Dilma alerta órgãos de inteligência sobre Rolezinhos
Leandro Mazzini
Por determinação da presidente Dilma Rousseff, o ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, monitora a onda de Rolezinhos no País.
Fontes palacianas confirmam que a presidente determinou aos órgãos de inteligência que fiquem em alerta sobre o fenômeno. Dilma teve há poucos dias uma reunião com o chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Elito Carvalho, mas neste encontro, garantem, não se falou em Rolezinho. Uma fonte da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) diz que a presidente determinou que a Abin monitore os movimentos nas ruas. Procurada, a assessoria da Abin informa que não foi acionada sobre o caso.
Na avaliação da presidente e assessores próximos, os Rolezinhos são por ora um movimento sócio-cultural, sem risco, porque não há infiltração política ou violência. Quem está a cargo da interlocução é Gilberto Carvalho. A orientação dada aos governadores é para que a PM apenas monitore os grupos, sem confronto – a não ser que seja provocada, o que não ocorreu.
É justamente um eventual confronto que preocupa a presidente Dilma, se os chamados black blocs entrarem na onda. Ela teme duas situações que podem ser iminentes: a infiltração dos mascarados e militantes políticos da oposição (ao governo federal ou aos governos estaduais) e um episódio violento de confronto entre policiais e jovens, que pode desencadear um efeito dominó em todo o País, às vésperas do Carnaval.
Se a onda cresce, chega às portas dos estádios durante a Copa. Dilma quer evitar uma nova versão das manifestações de Junho passado, quando milhares de pessoas foram às ruas, por protestos diversos, mas principalmente movidas pelas redes sociais.