Coluna Esplanada

PSB aposta em Romário e Marta para Rio e SP

Leandro Mazzini

A Executiva Nacional do PSB fez uma jogada dupla ontem, de olho nas eleições das duas maiores capitais do País ano que vem.

No mesmo dia em que a senadora Marta Suplicy, ainda no PT mas antipetista, fez uma festa de aniversário para fechar informalmente com o PSB a fim de disputar a prefeitura paulistana, a Executiva destituiu o deputado Federal Glauber Braga do comando da legenda no Estado do Rio para entregar a presidência ao senador Romário, que já declarou estar disposto a disputar o Palácio da Cidade em 2016.

Em prol de aposta eleitoral para 2016 que pode vingar, a Executiva atropelou o diretório e causou um racha na legenda fluminense. Romário será candidato a prefeito, mas esboça negociação com o PMDB num cenário para 2018 – quando o PSB pode se comprometer a abrir mão da candidatura ao Palácio Guanabara.

Mesmo com projetos municipais, o PSB tem candidaturas ameaçadas a importantes governos de Estado em 2018. Além do Rio, em São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas.

Acordos locais precoces, com ou sem a anuência das Executivas, sempre deixaram feridas em militantes e nos partidos. A cada dia mais o PSB dá passos apressados vislumbrando um cenário a curto prazo no qual nem tem certeza de retorno eleitoral.

NO TAPETÃO

Romário recorreu a cláusula estatutária sobre montante eleitoral local para tomar o poder do diretório. O destituído Glauber ficou revoltado e desancou a Executiva.

Glauber fora eleito para comandar o diretório com 96% dos votos dos delegados. Repudiou a forma de condução de Romário e disse ser desrespeito à história do PSB.

O senador Romário passou todo o processo sem dar um pio, apesar de procurado. E continua em silêncio, e trabalhando mais quieto que mineiro na moita.

 Este é o destaque da Coluna de hoje, fechada na sexta às 19h e distribuída para a rede Esplanada.