Coluna Esplanada

Arquivo : roberto jefferson

Jefferson volta ao Poder: PTB do Sul leva o Ministério do Trabalho
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Leandro Mazzini

nogueira

Após anos de ostracismo, prisão, tratamento contra um câncer, e perdão da pena, o ex-mensaleiro Roberto Jefferson, presidente do PTB, voltou com tudo ao Poder na Esplanada.

É dele a indicação e apadrinhamento do deputado Ronaldo Nogueira (PTB-RS) para ministro do Trabalho.

O PTB venceu a disputa com o Solidariedade de Paulinho da Força Sindical pelo comando da pasta.

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PTB perde direito de usar o nome de Vargas em instituto
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Leandro Mazzini

O Partido Trabalhista Brasileiro, criado por Getúlio Vargas em 1945, perdeu para a FGV o direito de usar o nome do ex-presidente no seu instituto de estudos e pesquisas.

O ex-deputado Roberto Jefferson, de volta ao comando do PTB, decidiu por homenagear então a sobrinha do fundador. Será titulado Instituto Ivete Vargas. Foi o próprio Jefferson quem comunicou a militantes, em reunião política nesta semana.

Ivete é dos tempos de grandes embates orais quando o Congresso ainda era no Rio de Janeiro, no Palácio Tiradentes. Certo dia a deputada gritou para o arqui-inimigo de Vargas, Carlos Lacerda: “O senhor é um purgante!”. E ele, sereno da tribuna: “E a senhora é o efeito”.

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Pedido de prisão de Lula e perdão a mensaleiros incendeiam o domingo
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Leandro Mazzini

Milhares são esperados na Esplanada dos Ministérios neste domingo, a exemplo das edições passadas.

Milhares são esperados na Esplanada dos Ministérios neste domingo, a exemplo das edições passadas.

A faísca foi atirada no palheiro.

Não bastassem, há semanas, as mobilizações de prós e contra o Governo Dilma Rousseff num clima de Fla x Flu para o próximo domingo, dois fatos recentes incendeiam os debates nas redes sociais e podem repercutir nas ruas: o pedido de prisão do ex-presidente Lula feito pelo Ministério Público de São Paulo e o perdão da pena de dois mensaleiros do PT, pelo Supremo Tribunal Federal – com vistas a se estender a outros sete mensaleiros.

O pedido de prisão do ex-presidente Lula pode melar todo o cuidadoso trabalho do juiz Sérgio Moro de não contaminar o processo. O caso de Lula no MP paulista, sobre lavagem de dinheiro no tríplex, não tem nada a ver com a denúncia que segue na Lava Jato em Curitiba – de tráfico de influência.

Mas a força tarefa da Lava Jato teme que agora, a despeito de a juíza de SP acolher ou não o pedido de prisão de Lula, o Partido dos Trabalhadores possa inflamar a militância e movimentos sociais contra a operação de Curitiba. O estrago pode ser maior, nas ruas e na condução do processo.

No STF, o plenário seguiu o relator ministro Luís Roberto Barroso e perdoou as penas do ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha e do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares. Estão livres, leves e soltos. O ministro acolheu decreto presidencial de Dilma Rousseff, e o plenário seguiu.

O caso já repercute nas redes sociais e virou mais um motivo de revolta para os cidadãos irem às ruas no domingo clamar por Justiça contra a corrupção. O cenário pode ser ampliado – o STF poderá perdoar mais sete mensaleiros na esteira de decisão que beneficiou Cunha e Delúbio, entre eles ex-deputados como Pedro Corrêa (PP) – enrolado também no Petrolão – e Roberto Jefferson  (PTB)

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NO CONGRESSO

Foi em tom raivoso que senadores petistas reagiram ao pedido de prisão do ex-presidente Lula.

“É o ápice da provocação. Não vamos ficar parados”, ameaçou Paulo Rocha (PT-PA). Os petistas começaram a mobilizar sua militância em Brasília.

A ainda desconhecida senadora Maria Regina Souza (PT-PI), ao mirar o MP, virou sua metralhadora verbal para o plenário: “Por que a Polícia Federal não investigou o caso da cocaína apreendida no helicóptero da empresa de um senador (Zezé Perrela)? É clara e abusiva perseguição (contra o Lula)”.


Novo PTB terá a cara do DEM sob comando de um condenado
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Leandro Mazzini

Foto: Ag. Câmara

Jefferson: ele cumpre pena no Rio condenado na AP 470 (Mensalão) Foto: Ag. Câmara

Não é segredo no Congresso Nacional a tratativa entre os dois partidos para a fusão do DEM – que definha – com o PTB. O partido será rotulado de Novo PTB, por ora, conforme repetem deputados. Mas pela representatividade aos holofotes em Brasília, a nova legenda nasce com a cara do DEM sob comando de um presidiário – por ora, porque pedirá para deixar a cadeia após pagar multa, conforme revelado por Bernardo Melo Franco. 

Toda a orientação sai de uma cela de presídio no Rio de Janeiro, onde bate ponto à noite o apenado Roberto Jefferson, que cumpre prisão em regime semiaberto. É ele quem realmente manda no PTB, enquanto a filha, Cristiane Brasil, ex-vereadora na capital fluminense e agora deputada federal, faz as vezes de presidente do lado de fora.

O PTB não tem grandes expressões atualmente no Congresso, e rostos conhecidos como os dos senadores Ronaldo Caiado (GO), Agripino Maia (RN) e o deputado federal Mendonça Filho (PE) podem tomar a vitrine – obviamente, se ficarem no novo partido. Pela lei, podem usar a ‘janela’ e migrarem para outra legenda.


Direto da cela, Jefferson trata fusão do PTB com DEM
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Leandro Mazzini

Foto extraída do jornalnh.com.br

Foto extraída do jornalnh.com.br

O DEM pode sumir do mapa político.

Enquanto o presidente do partido, senador Agripino Maia (RN), tenta defesa contra pesada acusação de delator sobre propina de R$ 1 milhão, a cúpula discute uma fusão com o PTB (ainda sob comando do apenado Roberto Jefferson).

Jefferson comando tudo de dentro da sua cela num presídio do Rio de Janeiro, orientando a filha Cristiane Brasil no comando da legenda.

Enquanto Agripino se defende, decidiu sair dos holofotes. O DEM escalou o líder na Câmara, o deputado federal Mendonça Filho, para dar entrevistas em nome do partido – para qualquer assunto.


No comando, filha de Jefferson quer aproximar PTB do PSDB
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Leandro Mazzini

Charge de ALIEDO - aliedo.blogspot.com

Charge de ALIEDO – aliedo.blogspot.com

Um episódio de campanha de 2010 contado por Roberto Jefferson a este repórter revela como o controlador do PTB evitou aos trancos e barrancos que o partido submergisse no cenário político-eleitoral no Brasil após denunciar o escândalo do Mensalão.

Estava ao lado do então candidato ao Planalto José Serra (PSDB), num anúncio de coalizão, quando o tucano evitou pegar em sua mão para erguê-la junto aos outros ilustres enfileirados, para a famosa foto da ‘aliança’. Jefferson foi ao seus ouvidos: ‘Mermão, é agora ou nunca. Ou você me dá essa mão e a levanta ou saio desse palanque agora!’. Serra sorriu amarelo e ergueram, ambos sorridentes, as mãos unidas daquela chapa.

Jefferson é um homem que não mede esforços políticos para conquistar o que deseja. Encarcerado, condenado no processo do Mensalão, da cela num presídio do Rio comandou um front que levou a filha, a vereadora carioca Cristiane Brasil, ao comando do PTB nacional, o sucedendo. Uma figura sem brilho no partido, Cristiane cresceu como herdeira do manda-chuva.

Contribuiu também uma campanha forte que levou muito dinheiro. Incluiu mala-direta, reuniões, banquetes, e ligações por telefone com recados diretamente de Cristiane, falando em nome do pai, para delegados do PTB que posteriormente a elegeram na recente convenção.

A campanha era tão intensa quanto desorganizada. Ligaram também para militantes que não estão mais filiados. Um advogado de Brasília, hoje no PSDB, recebeu telefonema de assessor de Cristiane pedindo apoio.

Descerra-se a cortina e aparece no palco pouco iluminado do PTB uma velada disputa entre dois grupos – o de Jefferson, que desejava manter-se no Poder (e conseguiu) e o de parte da bancada de deputados e senadores que almejava renovação no comando da legenda, e manter a aliança com o governo do PT (inclui-se neste os senadores Gim Argello-DF e Fernando Collor-AL, aliados próximos da presidente Dilma).

Jefferson e Cristiane agora vão conduzir gradativamente o partido para os braços do PSDB até 2018, seja Aécio Neves ou não o candidato a presidente. O tucano presidenciável foi quem iniciou durante a campanha deste ano a aproximação com Jefferson, em diálogo aberto com emissários dele e a vereadora que se tornou presidente. Assim como Lula e a presidente Dilma, Aécio conhece o poderio eleitoral do PTB: são 25 deputados (ganhou 4 nesta eleição) e 3 senadores (perdeu 3).

Não é um grande partido, mas passa longe de um pequeno. Mediano, consegue se valorizar. E negociar bem tanto com o PT quanto com o PSDB.

* *

PROTESTO

Os grupos ‘Revoltados online’, ProVida DF e outros movimentos vão promover hoje, durante a posse da presidente Dilma, um protesto pacífico na Esplanada dos Ministérios.

Pretendem reunir 300 manifestantes e vão distribuir adesivos com a frase “Não vamos nos dispersar”. Levarão também cartazes com os dizeres “Dilma, você não nos representa”. E querem soltar balões pretos na Esplanada quando a presidente passar no carro oficial pela via.


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