Bancada dos sem-votos ‘abrilhanta’ o Senado
Leandro Mazzini
Se o cidadão se apavorou com a classe dos artistas do circo no plenário da Câmara, na votação do impeachment de Dilma Rousseff, é porque não viu ainda o teatro que o Senado prepara com seus intelectuais.
Uma amostra foi dada na tarde de quarta-feira.
Os suplentes – que chegam ao cargo sem nenhum voto – brilharam no plenário da Casa Alta. Alguns deles não venceriam para vereador em suas cidades.
Pela primeira vez desde que assumiu em 2011, após a morte de Itamar Franco, Zezé Perrella (PDT-MG) presidiu uma sessão. Na 1ª fila, mesmo debilitado, o segundo suplente (isso mesmo) do cassado Demóstenes Torres, José Eduardo Fleury Fernandes assistiu à sessão por mais de duas horas.
No fim da tarde, adentrou o plenário vestido de Don Corleone o senador Hélio José (PSD-DF), que demorou a tirar os estilosos óculos de sol. Ele vem a ser o suplente de Rodrigo Rollemberg, atual governador do DF. Em 2014, candidato a deputado distrital no DF, Hélio recebeu seis votos.