Coluna Esplanada

Arquivo : protógenes queiroz

Demitido da PF, Protógenes espera anistia do Congresso
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Leandro Mazzini

Foto: Ag. Câmara

Foto: Ag. Câmara

Expulso ontem da corporação por, segundo ministros do STF, extrapolar funções durante a Operação Satiagraha, Protógenes Queiroz, delegado que comandou a famosa operação que prendeu o banqueiro Daniel Dantas, está desolado mas confiante de que haverá um revés no âmbito político.

Nos últimos meses ganhou adesões importantes pela sua anistia, campanha que iniciou entre entidades de classe e sociedade civil para reconhecimento do seu trabalho na corporação.

A principal delas, a Associação dos Delegados de PF, enviou carta ao Congresso Nacional pedindo a anistia de Protógenes para ser reintegrado aos quadros da corporação e que tenha revogada a cassação dos seus direitos políticos.

A petição online está nas redes sociais e neste link.

Ex-deputado federal, Protógenes pretende se candidatar a deputado novamente por São Paulo em 2018.


Protógenes luta para reinserção na PF e por direitos políticos
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Leandro Mazzini

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Conhecido nacionalmente pela condução da Operação Satiagraha, que levou à cadeia o banqueiro Daniel Dantas, Protógenes Queiroz mantém uma rotina no eixo São Paulo-Brasília numa luta pela reconquista da vaga de delegado federal e pelos direitos políticos.

O principal apoio vem da própria categoria. A Associação Nacional de Delegados de Polícia Federal soltou nota pedindo anistia para o delegado. Outras entidades de classe não ligadas à Polícia e à Justiça também se engajaram no pleito – caso da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos e da Associação Piauiense de Valorização da Vida.

MEMÓRIA

Com a repercussão e a vitrine, Protógenes alcançou uma invejável legião de seguidores em todo o Brasil nas redes sociais, e em especial em São Paulo, Estado pelo qual se elegeu deputado federal em 2010 pelo PCdoB. Mas desde que a operação Satiagraha foi derrubada pelo Superior Tribunal de Justiça, ele se viu às voltas com a Justiça.

Em 2014, a 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal condenou o então deputado federal a 2 anos e 6 meses de prisão por violação de sigilo funcional qualificada durante a operação. Protógenes já tinha sido condenado em primeira instância na Justiça Federal de SP também por fraude processual – que o STF derrubou. Ele contesta todas as acusações e repete que atuou dentro da lei e dos regimentos policiais durante toda a operação.

Protógenes vê uma articulação velada de setores da alta sociedade em parceria com parte de membros do Governo para tentar, através de seu caso judicial, intimidar delegados e procuradores. Seria um recado para a turma da operação Lava Jato, em andamento.


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