Coluna Esplanada

Investidores internacionais só falam em Mr. Cunha

Leandro Mazzini

Foto: Ag. Câmara

Foto: Ag. Câmara

A intenção de Eduardo Cunha em incitar debate sobre o Parlamentarismo no Brasil é resultado de um eco discreto que corre nas Bolsas.

Chegou ao deputado o episódio ocorrido semana passada: conceituado analista brasileiro, durante teleconferência com investidores de Nova York, Berlim e Londres, ouviu duas perguntas: ‘Qual a probabilidade de não haver impeachment’ da presidente Dilma, e ‘Quem é e o que pretende Mr. Cunha’.

A fama do presidente da Câmara roda o mundo. Para o mercado internacional, é ele, com agenda ofensiva, quem está mandando no Brasil.

O interesse em Cunha dá-se pelo seu Poder Legislativo. Parece óbvio, mas é mais que isso: para os analistas, os investidores só voltam a acreditar no Brasil com regulamentações seguras no mercado.

A exemplo do então presidente da República, Fernando Collor, há duas décadas, Cunha quer aproveitar o bom momento de pauta ativa da Câmara e sugerir plebiscito sobre modelo de Governo. Valendo para 2019 – quando, nos seus planos, pode ser Primeiro-ministro.