PSDB isola Azeredo e Serra em encontro do partido
Leandro Mazzini
Duas figuras importantes do partido não apareceram hoje, em Poços de Caldas, no encontro do PSDB que reuniu líderes, membros da executiva nacional e oito governadores do partido.
Ex-governadores, e hoje em situações delicadas no ninho tucano, o deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB-MG) e José Serra não apareceram na reunião.
O tucanato não quer confusão com a imagem do partido na semana em que o PT sofre baixa histórica com mensaleiros na cadeia. Azeredo e Serra tornaram-se pontos delicados na legenda, por motivos diferentes.
Serra não desistiu da candidatura à Presidência da República, um obstáculo no projeto do atual presidente do partido, senador Aécio Neves (MG). E Azeredo tornou-se réu no STF no chamado 'Mensalão Tucano' – em processo que a corte decidirá se houve ou não caixa 2 na tentativa frustrada de reeleição de Azeredo ao governo de Minas em 1998 – com um detalhe incômodo: o duto teria passado pela agência de publicidade de Marcos Valério, o mesmo que tocou fogo no PT.
No encontro, o ex-presidente Fernando Henrique e Aécio Neves criticaram claramente a posição do presidente do PT, Rui Falcão, de classificar o julgamento do mensalão como político. Com mote eleitoral. FHC lançou Aécio ao Planalto como 'o nome da esperança'.
Sobre Serra, o líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira, garantiu a interlocutor da coluna que o ex-governador marchará junto com o projeto do partido, e fará campanha por Aécio caso o senador mineiro seja o candidato ao Planalto.
Entre as principais figuras no encontro, os oito governadores do partido e o ex-senador Artur Virgílio, prefeito de Manaus.