Coluna Esplanada

Arquivo : achacadores

Cid achou que peitar Cunha e ‘meia desculpa’ o manteriam no cargo
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Leandro Mazzini

Foto: ne10.uol.com.br

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Não foi apenas a pressão do PMDB que derrubou Cid Gomes do Ministério da Educação.

E foi equivocada a ideia do ministro de peitar Eduardo Cunha para agradar à presidente Dilma, em razão de o presidente da Câmara ser persona non grata no Palácio.

A presidente Dilma não iria demiti-lo pelo fato de ter aceitado a sugestão de pedir desculpas na comissão geral da Câmara, convocado pelos parlamentares.

Mas mudou de ideia tão logo soube do circo que o então ministro armou no plenário. Dilma o orientara a se desculpar, mas Cid não seguiu a ordem. Pediu desculpas por aqueles que não são ‘achacadores’, embora não os tenha citado, mas voltou a atacar Cunha, e, pior, apontou o dedo para ele como um dos achacadores.

Diante do episódio, o deputado José Guimarães (CE), ex-líder do PT mas que de fato ainda exerce a interlocução, telefonou para o ministro Pepe Vargas (Relações Institucionais) e avisou: ‘A coisa degringolou aqui’.

Pepe levou a Mercadante (Casa Civil) e este a Dilma, que ficou furiosa. Cid foi convocado ao Planalto assim que desceu da tribuna, entrou sorrindo e confiante no gabinete presidencial, e saiu visivelmente abatido. E demitido.

 


Ministro da Educação imita Lula sobre ‘300 picaretas’ e leva nota zero
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Leandro Mazzini

Foto: ABr

Foto: ABr

E agora Cid? Levou um zero no boletim parlamentar e foi chamado à ‘Diretoria’.

Deputados de variados partidos subiram à tribuna nesta quarta-feira (4), durante grande parte da tarde, para atacar o ministro da Educação, Cid Gomes.

Numa palestra em Belém, Cid citou que ‘400, 300’ deputados estão no Congresso para ‘achacar’, revelou o blog do Josias de Souza.

Nem quando o então sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva disse que havia ‘300 picaretas com anel de doutor’ no Congresso houve tanta repercussão – a frase até inspirou música dos Paralamas do Sucesso.

Na sessão de ontem deputados fizeram fila ao microfone para cobrar de Cid os nomes dos 400, 300 achacadores.

Há outro agravante na situação de Cid, que será convidado à Casa para se explicar. Desde que assumiu o cargo, o ministro diz que é da cota da presidente Dilma, e não do PROS, seu novo partido. No troco, o PROS não o defendeu como se esperava em plenário.

O líder do PROS, Domingos Neto (CE), é aliado de Cid, mas a bancada está rachada devido à insatisfação com as posições do ministro em relação ao partido. Há uma velada disputa pelo poder na legenda. De um lado, o fundador, Eurípedes, de Goiás, com um séquito de parlamentares, e de outro Cid, que tenta controlar a legenda e angariar apoio interno.


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