Coluna Esplanada

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Sem PMDB, Berzoini negocia com novo blocão para destravar ajuste
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Leandro Mazzini

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Foto: Folha/UOL

O PMDB empurrou ontem para partidos aliados a conta do esvaziamento da terceira tentativa de análise dos vetos presidenciais, tão esperada pelo Planalto para dar seguimento ao ajuste fiscal.

O ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, acusou o golpe da base. Está irado com a promessa de aliança do novo bloco que se dissociou do PMDB.

Berzoini recebe hoje os líderes desse grupo – PP, PSC, PHS, PTB. Unidos, têm mais de 80 deputados – é esse contingente, em especial, que tem se ausentado da Casa.

O ministro quer saber o que mais reivindicam, porque na terça, numa reunião no Planalto, todos eles prometeram apoio à sessão e não apareceram.

O líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), justificou ao Planalto que levou a plenário os seus – uns 40 dos 65 (há notórios 22 rebelados).

Já o presidente do Congresso, Renan Calheiros, se cansou. Avisou a líderes e a Berzoini que só pauta a sessão do Congresso quanto tudo estiver “pacificado”.

GARANTINDO O SEU

Antes de ser levado à guilhotina, Picciani se antecipou. Dois aliados fizeram lista de apoio à sua recondução na liderança em 2016. Conseguiu até agora apoio de 49 dos 65 deputados.


Fusão PPS e PSB avança, mas PTB com DEM desanda
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Leandro Mazzini

O senador Caiado, contrário - em outras palavras, diz que o DEM caiu na real

O senador Caiado, contrário – em outras palavras, diz que o DEM caiu na real. Foto: Ag. Senado

Na mesma semana em que o PSB e o PPS anunciaram tratativas para sua fusão, a fim de consolidar a quarta maior bancada – e independente – do Congresso Nacional, desandou discretamente a união do PTB com o DEM.

Até agora as conversas, embrionárias, estão entre as cúpulas e sem participação das bases, entre o presidente do DEM, senador Agripino Maia, e a do PTB, Cristiane Brasil, deputada federal filha de Roberto Jefferson – o grande idealizador, que despacha numa cela do Rio de Janeiro, condenado na AP 470, o famigerado Mensalão.

Ocorre que a fusão é só vantagem para petebistas, porque o DEM sumiria. Parte dos mandatários e militância do DEM, antes empolgada, começa a perceber em vários Estados que não há clima. O maior desafio é como unir uma legenda de centro-esquerda com outra de centro-direita.

Contrário desde o início, o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) diz que ‘essa tese começa a perder força, porque há inclusive incongruência doutrinária entre os partidos’.

‘A fusão tem que ter objetivo, somar, crescer. Como fazer fusão sem base, sem prefeito e vereador?’, questiona o deputado petebista Ronaldo Nogueira (PTB-RS).


Direto da cela, Jefferson trata fusão do PTB com DEM
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Leandro Mazzini

Foto extraída do jornalnh.com.br

Foto extraída do jornalnh.com.br

O DEM pode sumir do mapa político.

Enquanto o presidente do partido, senador Agripino Maia (RN), tenta defesa contra pesada acusação de delator sobre propina de R$ 1 milhão, a cúpula discute uma fusão com o PTB (ainda sob comando do apenado Roberto Jefferson).

Jefferson comando tudo de dentro da sua cela num presídio do Rio de Janeiro, orientando a filha Cristiane Brasil no comando da legenda.

Enquanto Agripino se defende, decidiu sair dos holofotes. O DEM escalou o líder na Câmara, o deputado federal Mendonça Filho, para dar entrevistas em nome do partido – para qualquer assunto.


No comando, filha de Jefferson quer aproximar PTB do PSDB
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Leandro Mazzini

Charge de ALIEDO - aliedo.blogspot.com

Charge de ALIEDO – aliedo.blogspot.com

Um episódio de campanha de 2010 contado por Roberto Jefferson a este repórter revela como o controlador do PTB evitou aos trancos e barrancos que o partido submergisse no cenário político-eleitoral no Brasil após denunciar o escândalo do Mensalão.

Estava ao lado do então candidato ao Planalto José Serra (PSDB), num anúncio de coalizão, quando o tucano evitou pegar em sua mão para erguê-la junto aos outros ilustres enfileirados, para a famosa foto da ‘aliança’. Jefferson foi ao seus ouvidos: ‘Mermão, é agora ou nunca. Ou você me dá essa mão e a levanta ou saio desse palanque agora!’. Serra sorriu amarelo e ergueram, ambos sorridentes, as mãos unidas daquela chapa.

Jefferson é um homem que não mede esforços políticos para conquistar o que deseja. Encarcerado, condenado no processo do Mensalão, da cela num presídio do Rio comandou um front que levou a filha, a vereadora carioca Cristiane Brasil, ao comando do PTB nacional, o sucedendo. Uma figura sem brilho no partido, Cristiane cresceu como herdeira do manda-chuva.

Contribuiu também uma campanha forte que levou muito dinheiro. Incluiu mala-direta, reuniões, banquetes, e ligações por telefone com recados diretamente de Cristiane, falando em nome do pai, para delegados do PTB que posteriormente a elegeram na recente convenção.

A campanha era tão intensa quanto desorganizada. Ligaram também para militantes que não estão mais filiados. Um advogado de Brasília, hoje no PSDB, recebeu telefonema de assessor de Cristiane pedindo apoio.

Descerra-se a cortina e aparece no palco pouco iluminado do PTB uma velada disputa entre dois grupos – o de Jefferson, que desejava manter-se no Poder (e conseguiu) e o de parte da bancada de deputados e senadores que almejava renovação no comando da legenda, e manter a aliança com o governo do PT (inclui-se neste os senadores Gim Argello-DF e Fernando Collor-AL, aliados próximos da presidente Dilma).

Jefferson e Cristiane agora vão conduzir gradativamente o partido para os braços do PSDB até 2018, seja Aécio Neves ou não o candidato a presidente. O tucano presidenciável foi quem iniciou durante a campanha deste ano a aproximação com Jefferson, em diálogo aberto com emissários dele e a vereadora que se tornou presidente. Assim como Lula e a presidente Dilma, Aécio conhece o poderio eleitoral do PTB: são 25 deputados (ganhou 4 nesta eleição) e 3 senadores (perdeu 3).

Não é um grande partido, mas passa longe de um pequeno. Mediano, consegue se valorizar. E negociar bem tanto com o PT quanto com o PSDB.

* *

PROTESTO

Os grupos ‘Revoltados online’, ProVida DF e outros movimentos vão promover hoje, durante a posse da presidente Dilma, um protesto pacífico na Esplanada dos Ministérios.

Pretendem reunir 300 manifestantes e vão distribuir adesivos com a frase “Não vamos nos dispersar”. Levarão também cartazes com os dizeres “Dilma, você não nos representa”. E querem soltar balões pretos na Esplanada quando a presidente passar no carro oficial pela via.


Com Armando no MDIC, Dilma tenta segurar empresários e PTB
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Leandro Mazzini

Agora, a conta.

A decisão da presidente Dilma de nomear Armando Monteiro ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio indica que vai cobrar a fatura em duas frentes: que ele acalme o setor produtivo e segure o PTB com a base governista.

Armando foi presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a turma anda irritada com as políticas econômica e de desonerações da presidente: a primeira, porque o País continua em recessão; e a segunda, porque afaga apenas alguns setores, e não todos.

A estreia de Monteiro também é estratégica política. A direção do PTB iniciou conversas com o PSDB do senador Aécio Neves, potencial candidato ao Palácio do Planalto em 2018.

Armando na Esplanada é afago à bancada do PTB do Senado, entre eles Fernando Collor. Mas a bancada da Câmara, maior e mais importante, se sentiu desprestigiada.


Os partidos ocultos de Aécio
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Leandro Mazzini

aliedo-uol

Charge de ALIEDO – http://aliedo.blogspot.com

Bem ao estilo mineiro, ‘comendo pelas beiradas’ e discretamente, o presidenciável Aécio Neves minou a base de pelo menos cinco dos nove partidos aliados da presidente Dilma, líder nas pesquisas.

Com um trabalho intenso de articulação com deputados, senadores e presidentes regionais das siglas, Aécio conseguiu rachar PP, PDT, PMDB, PR e PROS.

Nacionalmente, estas legendas fecharam com o PT e deram tempo de TV à presidente, mas nas bases e rincões, praticamente metade dos militantes e mandatários destes partidos vão apoiar diretamente o tucano.

O PP

Daí o quiprocó do PP no dia da convenção, na qual o presidente da legenda, senador Ciro Nogueira (PI), aliado de Dilma, foi até xingado por militantes aliados de Aécio.

COM ESTILO 

O PMDB fez bem ao seu estilo como nas eleições anteriores – um pé em cada canoa e deixando a correnteza levar os barcos. Em qualquer resultado, estará no Poder.

CONTATO DIRETO 

Com destaque nessa busca de aliança, o deputado Rodrigo de Castro, secretário-geral do PSDB, começou interlocução com vereadores de vários partidos há dois anos.

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PATRULHA DO ALMOÇO

Uma patrulha Captiva da Polícia do Senado, placa AWI 0435, foi flagrada estacionada em cima da calçada na Vila Planalto, longe das dependências da Casa Alta, perímetro de sua rota por regra. Foi na última sexta, às 12h45. De dentro do restaurante Kranfo, saíram os policiais com o que seriam as marmitinhas da dupla.

LONGE DE CASA

Pelo regimento do Senado, as patrulhas têm função de ronda de segurança patrimonial no perímetro do Congresso Nacional e de escolta para veículo do presidente do Senado. Não era o caso. Aliás, as Captiva são alugadas, a bom preço.

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APOIO NA FÉ..

manoel Geraldo Majela é o candidato ao Senado pelo PT no Distrito Federal, na chapa de Agnelo Queiroz ao governo. Ok. Mas numa jogada de fé, quem o apoia financeiramente também é o conhecido bispo e ex-deputado federal Manoel Ferreira, do PSC, líder da Assembléia de Deus nacional. Ferreira transferiu seu título do Rio para Brasília, onde se tornou o primeiro suplente de Majela. Curioso é que o PSC, do presidenciável Pastor Everaldo, se tornou oposição do PT de Dilma em todos os Estados, menos no DF, como se vê.

Aliás, nesta quarta Everaldo ganhou mais dois apoios suprapartidários, apesar de pessoais – do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), o representante dos militares, e do senador Magno Malta (PR-ES), do voto evangélico capixaba.

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EFEITOS DA COPA

Felipão e Parreira repetem que clubes não investem na criação e formação dos atletas. A CBF bate palmas. Mas em Pernambuco, só para citar um Estado, os maiores clubes – Santa Cruz, Sport e Náutico – andam na várzea financeira com campeonatos suspensos. Com a suspensão das séries A e B do campeonato Brasileiro, os times ficaram 40 dias sem jogos oficiais – de onde, assim como outras centenas de clubes, tiram seu sustento com repasses, bilheterias e direitos de transmissão.

O AMIGÃO

O relatório do Latinobarómetro, feito por um instituto de pesquisa em países da AL, constatou que o Brasil é o ‘Amigo da Nação’ de todos eles. Foi eleito por 61% dos entrevistados. É a primeira edição, então não há certeza de que sempre o foi.


Decisão de PTB com Aécio passa por palanque de Gim em Brasília
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Leandro Mazzini

gim

Gim Argello – tudo passa por ele no PTB. Foto: Ag. Senado

Longe dos holofotes, a despeito da gritaria do líder do PTB na Câmara, Jovair Arantes, grãos petistas veem digitais do senador Gim Argello (DF) na decisão de o PTB, até sexta governista, surpreender ao anunciar apoio a Aécio Neves (PSDB) na disputa presidencial.

Apesar de Benito Gama ser hoje o presidente do PTB, quem manda na legenda e controla as bancadas é o senador brasiliense.

Após o PT fazer vistas grossas à sua frustrada indicação para o TCU, Gim decidiu tentar reeleição e fechou com Aécio no DF, por sobrevivência política. O senador compõe chapa de José Roberto Arruda (PR) ao governo, o ex-governador preso pela PF em 2010 no chamado ‘Mensalão do DEM’. O adversário deste grupo político é o atual governador Agnelo Queiroz, do PT – palanque de Dilma no DF.

CERCADO

Arruda está na mira do TJ. Até hoje é ficha limpa, apesar de preso, indiciado pela PF e denunciado pelo MP. O TJDFT agendou para o fim do mês julgamento de seu caso.

OU SEJA

Arruda pode ser inocentado e se candidatar ao Buriti, ou ficar inelegível. Se isso ocorrer, ele apoiará Eliana Pedrosa (PPS e não DEM, como publicado anteriormente, do qual saiu), com quem Gim também fechou.

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TREM DA ALEGRIA

Dia 20 uma ordem do Ministério das Comunicações abriu porta para grupo de funcionários se transferir para a Anatel. Os salários da Agência são melhores.

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A GRANDE JOGADA

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Sérgio Cabral – estratégia dupla. Foto: ABr

Ao desistir de disputar o Senado, o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) faz uma jogada de esperto. Enquanto apoia a presidente Dilma, pela sua aliança de primeira hora com Lula, Cabral também avalizou a aliança do PMDB no Estado com Aécio Neves (PSDB). Ele quer virar ministro, e desta forma e tem grandes chances de ser: ou de Aécio, ou de Dilma – se Eduardo Campos não vencer a eleição. Cesar Maia (DEM) será o candidato na chapa de Luiz Pezão.

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FÉ ELEITORAL 

Um presentão da presidente Dilma para entidades religiosas em Brasília. Saiu discreto no D.O. há dias: igrejas e templos instalados em áreas irregulares ou não autorizadas nos limites do DF, até 31 de dezembro de 2006, estão por decreto regularizadas e proprietários ainda terão direito a negociar compra e venda. Lobby de bancada do DF.

À ESPERA 

Luiz Paulo Vellozo Lucas enviou e-mail para amigos e explicou que, por decisão da executiva nacional foi adiada a convenção do PSDB no sábado em Vitória (ES). Os tucanos decidem se lançam candidato ou se aliam a Paulo Hartung (PMDB) – que pode ser candidato aliado do PSDB ao governo ou Senado.
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BARBOSA DEBAIXO DO VIADUTO 

barbosa-viaduto

Uma pilastra do viaduto da Av. Marechal Floriano sobre a Linha Verde, em Curitiba, ganhou a imagem do ministro do STF Joaquim Barbosa, homenageado em grafite. É parte do projeto Mural Street of Styles, com apoio do Ministério da Cultura.

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Sugestões, pautas, denúncias: envie e-mail para pauta@colunaesplanada.com.br


Há um ano, Dilma demitiu diretores políticos na Petrobras, mas tardiamente
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Leandro Mazzini

A presidente Dilma Rousseff avalizou a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, a demitir todos os diretores políticos da estatal em fevereiro do ano passado, mas foi tarde.

Dilma e Foster excluíram dos quadros da estatal diretores apadrinhados pelo PP, PTB, PMDB e pelo próprio PT.

Os indícios de corrupção em contratos na petroleira, agora à tona, mancharam a imagem da empresa. À época, foi exonerado entre eles o agora preso Paulo Roberto Costa, diretor de Abastecimento.

Lembre aqui as mudanças.

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Conab recua e mantém superintendências com PTB
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Leandro Mazzini

O Conselho de Administração da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) barrou ontem o esvaziamento da Diretoria Financeira, sob controle do PTB, em prol da Diretoria de Administração, nas mãos do PMDB. É mais um capítulo da autofagia por cargos entre as legendas que dominam a estatal.

Segundo a assessoria, o Conselho “solicitou aos dirigentes da empresa um estudo sobre as mudanças necessárias na estrutura organizacional”, e determinou que “Qualquer alteração no organograma da Conab só será analisada pelo Conselho após a conclusão do referido estudo”.

A pendenga começou com a saída de João Carlos Bona Garcia – da cota pessoal da presidente Dilma – da Diretoria Financeira (DIAF), onde assumiu o indicado pela bancada do PTB de Goiás e Brasília, o engenheiro e ex-prefeito de uma cidade goiana Lineu Olímpio.

Mas numa manobra da direção, o diretor Rogério Abdala, que assumiu interinamente a presidência por uma semana no fim do ano, esvaziou a DIAF.

Na manobra do organograma, o PMDB capturou das mãos do PTB a Superintendência de Fiscalização de Estoques (SUFIS) e a Superintendência de Administração (SUPAD). Elas passam da DIAF para a Diretoria de Gestão de Pessoas (DIGEP), sob controle do pemedebista Abdala.

A gritaria do PTB, no entanto, foi grande. Principalmente entre o padrinho do novo diretor, o deputado federal Jovair Arantes (PTB-GO).

A SUFIS é responsável pelo controle de toda a produção comprada e armazenada pela Conab, em armazéns de todo o país. A SUPAD detém a negociação e a tutela dos contratos bilionários do seguro desses alimentos.


PMDB depena diretoria de indicado do PTB na Conab
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Leandro Mazzini

lineuvale

Lineu, o novo diretor da Conab, entre os aliados Roberto Jefferson, ex-presidente do PTB, e o deputado Jovair (D). Foto: Site do parlamentar

Mais sobre a autofagia na colheita (de cargos) na poderosa Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), um braço bilionário do Ministério da Agricultura, loteada para PMDB, PTB e PT.

Com a saída de João Carlos Bona Garcia – da cota pessoal da presidente Dilma – da Diretoria Financeira (DIAF), assume o indicado pela bancada do PTB de Goiás e Brasília, o engenheiro Lineu Olímpio.

Mas numa manobra da direção, o diretor Rogério Abdala, que assumiu interinamente a presidência por uma semana no fim do ano, angariou apoio do Conselho Administrativo da estatal e esvaziou a DIAF. Em suma, Lineu – nomeado dia 19 de Dezembro mas empossado agora – estreia como uma rainha da Inglaterra, o cargo sem poder.

Na manobra do organograma, o PMDB capturou das mãos do PTB a Superintendência de Fiscalização de Estoques (SUFIS) e a Superintendência de Administração (SUPAD). Elas passam da DIAF para a Diretoria de Gestão de Pessoas (DIGEP), sob controle do pemedebista Abdala.

Tudo vai ser oficializado amanhã, com aval do ministro da Agricultura, Antônio Andrade. Procurada, a assessoria da Conab informou que a transferência de superintendências “trata-se de uma proposta do presidente do Conselho de Administração da Companhia, Gerardo Fontelles, secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)”.

Os maiores padrinhos do novo diretor, o deputado federal Jovair Arantes (PTB-GO) e o senador Gim Argello (PTB-DF), ficaram descampados na lavoura política. As duas superintendências que permaneceriam no bojo petebista estão entre as mais importantes da estatal.

A SUFIS é responsável pelo controle de toda a produção comprada e armazenada pela Conab, em armazéns de todo o país. A SUPAD detém a negociação e a tutela dos contratos bilionários do seguro desses alimentos.

Bona Garcia, que deixou a diretoria, estava há meses pedindo para sair. Mal aparecia na Conab. Foi a presidente quem o segurou. Eles são amigos de longa data, de militância de guerrilha durante a ditadura. Lineu Olímpio, que estreia no cargo, é ex-prefeito de uma pequena cidade goiana.