Microcervejarias, que pagam 60% de impostos, querem inclusão no Simples
Leandro Mazzini
A Associação Brasileira de Microcervejeiros (Abracerva) – mais de 300 associadas no País – faz lobby na Câmara dos Deputados para que o setor seja incluído entre os que podem se enquadrar no novo ''teto'' ampliado do Simples Nacional. À frente da Abracerva está o empresário Jorge Gitzler.
O projeto deve entrar em pauta na Casa, a despeito da pressão contra do Ministério da Fazenda – O secretário da Receita foi à Câmara tentar barrar a votação, enquanto o ministro Afif Domingos, da Micro e Pequena Empresa, atua pela votação.
Hoje, as cervejas artesanais pagam, acreditem, 60% de imposto – isso explica o preço ''salgado'' da garrafa no freezer.Os microcervejeiros trabalham para que a alíquota de imposto fique entre 18% e 20%.
Dono de cervejeira, o goiano Alberto Nascimento, que circulou pela Câmara, lembra que as artesanais brasileiras já ganharam ''mais de mil prêmios em concursos no exterior''. Mas não são valorizadas aqui.
Apesar da pouca atenção do Legislativo para a causa, o setor cresce no Brasil diante de investimentos pequenos a baixo custo. Estima-se que o País já possua mais de mil pequenas cervejeiras. A Coluna encontrou dois casos:
Ernesto Matthias Pina vai abrir uma pequena fábrica da cerveja Santa Dica em uma casa secular na cidade de Pirenópolis (GO), estância turística cravada no coração do cerrado entre Brasília e Goiânia.
Em Minas, na pequena cidade de Belisário (Zona da Mata), nasceu há dois meses a Beerlisário, investimento do jornalista e ambientalista Renato Sigiliano com amigos. Promovem daqui a cinco semanas a 1ª Oktobeerlisariofest.