A estranha série de arquivamentos de erros médicos em Brasília
Leandro Mazzini
Um levantamento feito pela Coluna junto ao MP do Distrito Federal, pela Lei de Acesso à Informação com dados da Promotoria de Saúde, revela números estarrecedores.
Brasília vive uma série de arquivamentos de denúncias de erros médicos, tanto para casos em hospitais públicos, como privados.
Os números explicam por que vai mal a saúde no DF. De 2008 a 2012, o promotor de Justiça Criminal de Defesa dos Usuários dos Serviços de Saúde, Diaulas Ribeiro, deu prosseguimento apenas em 192 casos, e mandou para a gaveta 1.178 processos.
Durante os anos de 2011 e 2012, Diaulas arquivou 133 casos e deu entrada em apenas 14 ações – a média de um caso a cada dois meses.
Diaulas é investigado pela corregedoria do MPDFT sobre conflito de interesses: ligações com a classe médica. Questionada, a assessoria do MP não respondeu.
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MALDADE
Relatório da turma da CNI revela que a entidade é contra o PL 2774, de André Moura (PSC-SE), que regulamenta a profissão de pedreiro e cria piso salarial nacional.
FUGAS PRESIDENCIAIS
A presidente Dilma driblou seguranças e andou de moto incólume por Brasília, revelou a Folha. Ela entrou para o rol dos antecessores: No primeiro ano de mandato, Lula fugiu do Alvorada para beber num bar da Vila Planalto, revelou a coluna. Itamar Franco certa vez foi de Fusca do Rio para Juiz de Fora, seguido sem saber por agentes da segurança. Fernando Collor pilotava altas horas pela capital uma moto Kawasaki Ninja emprestada de amigo. Também adepto do motociclismo, o general Figueiredo, quando não em cavalos de raça, montava em duas rodas pela cidade. Mas um mistério maior: Se Dilma foi pilotando, é infratora, porque não tem carteira para moto. Se foi de garupa, quem seria o condutor…
PRÓ E CONTRA O EXAME
Marcus Vinicius Coêlho, o presidente da OAB nacional, ao defender o exame de ordem, diz que o Brasil ganha 35 mil advogados por ano. ‘A França inteira tem 60 mil advogados’. Líder do PMDB, o deputado Eduardo Cunha não vê a hora de eliminar o Exame de Ordem. Já incluiu emendas em MPs, sem sucesso. Mas já tem projeto específico pronto.
MESQUINHEZ PALACIANA
Apesar do apoio de 268 deputados, o deputado Otavio Leite (PSDB-RJ) descobriu que 45 senadores mantiveram o veto da presidente Dilma à emenda do tucano na 609/13, que dava isenção a itens de higiene em prol dos deficientes pela cesta básica.
IDELI REFORÇADA
Vale lembrar, para derrubar um veto é necessário o apoio de 257 deputados e 41 senadores. Esta semana, votaram 458 deputados e 70 senadores. O Planalto ganhou em cheio e Ideli Salvatti ficou fortalecida, por ora, a despeito das especulações de sua saída.
TURMA CABEÇA
Marcado pela polêmica se mantém ou não o veto ao ‘tratamento da homossexualidade’, cerne do debate na ‘Cura Gay’, o Conselho Federal de Psicologia terá eleição dias 26 e 27. O atual comando é de grupo há 18 anos no poder. Os dissidentes, com a candidata Carla Manzi, visitaram a Câmara Federal em campanha. São contra o teor ideológico do Conselho.
PONTO FINAL
O presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa, será homenageado pela ACRJ na 2ª edição do Prêmio Presidente José de Alencar de Ética. Já o comportamento.
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