Novo governo do DF nem assumiu e já tem racha
Leandro Mazzini
Grandes aliados, os senadores Cristovam Buarque (PDT-DF) e Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), eleito governador do Distrito Federal, andam se estranhando.
Em encontro recente com educadores, o ex-ministro da Educação revelou descontentamento com as articulações políticas de Rollemberg, que estaria já se reaproximando do PT de Agnelo Queiroz – governador expulso nas urnas – e da presidente Dilma.
O elo de Rollemberg é o comando do PDT do DF, controlado por Georges Michel, ligado ao cacique Carlos Lupi – por sua vez um fiel seguidor da presidente Dilma.
Na reunião com educadores, Cristovam fez um desabafo que conotou revelação de como anda o diálogo na transição do governo: ‘Se não for para fazer a verdadeira reforma educacional, não vejo futuro’ no novo governo. E que desta forma não se aliará à nova gestão.
Já Rollemberg, em reunião com profissionais no Instituto de Arquitetos de Brasília, soltou: ‘Gente eu preciso de vocês para governar, de nomes técnicos para compor’.
GOVERNABILIDADE
A reaproximação de Rollemberg com o PT local e nacional tem seus motivos. Ele precisa da boa interlocução com o Planalto, por verbas, e também com os deputados do PT e aliados eleitos na Câmara Distrital, porque o quadro eleitoral de 2015 na Câmara Legislativa passa longe da maioria para sua governabilidade.