Coluna Esplanada

Arquivo : PT

MEC quer criar controlador de faculdades e abre guerra com setor
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Leandro Mazzini

 O Ministério da Educação quer barrar o crescimento desenfreado de faculdades – muitas sem qualidade – que surgiram com aval da própria pasta. Enviou para a Câmara um projeto de lei que cria o INSAES – Instituto Nacional de Supervisão e Avaliação da Educação Superior. Será uma autarquia, mas a chiadeira do setor começou por suspeita do alto poder de intervenção.

RELATÓRIO DISCIPLINAR. Foi quente o debate na Comissão de Educação com presença de 300 diretores de faculdades. Dizem que o setor não é contra a criação, mas contra intervenção. O deputado Izalci (PSDB-DF), foto alerta que autarquia não tem poder de punição, e pede cautela: “Abrimos o debate para ouvir todos os lados”.

EPA, EPA. O PT comprou a ideia do ministro Mercadante e convocou para relator do projeto Waldenor Pereira (PT-BA). O INSAES será uma autarquia ligada ao MEC, e sua criação implicará mais 550 cargos de confiança – além do presidente, um conselho de seis diretores.


Após tentar voar, PSD quer navegar
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Leandro Mazzini

 

A bancada do PSD queria a Secretaria de Aviação, em vão. Agora que a presidente Dilma abriu as portas do governo para Gilberto Kassab, ele indicou para ministra a senadora Kátia Abreu (PSD-TO), egressa do DEM e neoaliada do PT. Só que ela também pede muito, na avaliação do governo: quer a Secretaria de Portos ou os terminais de Santos – onde o PSB e o PMDB do vice Michel Temer mandam muito. Para justificar, Kátia enviou recados de que arrumaria o setor. A negociação travou. O Planalto oferece a recém-criada Secretaria das Microempresas, mas o partido acha pouco.

CAMPO-PRAIA. A senadora é a presidente da Confederação Nacional da Agricultura, setor que responde por bom naco do PIB num país em que as commoditiesagrícolas dominam as exportações.

 


Derrotado, PT barra metrô de Salvador
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Leandro Mazzini

Um episódio palaciano, envolvendo a presidente Dilma e um grande empreiteiro, revela como o PT barra as obras do metrô de Salvador após o resultado da eleição em que saiu derrotado na capital. O empresário César da Matta Pires, da OAS, fez estudo com linha ligando o aeroporto aos principais bairros. Como o bilhete ficaria R$ 6 (muito caro), procurou a presidente e o governador Jaques Wagner para tentar Parceria Público-Privada. Tudo ok, a OAS financiou o candidato Nelson Pelegrino como condicionante para o projeto sair. Como ele perdeu, Dilma e Wagner vetaram.

FORA DOS TRILHOS. Com a vitória de ACM Neto, do DEM, rival ferrenho dos petistas, o PT desistiu do projeto e Matta Pires ficou na mão. Detalhe: o metrô não entra nos trilhos há décadas, desde o reinado ACM.

VAGÃO A R$ 3… Matta Pires não desistiu e tenta diretamente com a presidente, sem passar pelo governo de Salvador, uma solução. Com PPP, o bilhete do metrô sairia a R$ 3.

…DESGOVERNADO. Mas para o projeto sair, é o governo Wagner quem teria de subsidiar os outros R$ 3. Como nada avançou, o PT já deu recado de que não quer o projeto para ACM Neto faturar como prefeito.