Marco da Internet é alvo de guerra virtual no Congresso
Leandro Mazzini
O impasse sobre o marco civil da internet, que tramita a banda lenta no Congresso Nacional, é motivado por três lobbies fortes e discretos, que os une e os desune caso a caso.
O Google e o Facebook entraram no jogo político no Brasil. Contrataram conhecidos escritórios de advocacia em São Paulo, e os advogados se dedicam tanto à causa que alugaram apartamentos em Brasília – foram os advogados do Facebook, por exemplo, quem emplacaram na minirreforma eleitoral o parágrafo que libera campanha nas redes a qualquer momento, hoje proibido pelo TSE.
As duas empresas de internet se aliaram à TV Globo contra as telefônicas sobre a ‘neutralidade da rede’.
Já as teles são indiferentes no ponto ‘direitos autorais’, briga do Google e Facebook – pela liberação de conteúdo, inclusive em vídeo – contra a TV.
E no item Obrigações no Brasil (sobre instalação de datacenter, entre outros), a emissora se juntou às teles contra o Google. O Planalto, antes reticente por causa da espionagem americana, recuou e incluiu no marco a possibilidade de o provedor guardar seus dados em outro país.