Fidelix entregou PRTB ao detento Luiz Estêvão
Leandro Mazzini
Autor da frase mais bombástica do debate da Record – ‘Aparelho excretor não reproduz’, sobre repúdio à união homossexual – o candidato a presidente Levy Fidelix é polêmico em alianças (eleitorais).
Maior crítico de sonegadores e corruptos nos debates deste ano, Fidelix não titubeou ao entregar há um ano a direção do PRTB no Distrito Federal para o agora detento Luiz Estêvão, condenado há anos pelo superfaturamento na construção do TRT de São Paulo.
Apesar de inelegível até 2022, Estêvão se filiou ao PRTB em abril do ano passado e pretende eleger um de seus filhos deputado federal em 2018. O empresário estocou no escritório por meses o material de campanha do PRTB do DF.
Por ironia ou provocação, o escritório de Estêvão fica na única casa vizinha à residência oficial do presidente da Câmara dos Deputados, no endereço mais nobre de Brasília.
Em Brasília, o PRTB é aliado de Frejat (PR), substituto de José Roberto Arruda para o governo. Antes de ser preso, Estêvão, Arruda – barrado pela Ficha Limpa, e outros suspeitos de delitos dividiram palanques no DF numa cena de faltar camburão para a turma.
Pelos cálculos do MP Federal, Estêvão deve hoje R$ 2,25 bilhões em multas e ressarcimentos por danos morais.