Coluna Esplanada

Delação do doleiro Youssef pode complicar a irmã

Leandro Mazzini

A delação premiada do doleiro Alberto Youssef atingirá a própria família, em especial a irmã Olga Youssef Soloviov – a ‘Flora’ –, já conhecida da Justiça e das polícias por causa da fraude no Banestado e até por contrabando de cigarros.

Olga é o braço do irmão e operava a empresa Intourist num escritório em São Paulo, onde também havia agência de turismo. Para a polícia, é a fachada para os grandes negócios do doleiro. ‘Flora’ virou ré em processo que chegou ao STJ, por operar a conta off-shore June (CC5) em Nova York, na qual teria lavado dinheiro no caso do Banestado.

É em Nova York, suspeita a PF após seguir o roteiro do dinheiro, que Youssef teria escondido o seu tesouro: milhões e milhões de dólares. Pode vir daí a Lava Jato 8.

O trabalho dos peritos é descobrir se há novo dinheiro no exterior administrado por Youssef, e se seria dos comparsas políticos e diretores da Petrobras.

MEMÓRIA

Em 2003, o MP do Paraná denunciou os irmãos por formação de quadrilha e peculato por desvio de R$ 32 milhões na Prefeitura de Maringá.

Em 2004, a Justiça Federal condenou ‘Flora’ a quatro anos de prisão (convertidos em prestação de serviços) por contrabando de cigarros no Sul.