Coluna Esplanada

Arquivo : soberania

Insegurança é desafio para Palácio do Planalto e Congresso
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Leandro Mazzini

Em tempos de descobertas de supostos e ou potenciais terroristas no Brasil – pelo visto há gente disposta a fazer estrago – o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional são alvos fáceis para atentados.

No Palácio, chega-se a pé sem ser incomodado e até a entrada principal dentro do prédio, onde há recepção no térreo. Qualquer pessoa armada ou com explosivos passa à vontade. No estacionamento do térreo, qualquer carro sem identificação é permitido entrar – basta o motorista avisar que vai deixar um passageiro.

Não há bloqueios no chão para o caso de imprevistos, como o padrão usado pela embaixada e consulados dos Estados Unidos em suas guaritas no Rio, por exemplo. No Planalto, para piorar o cenário, há uma ponte-calçada sobre o espelho d’água pela qual pode passar um carro. (O espelho d´água foi construído após incidente em 1989, quando um homem revoltado roubou um ônibus e tentou invadir o Palácio; não conseguiu porque o teto do veículo ficou preso à marquise).

No Congresso a situação é semelhante. Quem portar crachá de servidor da Câmara ou Senado e de jornalista credenciado tem passe livre a todas as dependências das Casas – inclusive plenários, onde desfilam vossas excelências. Com estes crachás, o cidadão não é revistado e pode também entrar armado até o plenário.

Então presidente da Câmara, ciente desse alto risco, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) tentou obrigar todos a passarem pelo scaner mas houve revolta principalmente dos servidores – no dia do teste não havia pórticos suficientes nas entradas. Teve de recuar.

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MICHELZINHO

Causou confusão no Planalto a pauta que revelou onde estuda o filho do presidente da República Michel Temer em Brasília. Pior, permitiram sua imagem.

O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) reforçou a segurança do herdeiro de Temer com homens à paisana na rua da escola, além de colaboração da PM do DF com duas viaturas que circulam o bairro. Porque agora, críticos e até supostos terroristas sabem onde o menino estuda, quem é e até a hora de sua saída da escola.


General tem aval em decreto para criar a ‘CIA’ brasileira
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Leandro Mazzini

Etchegoyen - o novo linha dura do País. Foto: ABr

Etchegoyen – o novo linha dura do País. Foto: ABr

A vergonhosa vista grossa feita pela segurança dos Jogos do Rio de Janeiro – que deixou escapar oportunidade de encarcerar gente com mandado de prisão – estreia no mês em que o general Sérgio Etchegoyen, chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, começa a esboçar a Política Nacional de Inteligência.

Não se descarta o GSI criar força-tarefa permanente com militares, policiais, delegados federais e agentes da Abin.

O decreto 8.793, do presidente Michel Temer, “visa a definir os parâmetros e os limites de atuação da atividade de inteligência e de seus executores”.

O Artigo 2º do decreto informa que compete ao GSI coordenar as atividades no “âmbito da administração pública federal”. E o 3º lembra, em outras palavras, que deve haver colaboração de órgãos federais no planejamento.

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Ex-ministros e sindicalistas debatem Petrobras e soberania nacional
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Leandro Mazzini

Carvalho é um dos debatedores no evento da CSB. Foto: ABr

Carvalho é um dos debatedores no evento da CSB. Foto: ABr

A Central dos Sindicatos Brasileiros, presidida por Antônio Neto, vai promover na segunda-feira (6) em São Paulo um seminário sobre a questão da soberania da Petrobras.

Também haverá palestras do economista Luis Gonzaga Beluzzo, de Carlos Lupi ( presidente do PDT ), dos ex-ministros Gilberto Carvalho e Luis Dulci (hoje no Instituto Lula), e do ministro do Trabalho, Manoel Dias.

No evento, será lançada a edição especial da trilogia ‘A Era Vargas’, de José Augusto Ribeiro. Como notório, Vargas é o ‘pai’ da Petrobras e do bordão ‘O petróleo é nosso’ – embora não seja mais.

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Exército remodela centro de inteligência para monitorar movimentos sociais
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Leandro Mazzini

exercito

O ministro da Defesa, Celso Amorim (CE), visita com o comandante do Exército, Enzo Peri (E) e oficiais o Centro de Guerra Cibernética, no último dia 10. Foto: ABr

Atualização Terça, 29, 12h25: Por ordem do Alto Comando, o Centro de Informações do Exército (CIE) vai se reestruturar por completo. Já começou a reforçar as áreas de inteligência e de contra-inteligência e, o mais relevante, volta a ter papel a área de operações. O alvo prioritário do novo CIE são os monitoramentos de movimentos sociais em ebulição nas ruas.

Outra decisão do Alto Comando é que haverá também investimento em tecnologia no Centro de Guerra Cibernética, cuja sede é em Sobradinho (DF), diante da ameaça de terrorismo virtual na conjuntura atual.

A readequação era planejada há anos e surge na esteira da convulsão de atuações de black-blocs, sem-teto e sem-terra com atividades similares a guerrilhas urbanas e rurais, diante de provas de ligações destes grupos com organizações criminosas das grandes capitais.

Antigos oficiais de inteligência e de operações especiais, hoje na reserva, estão sendo convocados para treinar nos novos quadros do CIE.

CLIPPING

Há mais de 20 anos, segundo fontes, a atuação do CIE vinha se limitando a clippagem de notícias e investigações internas do Exército. Durante a ditadura militar, o CIE tinha total autonomia operacional na caçada aos adversários políticos do regime, formando uma espécie de governo paralelo.

DETALHES, NÃO

A assessoria do Exército confirma a reestruturação do Centro de Informações, mas, por motivos óbvios, não informa detalhes nem de como vai atuar daqui para a frente.

Atualização Quinta, 7, 21h35 – Em nota enviada nesta quinta à Coluna, o Ministério da Defesa, em síntese, nega que o Exército vá monitorar movimentos sociais.

À ocasião da revelação da Coluna, o Exército, apesar de ter confirmado a reestruturação do Centro de Inteligência, negou-se a soltar nota oficial.

‘As atribuições da 4º Subchefia do Comando de Operações Terrestres (Coter) (..) são Preparo e emprego da Força Terrestre; Gestão da estrutura do Sistema Operacional Informações, integrando as atividades de Inteligência Operacional, Guerra Eletrônica, Defesa Cibernética, Comunicação Social e Assuntos Civis’.

Ainda segundo o MD, ‘as informações utilizadas pela 4 º Subchefia do Coter são apenas os dados de inteligência utilizados exclusivamente na preparação das operações às quais a Força Terrestre é chamada a atuar’, em parceria com o Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin). Está registrado.

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PRIMEIRA BATALHA

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) promove amanhã em Brasília o Diálogo da Indústria com Candidatos à Presidência, para debater políticas para o setor. Aécio Neves, a presidente Dilma e Eduardo Campos confirmaram presença, de acordo com a assessoria da CNI.

PENSANDO LONGE

É otimismo exacerbado ou necessidade antecipada.. A presidente Dilma deixará para o sucessor ou como compromisso para ela mesma a Conferência Nacional de Política Indigenista. Saiu no Diário Oficial decreto convocando o encontro para 17 a 20 de novembro de… 2015. Para debater a relação do Estado com os povos indígenas do Brasil.

SOBROU PARA O CEO

Na entrevista ao UOL/Folha/SBT/Jovem Pan ontem, a presidente Dilma não escondeu a insatisfação com o caso e diz que chamará às falas o CEO do Santander Brasil. O banco divulgou carta em extratos alertando para risco de reeleição da petista.

NOVELA REAL

Rebu entre movimentos católicos e militantes petistas. A co-fundadora da Comunidade Shalom de Fortaleza espalhou nas redes sociais que quem votar no PT para presidente ‘está automaticamente excomungado’. ‘Infelizmente, com uma possível vitória do PT, estaremos entrando (..) no comunismo moderno’, escreveu Maria Emmir Nogueira.

GUERRA ELEITORAL

O ministro do TSE Admar Gonzaga determinou em liminar a retirada de propagandas na internet com elogios a Aécio Neves e críticas ao governo da presidente Dilma. Nos anúncios apareciam as frases ‘Saiba como proteger seu patrimônio em caso de reeleição da Dilma, já’, e ‘Que ações devem subir se Aécio ganhar as eleições? Descubra aqui’.

PONTO FINAL

‘Todos nós erramos porque a gente não tinha ideia do grau de descontrole do sistema financeiro. O mundo errou’.
Dilma Rousseff, presidente da República, em entrevista ontem.


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