Por repasse adicional da União, Piauí vai ‘federalizar’ assentamentos
Leandro Mazzini
Atrás de reforço de caixa, o Governo do Piauí, administrado pelo petista Welligton Dias, encontrou uma forma inusitada para receber mais repasses da União além dos (poucos) já programados: federalizar a reforma agrária já existente no Estado.
O Governo do Piauí espera entregar para o Governo federal até 200 mil hectares de terras para administração do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Ocorre que as áreas negociadas já fazem parte de assentamentos consolidados pelo Interpi, órgão estadual similar ao Incra.
O valor a ser negociado pode chegar a R$ 350 milhões, suficientes para aliviar a pressão do caixa na administração Wellington Dias (PT).
A compra só não foi consolidada por conta da greve dos servidores do Incra, subordinado ao Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) tocado pelo ministro Patrus Ananias – que já assinou protocolo de intenções com o governo estadual.
Sem os editais, o MDA não pode efetuar o pagamento. O governador já fez apelo para que os servidores concluam a burocracia. Assim, poderia contar com o dinheiro ainda em setembro.