Coluna Esplanada

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Após ‘bronca’ do MMA, secretário da Bahia encontra mancha no mar
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Leandro Mazzini

Após distribuir por e-mail e whatsapp uma nota oficial, com fotos aéreas de Abrolhos, garantindo que o arquipélago está livre da lama da Samarco ( veja aqui ), o secretário de Meio Ambiente do Governo da Bahia, Eugênio Spengler, recuou no fim do dia e, em entrevistas, disse que viu manchas no mar próximo ao santuário marinho.

Ele não soube classificar, porém, se era a lama da mineradora que rompeu em Minas Gerais e chegou ao mar do Espírito Santo, estado que faz divisa com a Bahia.

Spengler mudou a versão após aterrissar em Salvador e receber telefonemas das equipes do Ministério do Meio Ambiente que monitoram as consequências do desastre ambiental. Ele teria levado uma ‘dura bronca’ da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

Na quinta-feira, a presidente do Ibama informara que havia fortes indícios de que a lama teria alcançado Abrolhos e outra parte do litoral baiano.

As fotos de Abrolhos, com água limpa, foram enviadas por uma equipe da secretaria sem a devida autorização prévia do secretário. Ele avistou uma mancha no mar numa faixa a 100km de Abrolhos, no Sul da Bahia.

A água foi coletada para exames, cujos resultados devem sair em até 15 dias.

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Em vídeo, militares confraternizam com general demitido por Dilma
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Leandro Mazzini

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Um vídeo que circula no Youtube mostra o então general comandante do 3º Comando do Sul (Santa Maria -RS), Martins Mourão, confraternizando com oficiais na caserna, num restaurante.

A publicação é referente a um ato de desagravo ao militar, cujo link foi enviado por um dos participantes à Coluna. Ele diz que o ato foi antes da demissão do general pela presidente Dilma Rousseff, mas todos já previam a retaliação do Governo e da Defesa.

O general Mourão foi transferido para Brasília, segundo boletim Informex, do Comando do Exército, para a Secretaria Financeira do QG.

Nos bastidores, o motivo foi a sequência de críticas do militar ao Governo, de falas à tropa contra a corrupção no Governo e na política e por ter autorizado uma homenagem póstuma ao coronel Brilhante Ustra ( veja aqui ), um dos mais conhecidos torturadores do regime militar, morto há duas semanas.

Não há ilegalidade na homenagem póstuma ao militar. É rotina na caserna. Mas em se tratando de Bilhante Ustra, Dilma e alguns conselheiros da extinta Comissão Nacional da Verdade – que cita Ustra – entenderam como provocação a ex-ativistas e a famílias de vítimas do regime.


Demissão de general acirra ânimos entre Planalto e QG
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Leandro Mazzini

Um ano após o encerramento dos trabalhos da Comissão Nacional da Verdade, voltou a ficar tenso o clima entre o Quartel General e o Governo Dilma.

A demissão do general Antônio Martins Mourão do 3º Comando no Sul estava programada. Ele é tido como voz dissonante do Governo há anos. O Ministério da Defesa só esperava um pretexto para concretizá-la. E o fato novo apareceu.

Foi a homenagem póstuma feita ao coronel Brilhante Ustra no QG do 3º Comando, em Santa Maria (RS) ( lembre aqui ) , com convite enviado a altos oficiais.

Era Mourão também um dos que incitava a caserna a promover funeral com honras de chefe de Estado, com a tropa fardada, para o ex-torturador chefe do DOI-COD.

A presidente Dilma soube da homenagem no Sul e considerou provocação desnecessária. Cobrou posição do ministro Aldo Rebelo e este procurou o comando do Exército. Mas não houve ato isolado do comando, a fim de preservar o oficial.

No boletim Informex do Exército consta nomes para promoção e transferências de outros 63 oficiais em todo o País. Mourão entrou na lista, e volta para Brasília.

Em tempo, para o lugar de Martins Mourão foi designado o general Edson Leal Pujol.


Votos do Sul e Sudeste deram vitória a Dilma, e não Norte e Nordeste
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Leandro Mazzini

Ao contrário do que avaliam muitos marqueteiros e ‘especialistas’, não foi o Nordeste e o Bolsa Família de regiões pobres quem elegeram a presidente Dilma este ano, e sim os votos dos eleitores das regiões Sul e Sudeste.

A presidente Dilma teve maiores percentuais de votos contra Aécio Neves (PSDB) no Norte e Nordeste, mas a maior quantidade de votos para a petista, curiosamente, vieram do Sul e Sudeste.

Nordeste (20,1 milhões) e Norte (3,9 milhoes) renderam à petista 24.142.213 votos. Já o Sudeste (19,8 milhões) e o Sul (6,7 milhões) deram-lhe 26.627.802 de votos – exceto a proporcionalidade de votantes nas regiões, evidente, fica claro que se não fosse o contingente de eleitores petistas no Sul e Sudeste – onde os tucanos acreditavam levar vantagem – Dilma não teria essa diferença a favor.

MINAS

Se Aécio Neves (PSDB) tivesse alcançado 62,76 % dos votos em Minas estaria eleito, ou seja 1.731.000 votos a mais – desde que tivesse tirado de Dilma o mesmo número de eleitores. Neste caso, ela terminaria arredondando 52.770.000 votos, ele somaria 52.772.000 votos.

Minas, mesmo assim, ainda teria dado menos votos a Aécio do que São Paulo, onde 64,31 % dos paulistas sufragaram o tucano.


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