APO vira maratona de revezamento, e órgão fica com PT
Leandro Mazzini
O general Fernando Azevedo e Silva entregou ontem sua carta de demissão ao ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, no Palácio do Planalto. A Coluna antecipou ontem a sua saída iminente e o provável destino do oficial.
Na bolsa de apostas do Poder o mais cotado para assumir o cargo, a pouco mais de um ano dos Jogos, é o tesoureiro da campanha da presidente Dilma, Edinho Silva – e se confirmado, o governo pela primeira vez partidariza o órgão desde sua criação, quatro anos atrás, e Mercadante, o padrinho da indicação, aumenta seu poder dentro do Governo.
Antes do general, o ex-ministro Marcio Fortes foi APO por dois anos, até pedir sua demissão por motivos pessoais (à época, Dilma demorou um mês para escolher o sucessor)
Para quem assumiu dizendo ‘missão dada é missão cumprida’, e ‘não poderemos falhar’, o general Azevedo e Silva durou pouco – 14 meses – na presidência da Autoridade Pública Olímpica. Enquanto membros da APO dizem que o prefeito Eduardo Paes deu apoio incondicional, outros lamentam que o APO era totalmente esnobado pelo alcaide, que criou também uma APO a nível municipal.
Azevedo e Silva deve assumir o Comando Leste, o mais importante do Brasil, no Rio. Mas não vai se livrar de Eduardo Paes. O prefeito pretende demolir a Vila Militar na Zona Oeste do Rio para os Jogos – ela é um xodó dos oficiais, que ficará sob a tutela do general futuro comandante do Leste. A conferir o duelo.