A ordem do PMDB: abandono imediato
Leandro Mazzini
O PMDB terá um grande teste a partir de hoje, quando anuncia o seu rompimento com o Governo Dilma Rousseff: provar que não é fisiologista.
A ordem no partido, segundo um cacique, será a imediata entrega de cargos nos sete ministérios e nos segundo e terceiro escalões destas pastas – são quase mil vagas.
Ontem à noite o ministro do Turismo, Henrique Alves, foi o primeiro a pedir demissão.
O diretório de Minas Gerais decidiu aderir ao Comando Michel Temer. Apenas os diretórios de Sergipe, Alagoas e Amazonas estavam reticentes até ontem.
Até a última quarta-feira 'santa', Michel Temer, que pretende herdar o Governo em caso de impeachment, tinha só 12 dos 27 diretórios, mas deu uma guinada na quinta.
O efeito 'boiada' veio com a adesão do diretório do Rio de Janeiro ao Comando Temer. Foi fundamental para que executivas estaduais seguissem a onda. Detalhe, o PMDB do Rio sempre apoiou Aécio Neves desde o início da campanha presidencial em 2014, e seu expoente na Câmara hoje é Leonardo Picciani, que emplacou três ministérios nos últimos meses.
Alguns deputados criticam o apego ao cargo que o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, mantém. Ele é quem segurava o diretório amazonense pró-Dilma.