitar a fuga dos suspeitos. O que a Federação tem a dizer sobre o episódio é que a repercussão popular em torno de um dos agentes pode ter causado mal-estar entres os delegados da Lava Jato, que buscam a todo o momento os holofotes.

Indício disso foram as insinuações contra a interferência da Fenapef e à determinação de que, após a visibilidade que o agente Lucas Valença obteve, todos passassem a usar capuz (balaclava) na condução do Cunha para Curitiba. A ordem de missão que os agentes cumprem determina o traje que é usado na operação, se ostensivo (farda) ou distrito (roupa social), e essa ordem é assinada pelo chefe que é um delegado federal”.

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Cartazes contra possível prisão de Lula aparecem em Brasília
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Leandro Mazzini

Cartazes colados num poste perto do STF

Cartazes colados num poste perto do STF

Surgiram na Esplanada dos Ministérios na noite deste domingo (16) dezenas de cartazes com dizeres contra uma possível prisão do ex-presidente Lula da Silva na esteira da Operação Lava Jato.

Com as frases “Não à prisão de Lula – Abaixo o Golpe”, o cartaz traz foto de Lula ao microfone numa apresentação pública, e traz ainda a sigla PCO.

A despeito da sigla, não é possível confirmar, por ora, se foi o Partido da Causa Operária quem determinou a confecção e colagem dos cartazes.

Dezenas deles aparecem em pontos de ônibus em frente ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal.

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No ponto de ônibus, com a cúpula da Câmara Federal ao Fundo

No ponto de ônibus, com a cúpula da Câmara Federal ao Fundo


PF investiga a conexão São Paulo-Londres de Palocci
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Leandro Mazzini

A Polícia Federal está prestes a descobrir um dos maiores mistérios envolvendo o ex-ministro Antonio Palocci, preso na 35ª fase da Lava Jato.

Assim que deixou o Governo de Dilma Rousseff, no primeiro mandato, Palocci se mudou para Londres, onde morou por quase um ano, fazendo a ponte com São Paulo.

Apenas um grupo seleto da cúpula do PT sabia de seu paradeiro. Como notório, Londres é a capital financeira da Europa.

REUNIÃO

Na sexta-feira, às 18h, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, se reuniu com a cúpula da Superintendência da PF em SP, para tratar de combate ao crime organizado. Como o pedido de prisão de Palocci partiu da própria PF, surgiram rumores de que Moares, ao citar eventualidade de nova fase da Lava Jato no domingo, sabia antecipadamente.

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Ciro Gomes fala em ‘sequestrar’ Lula e protegê-lo em embaixada
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Leandro Mazzini

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Ex-ministro do governo de Lula da Silva, hoje no PDT e pré-candidato ao Palácio do Planalto em 2018, provavelmente como aliado do PT, Ciro Gomes revelou numa entrevista um plano que, da boca para fora, é banal – mas não descarta concretizá-lo se for preciso.

Num vídeo que circula pelo whatsapp – assista aqui ou clique na imagem acima – Ciro diz, sobre eventual prisão do ex-presidente pela operação Lava Jato:

“Quero me voluntariar para formar um grupo, com juristas assessorando. Se a gente entender que o Lula pode ser vítima de uma prisão arbitrária, a gente vai lá, sequestra ele e entrega numa embaixada”.

 

A entrevista foi concedida ao site DCM em junho passado, um portal com linha editorial simpatizante da esquerda.


Janot pede ao STF para abrir inquérito sobre Feliciano e PF entra no caso
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Leandro Mazzini

> Janot envia relatório ao STF, que escolherá ministro. PF vai entrar no caso oficialmente

> Decisão ocorre enquanto Patrícia tem pedido de prisão preventiva em SP por extorsão.

> PF tem agora a chance de provar quem mente numa história em que todos são suspeitos, pelas evidências apresentadas

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O procurador geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao Supremo Tribunal Federal pedido de abertura de inquérito para investigar o deputado Pr Marco Feliciano (PSC-SP), por suspeita de agressão, assédio e tentativa de estupro, confirmou nesta terça a assessoria do Ministério Público Federal. O caso está em segredo de Justiça.

O pedido  está embasado na denúncia feita por grupo de parlamentares femininas da Câmara Federal e em evidências entregues em relatório. Agora, o caso está nas mãos da Polícia Federal, que começará a fazer as diligências.

A denúncia foi feita pela jornalista Patrícia Lélis, que hoje teve seu pedido de prisão feito pela Polícia Civil de São Paulo. Ela é investigada na jurisdição paulista por tentativa de extorsão e falsa comunicação de crime. Na cidade, ela tentou negociar o seu silêncio com o ex-chefe de gabinete de Feliciano, Talma Bauer. O caso, registrado no 3º DP, foi encaminhado ao Fórum na última sexta-feira.

Em Brasília, em outra frente de investigação, a PF vai apurar a denúncia de Patrícia. Ela diz que se encontrou com o deputado no apartamento funcional dia 15 de junho, onde teria ocorrido a agressão. O parlamentar nega que com ela tenha se encontrado, e diz que ela nunca pisou no apartamento – além disso apresentou sua agenda externa naquele dia, sem detalhar horários.

A PF terá a oportunidade de descobrir quem diz a verdade. Experientes investigadores citaram à Coluna que é possível trabalhar em duas frentes: basta rastrear os sinais de celulares da garota e do deputado no dia do ocorrido; e periciar os aparelhos para comprovar se são verdadeiros os prints de mensagens trocadas entre os dois – e usadas por Patrícia na sua denúncia.

A Polícia Federal também vai cobrar da Polícia Legislativa (DEPOL) da Câmara dos Deputados o backup dos vídeos da portaria e elevadores do prédio onde reside o deputado em Brasília. Esse também foi um pedido da PGR. A DEPOL informou à Coluna que não há mais os vídeos – que podem inocentar Feliciano, ou comprovar que a mulher esteve no prédio.

A despeito dos rumos e das eventuais descobertas desta investigação agora em Brasília, Feliciano não poderá ser indiciado por crime de agressão e tentativa de estupro, porque não há provas – mesmo que eles supostamente tenham se encontrado no apartamento. Patrícia não fez boletim de ocorrência no dia da suposta agressão, nem exame de corpo de delito – o que evidenciou que ela queria resolver seu lado financeiro, como ficou comprovado com os episódios em SP.

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Confira aqui a primeira denúncia

Ouça aqui o áudio em que ela confirma a agressão

Assista o vídeo que comprova encontro da garota com assessor

Leia aqui os prints das conversas sobre negociação de R$ 300 mil

Feliciano telefonou para ela, e pediu para caprichar em vídeo em sua defesa

Veja aqui o cronograma da denúncia


Polícia de SP pede prisão de mulher que acusou deputado Feliciano
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Leandro Mazzini

No desdobramento da investigação que cercou a jornalista Patrícia Lélis, a Polícia Civil de São Paulo pediu a prisão preventiva – sem data para soltura – da garota. O inquérito foi concluído pelo delegado substituto de Luiz Roberto Hellmeister, do 3º DP, que segue de licença médica após um infarto. A Justiça analisa o pedido de prisão.

Veja aqui – Janot pede ao STF para abrir inquérito para investigar Feliciano

O ex-chefe de gabinete de Feliciano Talma Bauer, com quem ela negociava R$ 50 mil por seu silêncio, não foi indiciado por favorecimento pessoal. Segundo o delegado Hellmeister, ele também foi vítima da extorsão e falsa comunicação de crime.

No inquérito a Polícia também evidencia que a garota tem traços de mitomania. Não há um laudo oficial sobre o perfil psicológico da mulher que crava ‘mitomania’ – o termo foi citado por uma psicóloga numa oitiva à Polícia de Brasília em outro caso envolvendo a garota, ano passado. O único laudo oficial da Polícia Civil de Brasília, enviado à Coluna, cita traços depressivos, de comportamento controverso e de convívio antissocial.

O caso de SP segue à parte à denúncia que Patrícia fez em Brasília contra o deputado federal Pr. Marco Feliciano (PSC-SP). Ela o acusa de agressão, assédio sexual e tentativa de estupro dentro do apartamento funcional. O crime teria ocorrido, segundo a mulher, dia 15 de junho.

O deputado contesta as informações e apresentou fotos de sua agenda durante a manhã daquele dia – no Ministério do Trabalho e depois em reunião de líderes com o presidente da República, Michel Temer. A jovem e sua advogada, Rebeca Aguiar, contestam as informações, porque, segundo contam, o deputado se ausentou da Câmara naquela manhã em sessões de comissões e não apresentou detalhamento de seus horários. Patrícia garante que se reuniu com ele  em algum horário entre 9h30 e 12h daquele dia 15.

Atualização terça, 6/9, 18h12 – Este caso está sob investigação da Procuradoria Geral da República. O PGR Rodrigo Janot analisou pessoalmente as informações e decidiu enviar pedido ao STF para abrir inquérito sobre o caso, por Feliciano ter foro privilegiado.

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Confira aqui a primeira denúncia

Ouça aqui o áudio em que ela confirma a agressão

Assista o vídeo que comprova encontro da garota com assessor

Leia aqui os prints das conversas sobre negociação de R$ 300 mil

Feliciano telefonou para ela, e pediu para caprichar em vídeo em sua defesa

Veja aqui o cronograma da denúncia


Caso Feliciano tem duas investigações: No DF, é suspeito. Em SP, todos são
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Leandro Mazzini

A polêmica envolvendo o deputado federal e Pr. Marco Feliciano (PSC-SP) se desdobra em dois cenários para investigação desde o registro de boletim de ocorrência em São Paulo, feito por Patrícia Lélis, contra o parlamentar.

Numa frente, está a Delegacia da Mulher de Brasília, e agora a Procuradoria Geral da República, para investigar o parlamentar acusado de assédio sexual, agressão e tentativa de estupro dentro do apartamento funcional. Há indícios contra o político, e as autoridades vão pedir à Polícia Legislativa as imagens de vídeos das câmeras instaladas no prédio, corredores e elevadores onde mora o parlamentar.

Em outra frente, segue a investigação no 3º DP de São Paulo, onde Patrícia fez B.O. contra Talma Bauer, o chefe de gabinete, por suposto cárcere privado. Esta história continua confusa – inclusive para o delegado Luis Hellmeister.

Este caso de SP envolve uma negociação de R$ 50 mil na tentativa de comprar o silêncio da garota, script no qual todos se tornaram suspeitos – a jovem, o jornalista Emerson Biazon, e o chefe de gabinete de Feliciano. Leia aqui para entender. 

Com a palavra, as polícias de SP, DF e a PGR.

Leia aqui – os 15 mistérios do caso para a Polícia desvendar

Confira aqui a primeira denúncia

Ouça aqui o áudio em que ela confirma a agressão

Assista o vídeo que comprova encontro da garota com assessor

Veja aqui o cronograma da denúncia


PGR dá largada à Operação Senatus
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Leandro Mazzini

O Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, deu a largada, ou o pontapé, para a Operação Senatus – a Coluna cantou a bola – , que cerca inicialmente Renan Calheiros, Romero Jucá e o ex-senador José Sarney – sem mandato, ele é alvo da Justiça comum.

A canetada agora está com o ministro do STF Teori Zavascki. E tem mais gente na mira.


No Palácio, povo canta hino, insulta Lula e cobra renúncia de Dilma
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Leandro Mazzini

Foto: Walmor Parente - Imagem de celular

Foto: Walmor Parente – Imagem de celular

Os ânimos se acirraram no Congresso Nacional e na Praça dos Três Poderes nas últimas duas horas depois que o juiz federal Sérgio Moro liberou as gravações do grampo da Polícia Federal no telefone do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Mais de 3 mil pessoas tomaram a Praça nesta noite.

Numa conversa com a presidente Dilma, fica claro que eles atuam para que Lula tenha um documento de nomeação como ministro para barrar qualquer tentativa de prisão do petista. Para a PF e o juiz Moro, Dilma atuou diretamente para impedir as investigações e a eventual detenção do aliado.

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Parlamentares da oposição engrossam o coro em frente ao Palácio. Com palavras de ordens e cartazes, eles cobram a renúncia da presidente Dilma. Os mais exaltados insultam Lula, já nomeado como novo chefe da Casa Civil, com a frase “Lula Cachaceiro, do Povo Brasileiro”.

A presidente Dilma convocou rapidamente a Polícia do Exército e a tropa cercou todo o Palácio para evitar invasão.

Entre os opositores está o deputado federal e militar Jair Bolsonaro (PSC-RJ), pré-candidato a presidente da República.

Os manifestantes ganham apoio de alguns motoristas que buzinam ao passarem devagar por uma faixa liberada da pista. Deputados da oposição distribuíram 50 livros da Constituição e os manifestantes empunham a obra.

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Colaborou Walmor Parente.