Coluna Esplanada

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Palácio e Congresso desmobilizam Lava Jato
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Leandro Mazzini

A tentativa de desmobilização da Lava Jato e a intimidação à força-tarefa via Congresso são a única parceria que dá certo entre PT e PMDB.

E o presidente da República, Michel Temer, está disposto, sim, a sancionar o pacote das medidas de combate à corrupção com o parágrafo que enquadra o trabalho dos procuradores, embora não demonstre.

O consórcio político contra a legitimidade das investigações judiciais-policiais crê que é a única forma de frear o grupo, e adorou a notícia na coletiva de Curitiba em que procuradores anunciaram que vão abandonar o processo se Temer sancionar.

Semana passada a Coluna já citou que o Governo agiu gradativamente para desmobilizar a equipe de delegados originais da operação. E conseguiu.

Tags : lava jato


OAS e Odebrecht terão de depositar 3% do lucro mensal em conta judicial
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Leandro Mazzini

Uma importante vitória da Advocacia-Geral da União, que vai dando facadas certeiras no saco bilionário dos enrolados da Operação Lava Jato, com autorização da Justiça Federal no Paraná.

A Odebrecht e a OAS, os maiores alvos, terão de pagar em conta judicial 3% do seu faturamento bruto mensal.

A AGU também conseguiu o bloqueio de bens da Odebrecht, OAS, Léo Pinheiro (ex-CEO da OAS) e Renato Duque (ex-diretor da Petrobras).

Como diria Duque, na gravação feita pela Justiça, ‘Que País é esse?’. É o novo Brasil.

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Governo desmonta a Polícia Federal na Lava Jato; Corporação nega
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Leandro Mazzini

O Governo desmobilizou a Polícia Federal na Operação Lava Jato em Curitiba.

Nos últimos três meses, houve gradativa troca de subordinados dos investigadores, ‘convites’ para direções em superintendências e remanejamentos forçados de delegados.

Márcio Ancelmo, o coordenador, é o último bastião da equipe e foi convidado para ocupar um alto cargo na direção da corporação. Érika Marena, a ex-chefe do grupo – e que deu nome à operação – acaba de ser remanejada contra sua vontade para Florianópolis.

Nos últimos meses foram remanejados da equipe os delegados Eduardo Mauat, Duílio Mocelin e Luciano Flores (o que levou o ex-presidente Lula da Silva sob condução coercitiva).

O clima azedou entre os delegados, porque alguns fecharam os olhos.

Dois jovens delegados (abaixo dos 30 anos) e com menos de dois anos de PF entraram na equipe, animados para mostrar trabalho, mas não têm a experiência dos que saíram, segundo colegas e investigadores.

Agora, a bola do jogo continua com a equipe intacta do Ministério Público Federal, sob comando de Deltan Dallagnol. Aliás, a Lava Jato é das poucas operações onde MP e PF se afinam.

Atualizada Quinta, 24, 17h32 e 20h32 – A Assessoria de imprensa da DPF contatou a Coluna e informou que a informação não é a realidade nos âmbitos da corporação e questionou a nota.

Nesta noite, a PF enviou uma nota oficial, que reproduzimos:

“A Polícia Federal repudia veementemente o teor da nota “Governo desmonta a Polícia Federal na Lava Jato em Curitiba”, veiculada hoje (24/11) pela Coluna Esplanada.

Ao contrário do informado pelo jornalista Leandro Mazzini, não ocorreram remanejamentos forçados de delegados.

Conforme nota divulgada durante a deflagração da 31ª fase da operação em julho deste ano e amplamente divulgada pela imprensa, os delegados Eduardo Mauat da Silva e Duílio Mocelin Cardoso retornaram às suas unidades de origem e foram substituídos por autoridades policiais com larga experiência em investigações internacionais que envolvam crimes financeiros e lavagem de dinheiro.

Os delegados Luciano Flores e Érika Marena aceitaram espontaneamente os convites feitos, respectivamente, pelos superintendentes regionais no Espírito Santo e em Santa Catarina para assumirem funções importantes nas unidades mencionadas. Ambos se sentiram honrados com os novos trabalhos.

Sobre o delegado Márcio Ancelmo, não é verdade que ele tenha recebido convite para ocupar “um alto cargo na direção da corporação”.

A PF também rejeita a afirmação de que a equipe passou a contar com delegados jovens e inexperientes. A formação e capacitação dos policiais federais é referência mundial. No caso da Operação Lava Jato, é fato público e notório o alto grau de capacidade técnica de todos os servidores envolvidos na investigação”.

Com informações de bastidores e pessoas próximas supracitados, mantemos o publicado.

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Delegado alvo de Lula é cotado para substituir Erika Marena em Curitiba
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Leandro Mazzini

A ex-chefe da Operação Lava Jato e ainda integrante do grupo, delegada Érika Marena, será transferida para uma chefia da Polícia Federal em Florianópolis.

Um dos cotados para substituí-la em Curitiba é Filipe Pace. Ele é o delegado que cerca Lula da Silva – na citação da sua ligação com Antonio Palocci . Pace é alvo de processo de Lula.

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Processo de Lula contra delegado federal deixa classe em alerta
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Leandro Mazzini

O processo do ex-presidente da República Lula da Silva contra o delegado federal Felipe Pace acendeu o alerta na categoria e a revolta velada de muitos colegas do investigador.

Lembram que Lula não processou até hoje um procurador ou juiz do caso da Lava Jato, e que sua motivação é intimidar os delegados.

Pace citou que Lula é o ‘Amigo’ nas planilhas de Antonio Palocci, pego na operação. Os advogados do ex-presidente pedem R$ 100 mil de indenização.

Os delegados amigos de Pace citam que, se ele for condenado, a indenização pesada sairá do seu bolso. Lula não processa a corporação PF e sim o delegado. O caso está com um juiz de São Bernardo do Campo, cidade onde reside Lula da Silva.

Para investigadores, a ação de Lula é o teste para um pontapé jurídico de freio da Lava Jato. Advogados do petista dizem que Pace foi irresponsável ao citar Lula sem provas.


Petroleiros pedem Lava Jato para investigar contratos internacionais
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Leandro Mazzini

O Sindicato dos Petroleiros solicitou formalmente à força-tarefa da Operação Lava Jato a investigação dos contratos internacionais da Petrobras.

Os representantes da categoria apontam que offshore e paraísos fiscais foram usados para desviar bilhões de reais de recursos públicos da estatal ainda não revelados pela operação.

Há suspeitas de políticos, empresários e servidores de carreira envolvidos.

O diretor do Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista, Adaedson Costa, afirma à Coluna que aguarda há mais de um ano resposta da força-tarefa sediada em Curitiba.

“Pedimos que todos os contratos sejam investigados; até aqui a Lava Jato se restringiu às empresas nacionais”, reclama o sindicalista.


PF investiga se maleta de varredura do Senado faz grampo
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Leandro Mazzini

A operação Métis da Polícia Federal não mirou os agentes da Polícia Legislativa e sim as maletas do sistema de varredura de escutas compradas pelo Senado.

A estratégica da PF é apertar o chefe da Polícia Legislativa, Pedro Ricardo, o único ainda detido.

A PF teve informações de que as maletas tiveram os softwares alterados para também grampear telefones, o que configuraria uma ‘Gestapo’ do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Foram levadas 10 delas da sede da DEPOL do Senado, e todas passam por análises.

Experientes investigadores dizem sob anonimato que basta um ‘ajuste’ tecnológico nas maletas de varredura do Senado para se tornarem poderosas escutas de telefones celulares, com abrangência num raio de até dois quilômetros de escuta.

E fica a pergunta, diante deste cenário: e se a maleta realmente grampear, o que os agentes do Senado foram fazer com os equipamentos em Curitiba, sede da investigação da Lava Jato?


Quatro escritórios de advocacia defendem Cunha na Lava Jato
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Leandro Mazzini

A Operação Lava Jato e a prisão do político fizeram o ex-presidente da Câmara dos Deputados queimar a língua.

Eduardo Cunha nunca gostou da Ordem dos Advogados do Brasil, defendia auditoria pública e criticava o exame de ordem para a carteirinha – chegou a incluir um ‘contrabando’ numa medida provisória para tentar derrubar a prova.

Agora, trancafiado, Cunha acaba de contratar quatro escritórios de criminalistas renomados. Segundo relatos de amigos próximos, defendem o político os advogados Pierpaolo Botini; Arns de Oliveira; Ticiano Figueiro & Pedro Ivo. Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, dá consultoria.

Quem defendia Cunha durante seu processo de cassação na Câmara Federal era o escritório do ex-procurador Geral Antonio Fernando de Souza, que denunciou os 40 do mensalão.

Mas Antonio Fernando não aparecia no Congresso, sempre foi representado por um sócio na defesa direta de Cunha durante as audiências do Conselho de Ética.

OAB CRITICA

O presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, acompanha a repercussão:

“Registramos agora mais uma contradição na trajetória do ex-deputado. Depois de anos atacando a advocacia, estimulando o fim do Exame e a diminuição da qualidade dos cursos, ele precisa fazer valer o sagrado direito de defesa”, cita Lamachia.

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PF instalou escutas na casa de quatro senadores, diz agente Legislativo
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Leandro Mazzini

> Instalação em apartamentos funcionais foi operação hollywoodiana da Federal, e atrapalhada pela Legislativa

> Informações sigilosas à Coluna são de agente legislativo que fez varreduras; PF não comenta oficialmente

> DEPOL do Senado tem aparelho high tech Oscor, de varredura de escutas ambientais

> Quatro senadores alvos da Lava Jato utilizavam semanalmente os serviços da DEPOL para varreduras em gabinetes e residências

> Polícia Legislativa tem autorização por regimento para fazer varreduras

Atualização sexta, 21, 11h47 – A Polícia Legislativa do Senado Federal pagou o maior mico e cometeu o maior erro de sua História: interferiu numa investigação policial-judicial federal e retirou escutas instaladas na casa de pelo menos quatro senadores, conta em sigilo um agente que participou das varreduras.

Os quatro parlamentares – que não tiveram seus nomes divulgados , por sigilo judicial – são alvo da Operação Lava Jato. A PF, com autorização judicial, fez um trabalho hollywoodiano de instalação das escutas nos apartamentos funcionais, e a Legislativa descobriu e as retirou, a pedido dos senadores que desconfiavam de escutas ambientais. Os senadores solicitaram as varreduras nas residências e descobriram os aparelhos.

Uma fonte da Polícia Legislativa revelou à Coluna que o comando do Senado – leia-se inclusive presidente Renan Calheiros – sabia dessas operações externas da DEPOL. Eles utilizam o aparelho OSCOR, numa maleta com antenas, adquirida pelo Senado há poucos anos.

Esse aparelho é utilizado constantemente em gabinetes dos senadores, em especial desse quarteto alvo da PF.

MALETA & CONTRAINTELIGÊNCIA 

O regimento do Senado Federal autoriza a DEPOL a fazer varreduras antigrampo nas dependências do Congresso e afins – o que inclui as residências dos parlamentares. É a Resolução nº 59 de 2002 e atualizada pela Resolução nº 14 de 2015.

A Polícia Federal, em operação nesta manhã de sexta-feira (21), prendeu quatro agentes da Polícia Legislativa do Senado, e fez buscas e apreensão de documentos no Senado e nas dependências da DEPOL.

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