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Caso Feliciano: Filmes são apagados, PGR exige vídeo e mulher aposta na PF
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Leandro Mazzini

Lábios de fel – parte 2 – ou ‘House of Feliciano’

> Mistério – Exatos dois meses após o suposto crime, Polícia Legislativa informa não ter mais vídeos do prédio de Feliciano

> Deputadas que denunciaram caso à PGR  não se convencem e requisitam filmagens; MPF também já requisitou vídeos

> PGR deve pedir abertura de inquérito no STF

* * *

> Patrícia Lélis diz que PF pode confirmar sua presença no apartamento com rastreamento de sinais dos celulares dela e do deputado

> Jovem diz que perícia nos celulares poderá comprovar veracidade dos ‘prints’ das mensagens de Feliciano no Telegram e Whatsapp

 

A Justiça começa a esboçar as investigações sobre a suposta tentativa de estupro e agressão do deputado Marco Feliciano (PSC-SP) contra a jovem jornalista Patrícia Lélis, que o denunciou. Exatos dois meses após o suposto episódio, relatado com detalhes por Patrícia, a Câmara informou à Coluna nesta segunda (15) que não tem mais os filmes da portaria e do elevador do bloco onde reside o parlamentar.

Extraoficialmente, a resposta é que os vídeos automaticamente são apagados após 22 dias, porque o servidor de tecnologia não comporta o conteúdo produzido. E não haveria backup.

A Procuradoria Geral da República ainda analisa a denúncia de um grupo de 22 deputadas federais sobre o caso, mas há informações de que a PGR deve pedir ao Supremo Tribunal Federal a abertura do inquérito contra o parlamentar. A PGR também já requisitou os vídeos à Câmara, para comprovar se a garota passou pelo apartamento do deputado – o que ela garante ter ocorrido.

Nesta terça, a deputada federal Érika Kokay – que capitaneia a bancada feminina que pediu a investigação – vai oficiar a DEPOL – Polícia Legislativa para pedir os vídeos, a despeito de o órgão já ter afirmado, informalmente, que não há conteúdo mais.

PF SERÁ CRUCIAL

Com a iminente abertura de inquérito no STF, a Polícia Federal entrará no caso com as diligências de praxe e poderá ser fundamental no esclarecimento da denúncia – quem está falando a verdade, Patrícia ou Feliciano?

Em entrevista exclusiva ao SBT na madrugada de segunda, Feliciano afirmou categoricamente que Patrícia nunca pisou no apartamento – ela diz que foram pelo menos quatro reuniões com o deputado no imóvel, e o descreveu em detalhes para o jornalista Roberto Cabrini.

Mesmo sem o seu maior álibi – as imagens do circuito de segurança da Câmara no hall do prédio e no elevador – a jovem aposta nas investigações da PF, em duas frentes: ela quer disponibilizar seu aparelho de celular para quebra de sigilo telefônico e perícia do aparelho, em relação aos aplicativos Telegram e Whatsapp, os quais podem comprovar, segundo conta, que são verdadeiras as mensagens recebidas atribuídas ao celular do deputado Feliciano – para tanto, o aparelho dele também terá de ser averiguado.

Em outra frente de investigação, a fim de dirimir dúvidas sobre a presença dela no apartamento do deputado na manhã do dia 15 – o qual ele nega – a PF tem tecnologia para rastrear os sinais dos celulares dele e de Patrícia, e os mesmos podem confirmar o local exato onde estavam.

VERSÕES DA DEFESA

O deputado garante que estava em reunião com o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, e mostrou ao SBT imagens de circuito de TV e fotos com o ministro – embora a agenda oficial do ministro não tenha reunião com o parlamentar.  Mas depois que deixou o ministério a agenda de Feliciano é um mistério. Ele tem ausências não justificadas em comissões da Câmara às quais deveria comparecer. Patrícia garante que estava com ele até 11h daquela manhã, quando teria ocorrido o crime.

Outro detalhe a favor de Patrícia é o áudio que ela gravou em conversa de 57 minutos  com o chefe de gabinete de Feliciano, Talma Bauer, numa cafeteria de Brasília sete dias após o suposto crime. Nele, Patrícia ratifica tudo o que relatou à Coluna, e Bauer, entre outros pontos comprometedores para ele e o chefe, pede para que ela coloque ‘uma pedra em cima’ do caso e esqueça tudo.

 

Confira aqui a primeira denúncia

Ouça aqui o áudio em que ela confirma a agressão

Assista o vídeo que comprova encontro da garota com assessor

Leia aqui os prints das conversas sobre negociação de R$ 300 mil

Feliciano telefonou para ela, e pediu para caprichar em vídeo em sua defesa

Veja aqui o cronograma da denúncia


Negociação de R$ 300 mil complica mais Feliciano e mulher que o acusa
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Leandro Mazzini

> R$ 20 mil apreendidos na delegacia reforçam acusação de mulher contra Feliciano – houve tentativa de comprar seu silêncio após agressão

> Delegado arquiva hoje denúncia de sequestro e coação

> Patrícia e Bauer podem ser indiciados. Ela, por falsa comunicação, e ele, por favorecimento pessoal 

> Pagamentos seriam em seis parcelas de R$ 50 mil. Patrícia pediu conta empresarial a amigo e a mãe, em vão

> O misterioso Artur, do Rio, que se passou por agente da Abin e entrou na negociação, passará a ser investigado

> Advogado de Patrícia diz que ela caiu em armação, reforça tese da coação e pede mais investigações

 

A suposta negociação de R$ 300 mil pelo silêncio da mulher que acusa o deputado federal Pr. Marco Feliciano complica ainda mais a situação do parlamentar e da própria garota – a Coluna publicou prints de conversas por smartphones que são fortes evidências de que houve tentativa de acordo. Segundo consta no inquérito policial, os pagamentos seriam em seis parcelas de R$ 50 mil.

Os bastidores da negociação e as evidências apresentadas por Emerson Biazon, o jornalista que levou Patrícia para São Paulo há uma semana, indicam que houve clara tentativa por assessores de Feliciano de tentar comprar o silêncio da mulher – e desta forma, o episódio corrobora a denúncia contra o parlamentar por assédio sexual, agressão e tentativa de estupro dentro do apartamento funcional ( lembre aqui ).

A Polícia Civil de São Paulo vai arquivar hoje a denúncia de sequestro qualificado e coação da jornalista Patrícia Lélis, após ela registrar em B.O. o chefe de gabinete de Feliciano, Talma Bauer – com quem ela se reuniu por diversos momentos, dentro e fora do hotel San Raphael, na capital paulista. Testemunhas apresentaram as provas. Já o advogado de Patrícia, José Carlos Carvalho, avisa que vai pedir mais investigações e ratifica que ela foi coagida o tempo todo.

ATRÁS DE CONTAS

Os R$ 20 mil apreendidos pelo 3º DP entregues por Emerson Biazon são a maior prova, até agora, de que houve a tentativa de suborno por parte de Bauer. Seriam parte da primeira parcela de R$ 50 mil.

O dinheiro circulou em cash porque Patrícia não teria conseguido uma conta para o depósito sem deixar rastros. De acordo com as investigações, ela pediu ao empresário dela, chamado Marcelinho, sua conta empresarial para depósitos mensais. Ele desconfiou do que se tratava após respostas evasivas dela, e não topou o acordo.

O quebra-cabeças dessa situação também tem outra peça – de São Paulo, a jovem telefonou para a mãe no último dia 2 de agosto, e pediu uma conta CNPJ, sem explicar do que se tratava. Os pais de Patrícia têm uma conta assim, mas segundo a mãe, Maria Aparecida Lélis, não houve qualquer crédito – o saldo da conta, hoje, é de R$ 126, informa a mãe da garota.

À ocasião do pedido da conta, a jovem soube que a mãe revelara esse pedido em entrevista à Coluna, e ficou muito irritada. Ontem, em contato o repórter, Patrícia negou que tenha pedido dinheiro, embora confesse que tenha liberado Emerson para negociar com o chefe de gabinete de Feliciano. Disse que o amigo negociasse mas sem a envolver financeiramente. “Eu só queria  que Feliciano me deixasse em paz, a minha vida de volta”.

Mas a Polícia conseguiu provas de que houve gastos altos de Patrícia durante sua estadia por SP. O hotel e sua passagem aérea foram pagos por Bauer – o que evidencia que ela já viajara para a capital paulista ciente de que haveria o trato.

Durante os dias que ficou na cidade, ela passeou por shoppings, foi ao cinema com um namorado que mora na capital, a uma churrascaria cuja conta passou de R$ 400, e num salão de beleza pagou R$ 700 para uma maquiagem que precedeu um dos vídeos nos quais ela passou a defender Feliciano, após as publicações da Coluna das denúncias que ela mesma informou, e com entrega de evidências de provas.

NA MIRA

O delegado Luís Hellmeister, do 3º DP paulistano, avalia se enquadra Patrícia por falsa comunicação de crime, mas também, diante das envidências apresentadas de negociação, pode indiciar Talma Bauer na tentativa de silenciá-la mediante pagamento.

Há dois mistérios ainda nas mãos da Polícia: de onde viria esse dinheiro, e quem é Artur, um carioca que apareceu no depoimento de Emerson Biazon e nas mensagens trocadas entre ele e Patrícia.

Um conhecido de Patrícia, o rapaz, que reside no Rio, seria um intermediário para receber esse dinheiro.

DEFESAS

Ontem, o PSC – o qual a jornalista acusa de omissão no caso, após suposta comunicação da agressão em Brasília – manteve Feliciano na liderança, e decidiu fazer queixa contra a jornalista.

Feliciano gravou um vídeo ao lado da esposa, no último sábado, quatro dias após estourar a denúncia pela Coluna. No vídeo, defende-se e diz que a verdade vai aparecer.

Patrícia Lélis mantém sua versão da agressão, assédio e tentativa de estupro dentro do apartamento funcional. O caso teria ocorrido no dia 15 de junho. Ela fez B.O. na Delegacia da Mulher em Brasília, e deputadas denunciaram Feliciano à Procuradoria Geral da República.

O advogado de Patrícia, José Carlos Carvalho, pediu à PGR a busca imediata das imagens da portaria, elevador e corredor do prédio do deputado federal, para comprovar a presença da jovem no apartamento de Feliciano.


Caso Feliciano – vídeos do edifício e elevador serão peça-chave
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Leandro Mazzini

Os advogados da jornalista Patrícia Lélis, 22, vão solicitar que a Procuradoria Geral da República (PGR) faça a requisição imediata dos vídeos do prédio do apartamento funcional e do elevador do bloco onde reside o deputado federal Pr. Feliciano (PSC-SP).

Ele foi acusado por Patrícia de agressão, assédio sexual e tentativa de estupro. O caso teria ocorrido dia 15 de junho, na Asa Norte, e a jovem garante que os vídeos podem comprovar sua presença no prédio.

Confira aqui a primeira denúncia

A garota, que era da Juventude do PSC, também informa que foi à liderança do PSC na Câmara dos Deputados denunciar Feliciano, por dois momentos, onde teria se reunido com o presidente nacional do partido, Pr Everaldo (RJ). Os vídeos dos corredores da Câmara também serão requisitados.

O advogado de Patrícia, José Carlos Carvalho, vai acompanhá-la nesta tarde de segunda no depoimento da jovem ao Ministério Público Federal. O caso deve ficar com a própria subprocuradora-geral da República, Débora Duprat.

DENÚNCIAS

O caso foi revelado pela Coluna Esplanada na última terça (2), que desde então soltou uma série de reportagens sobre a denúncia da garota. ( confira abaixo )

Ouça aqui o áudio gravado com Bauer, em que ela confirma a agressão

Assisata aqui o vídeo que comprova encontro da garota com chefe de gabinete

Veja aqui o cronograma da denúncia

Patrícia prestou oitiva contra Feliciano na 3ª DP de SP na sexta, e fez boletim de ocorrência contra Talma Bauer, o chefe de gabinete do deputado, por suposto cárcere privado. Ele estaria a forçando a gravar vídeos para defender Feliciano após a Coluna divulgar a denúncia.


Câmara debate violação da intimidade da mulher na internet
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Leandro Mazzini

O “vazamento” na internet de fotos do ator Stenio Garcia e da mulher Marilene Saad nus repercutiu no Congresso Nacional.

O caso ocorreu no momento em que a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados debate o projeto de lei 5.555/13, de João Arruda (PMDB-PR), que inclui “a violação da intimidade da mulher na Lei Maria da Penha”.

A relatora da proposta, deputada Tia Eron (PRB-BA), vai propor punição maior no Código Penal para crimes de internet. A despeito da lei 12.737/12 (Lei Carolina Dieckmann, que passou por situação similar), há outros sete projetos de lei semelhantes que foram apensados.

“Temos que dar respaldo por lei também ao juiz, que poderá determinar retirada imediata de imagens, responsabilizando o provedor”, diz a deputada. Atualmente, o provedor notifica quem postou fotos ou vídeos na internet e se exime.

A deputada tem uma conversa agendada com o ator e sua mulher. Semana passada ela contatou o advogado de Stenio, que se mostrou disposto ao debate.

“Há muitos casos de mulheres que se suicidam ou se isolam, ou mudam de cidade e totalmente de vida, quando alvo de vazamentos de vídeos íntimos”, lembra a deputada.


Vídeos em selfie para as redes viram moda entre deputados
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Leandro Mazzini

domingos

Os deputados federais entraram na onda dos vídeos em selfie no plenário. Em dias (e noites) de votações importantes – e estas se repetem – eles gravam os vídeos e logo em seguida postam nas suas redes sociais – Instagram, Twitter, Facebook etc.

Na última semana, a Coluna flagrou pelo menos quatro deputados no ritual, como este flagrante da foto acima, do federal Domingos Sávio (PSDB-MG) – que logo em seguida conferiu na internet a desenvoltura. Nota-se na imagem que outros três deputados, neste pequeno espaço, estão atentos aos smartphones.

Estará o cargo de camera-man nas assessorias de imprensa ameaçado?


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