Coluna Esplanada

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Presidente Dilma visita vítimas da tragédia em Mariana amanhã
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Leandro Mazzini

Foto: Folha/UOL

Foto: Folha/UOL

A presidente Dilma Rousseff visita amanhã o distrito de Bento Rodrigues e região, no município de Mariana (MG), onde na quinta-feira passada ocorreu o rompimento da barragem com rejeitos de extração de minério da Vale/Samarco.

Dezenas de desaparecidos foram confirmados e até agora três mortes.

Dilma vai sobrevoar a região com previsão de três desembarques, durante o dia. Ela deve ir acompanhada de ministros e do governador Fernando Pimentel.

As paradas serão para visitar as áreas atingidas, conversar com bombeiros e principalmente visitar vítimas da tragédia ambiental.

A presidente desembarca em Mariana sob críticas da oposição pela demora em visitar a área. Ela chega à região simultaneamente à confirmação da chegada na cidade do presidente mundial da BHP, mineradora sócia da Vale/Samarco no empreendimento.


Deputados da comissão do novo Código Mineral: silêncio ensurdecedor
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Leandro Mazzini

Quintão (E) e Guimarães, na comissão do Marco Regulatório de Mineração na Câmara

Quintão (E) e Guimarães, na comissão do Marco Regulatório de Mineração na Câmara

Causa estranheza no Congresso Nacional e em Minas Gerais o silêncio ensurdecedor de dois deputados federais sobre a tragédia do rompimento da barragem da Vale/Samarco em Mariana.

Os federais Leonardo Quintão (PMDB) e Gabriel Guimarães (PT) sumiram dos holofotes. O primeiro é presidente da comissão especial do novo Marco Regulatório de Mineração; o segundo é o relator. O tema está em debate na Casa desde ano passado, com forte presença de representante das mineradoras nacionais e internacionais.

Quintão foi candidato a prefeito de Belo Horizonte em 2008, com chances. Levou para o segundo turno a disputa contra o depois eleito Marcio de Lacerda (PSB). O deputado ainda sonha com uma candidatura majoritária no Estado. Gabriel é filho do veterano ex-deputado federal Virgílio Guimarães.


Doação eleitoral da Vale mina discursos de Dilma e Pimentel
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Leandro Mazzini

dilmapime

O poder político e financeiro da mineradora Vale, que controla a Samarco, norteou as palavras medidas e atitudes tímidas da presidente Dilma Rousseff e do governador de Minas, Fernando Pimentel (PT), sobre o maior desastre ambiental do Estado, com o rompimento da barragem de lama tóxica em Mariana que desce rumo ao Espírito Santo.

Dilma e Pimentel focam o discurso na assistência social e em nenhum momento citam uma letra da Vale ou Samarco, que controlam as barragens da tragédia.

A Vale Energia doou R$ 2,5 milhões para a campanha de Dilma em 2014. A presidente não saiu do Planalto e se resumiu a soltar nota e posts no Twitter.

Beneficiado com R$ 1,8 milhão pela Vale Energia e Vale Manganês, Pimentel fez rápida visita a desabrigados e sobrevoou a área, e não citou nada sobre punição.

Os discursos combinados da presidente e do governador foram de auxílio social às vítimas, e repetir o que todos já viram: é uma grande tragédia.

No Twitter, a presidente Dilma disse que é preciso apurar com rigor as causas e responsabilidades do acidente. Mas não publica o nome da Vale ou Samarco.

A primeira piada surgiu com a tese de que a culpa foi de abalos sísmicos. Em 2006, não houve terremoto no rompimento da barragem Rio Pomba, na Zona da Mata mineira.


Dilma chama patrocinadores para 2014
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Leandro Mazzini

Roberto Stuckert Filho-PR

A disputa presidencial por 2014 já começou. Pelo menos nas finanças.

Não foi apenas para tratar do desenvolvimento do país que a presidente Dilma convidou para conversas os presidentes da Cosan, Vale, Bradesco e Odebrecht, na quinta e sexta-feira. De diferentes e lucrativos setores, eles são os maiores financiadores do PT e ela quer garantias de que manterão compromisso com sua gestão e o partido. Juntos, esses quatro grupos doaram oficialmente R$ 12,08 milhões para o PT em 2010, levantou a coluna. A agenda de Dilma tem motivo. Aécio Neves, o pré-candidato do PSDB, pediu aos economistas tucanos em Dezembro que procurem estes patrocinadores. Foi dada a largada para a disputa presidencial de 2014.

DA USINA. A Cosan, grupo usineiro, doou a bagatela de R$ 3,65 milhões para o PT nacional em 2010. Para o PSDB, repassou R$ 1,4 milhão.

DO BANCO. O Bradesco, segundo maior banco privado, repassou para os petistas R$ 1,66 milhão. Para o PSDB nacional, R$ 575 mil, e para o tucanato paulista e paranaense, R$ 750 mil.

DO CONCRETO. Maior empreiteira em atividade, a Odebrecht deu R$ 2,4 milhões para cada um, PSDB e PT nacionais. Para tucanos de Minas, estado de Aécio, foram mais R$ 200 mil.

GENEROSA. A mais generosa foi a Vale Fertilizantes. Foram R$ 2,05 milhões apenas para o PSDB mineiro. Mais R$ 1,45 milhão para o PSDB nacional e R$ 4,37 milhões para o PT.

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Contratos bilionários na Venezuela preocupam empresários brasileiros
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Leandro Mazzini

Os empresários brasileiros com negócios bilionários na Venezuela estão receosos sobre o cenário político-econômico, com o eventual fim da Era Chávez e novas eleições. Não por acaso, dois de três executivos que estiveram com a presidente Dilma no Palácio, na quinta, têm investimentos lá. Murilo Ferreira, da Vale, comanda a Cimentos Argos S.A, que fornece para o governo. Marcelo Odebrecht amplia o metrô de Caracas, e o grupo tem 8 mil colaboradores em seis setores, de óleo e gás a imobiliário.

CONCRETANDO. Em 2008, a Vale comprou por US$ 300 milhões a colombiana Argos, maior produtora latina de cimento com fortes ligações com a Venezuela.

TRILHO CHAVISTA. A Odebrecht não quis se manifestar. O grupo está no país desde 1992. Concluiu as linhas 3 e 4 e constrói mais 56 km de linhas do metrô na capital e cidades-pólo.

POR ORA. Quem passou também pelo Palácio foi o maior usineiro do país, Rubens Ometto, da Cosan. Segundo sua assessoria, que se saiba não há contratos dele no país hermano.

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