Pena afiada que sangrou a ditadura, Cony completa 90 anos
Leandro Mazzini
O escritor e jornalista Carlos Heitor Cony completa hoje 90 anos. Com a saúde um pouco debilitada, mas com a memória e a verve literária em alta voltagem, ele reside na Lagoa, no Rio, cercado pela família. Mantém sua coluna na Folha de S.Paulo, faz palestras e ainda esboça romances e crônicas.
Preso seis vezes, como jornalista foi a maior pena afiada que sangrou a ditadura que torturava nos anos de chumbo, com suas crônicas provocadoras no Correio da Manhã.
Imortal da Academia Brasileira de Letras, é autor do livro O Ato e o Fato – coletânea de artigos sócio-políticos sucesso nos anos 70 – e romances premiados, como Quase memória (que virou filme este ano), O piano e a orquestra, Pilatos, entre outros.