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Ajuda da Petrobras salvou Santos de tragédia tóxica
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Leandro Mazzini

Foto: UOL

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Chamada às pressas, a Petrobras orientou os bombeiros e salvou a população dos bairros da zona portuária de Santos (SP) de uma tragédia tóxica no incêndio que atingiu seis tanques que estocavam combustíveis no pátio da Ultracargo.

Relatórios sigilosos de engenheiros da petroleira citam que as chamas lamberam dois tanques que continham cloro e amônia, e foram resfriados com prioridade, com sucesso e para alívio geral.

Caso fossem atingidos pelo fogo, o cloro, apesar de não inflamável, intensificaria a combustão; e a amônia causaria sérios danos a pessoas que inalassem o produto vazado, com riscos de cegueira, crise respiratória e até queimaduras que poderiam levar à morte.

OPERAÇÃO 

Assim que informada pelo serviço de inteligência, durante o incêndio que durou a Semana Santa, a presidente Dilma ordenou à petroleira que usasse todos os recursos.

O Corpo de Bombeiros de Santos, com atuação tímida – a despeito do reforço de quartéis de São Paulo – não deu conta. Os técnicos da Petrobras foram essenciais nas orientações sobre os produtos químicos ao terem acesso à empresa. A petroleira utilizou dois navios para puxar água do mar, e seis caminhões-tanques para apoio aos bombeiros.

Questionada sobre o cloro e a amônia nos estoques, em nota da assessoria a Ultracargo se limitou a informar que ‘Nas baias atingidas havia apenas combustível – gasolina e etanol’. Informou ainda que seguiu os protocolos para o caso, evacuando a área e evitando tragédia maior com o plano de ajuda mútua.


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