Com carta branca para críticas, Wagner é o plano B de Lula
Leandro Mazzini
A tranquilidade de Jaques Wagner nas escancaradas críticas ao PT, para quem o partido ''se lambuzou'', citado sem qualquer cerimônia, tem respaldo do ex-presidente Lula. Aliado de primeira hora e fundador do PT, o agora chefe da Casa Civil tornou-se o cacique com mais poder junto ao líder em baixa no atual cenário.
As respostas irritadas do ex-governador Tarso Genro (RS) e do presidente da legenda, Rui Falcão, contra Wagner, evidenciam uma disputa nas entranhas do partido. O baiano é o plano B de Lula para o Planalto em 2018.
O ex-governador da Bahia já era o ''reserva'' de Lula em 2010, quando o líder escolheu Dilma Rousseff para sucedê-lo. O presidente o deixara de sobreaviso caso Dilma não emplacasse.
E hoje o chefe da Casa Civil apenas faz eco ao que o próprio Lula tem dito nas rodas do poder, sobre o mea culpa que o partido precisa fazer.
Os ataques de Tarso e Falcão a Wagner são ciúme. O gaúcho sonhava ser o escolhido de Lula. E o presidente do PT foi preterido por Wagner nos conselhos a Lula.
Dirigentes petistas avaliam como ''incêndio-amigo'' as declarações de ministros e a distância de parlamentares da legenda.
''O PT precisa de um exame de consciência'', aconselhou Patrus Ananias, ministro do Desenvolvimento Agrário, fazendo coro com Wagner.
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Colaborou Walmor Parente