Coluna Esplanada

Arquivo : Cid Gomes

Com três ministros em um ano, slogan ‘Pátria Educadora’ vira desafio
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Leandro Mazzini

Foto: ABr

Foto: ABr

Dos balanços negativos de 2015, um em especial tirou a presidente Dilma Rousseff do sério.

O slogan do Governo Federal de sua segunda gestão, a “Pátria Educadora”, saiu timidamente do papel.

Nota zero para os cortes em programas, pagamentos atrasados e trocas de ministros – em apenas dez meses foram três: Cid Gomes, defenestrado pela Câmara (à época com Eduardo Cunha em alta), Renato Janine, o especialista que não deu certo, apesar do esforço; e agora Aloizio Mercadante, de volta ao cargo, por força (política) maior.

Além disso, azedou a relação dela com o ministro Mercadante, alijado da Casa Civil a contragosto.

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Colaborou Walmor Parente

 


Agora no PDT, Ciro e Cid Gomes já tentaram controlar PSB e PROS
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Leandro Mazzini

Foto: jmunicipios.com.br

Foto: jmunicipios.com.br

Chegaram à cúpula do PDT recados para que abram os olhos com os irmãos Ciro e Cid Gomes.

Por onde passaram, tentaram controlar os seus partidos. Foi assim no PSB – brigaram com Eduardo Campos (in memoriam), e no PROS, de onde acabam de zarpar.

A disputa no ninho socialista rachou o partido no Nordeste e fez o então governador pernambucano se afastar da dupla e trabalhar pela sua candidatura presidencial até o fatídico acidente aéreo. A esta altura, os Gomes já estavam no PROS, onde também brigaram com a cúpula – ao ponto de membros da bancada federal pedirem a intervenção no diretório do Ceará.

Em três décadas de vida pública, Ciro e Cid já passaram juntos por outros partidos além dos supracitados – PDS, PMDB, PSDB e PPS. Até a publicação desta nota, estavam no PDT, no qual se filiaram semana passada.

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PDT filia Ciro e Cid Gomes com séquito de deputados e prefeitos
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Leandro Mazzini

Cid e Lupi: afinados com novo projeto de poder. Foto extraída do verdinha.com.br

Cid e Lupi: afinados com novo projeto de poder. Foto extraída do verdinha.com.br

Carlos Lupi, presidente do PDT, faz festa para filiação dos irmãos Ciro e Cid Gomes na quarta-feira em Brasília.

Ciro será alçado informalmente a pré-candidato do partido ao Planalto, mesmo com Manoel Dias ainda ministro do Trabalho na cota do PDT no Governo Dilma Rousseff.

Ciro e Cid deixam o PROS e levam o séquito fiel à dupla. Entram também no PDT o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, e 12 deputados estaduais, além de vereadores e prefeitos do Ceará.

O PDT , que segundo seus dirigentes já tem 30% do eleitorado carioca , mesmo depois da morte de Leonel Brizola, “terá oitenta por cento dos votos do Ceará”, calcula o presidente Lupi.


PDT no divã palaciano aposta na estreia dos irmãos Gomes
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Leandro Mazzini

Cid Gomes e Lupi. Foto extraída do dialogospoliticos.wordpress.com

Cid Gomes e Lupi. Foto extraída do dialogospoliticos.wordpress.com

O presidente do PDT, Carlos Lupi, reuniu-se há poucos dias com o ministro do Trabalho, Manoel Dias, seu sucessor na pasta, após a reunião no Planalto sobre a possível troca do ministro para acalmar a bancada na Câmara.

Mas entre os dois o papo foi outro. Dias está garantido no cargo, apesar de a bancada se debandar da base no Congresso. Maneco, como é chamado, é da cota do próprio Lupi.

Lupi e o ministro conversaram muito sobre a entrada dos irmãos Cid e Ciro Gomes no PDT, com filiação nesta segunda em Fortaleza. Ambos acreditam que a dupla, bem afinada com a presidente, tende a fortalecer a interlocução do partido com o Palácio.


Cid Gomes procura legenda para disputar o Planalto
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Leandro Mazzini

Cid - exímio trocador de partido, agora quer outro para disputar a presidência. Foto: UOL

Cid – exímio trocador de partido, agora quer outro para disputar a presidência. Foto: UOL

Os irmãos Cid e Ciro Gomes, ex-governadores do Ceará e com significativo patrimônio eleitoral no Estado, rodam Brasília à procura de partido.

Em companhia do presidente da Assembleia cearense, deputado Zezinho Albuquerque, passaram pelo Congresso Nacional na terça-feira e por sedes de partidos.

Reuniram-se com Carlos Lupi, comandante do PDT, e com o senador Fernando Bezerra (PE), um dos caciques do PSB.

Embora Ciro tenha os holofotes, o plano é Cid se lançar à Presidência. Ex PDS, PMDB, PSDB, PPS, PSB, até esta manhã de quinta-feira os Gomes continuavam no PROS, mas insatisfeitos.

A dupla encontra resistências nas legendas. Arrependidos, os irmãos pediram para voltar ao PSB, mas Fernando Bezerra não garantiu. Ciro e Cid deixaram feridas nos seguidores de Eduardo Campos ao saírem do partido, numa tentativa de controle da legenda anos atrás.

O desembarque mais provável será no PDT, mas o entrave é o líder da Câmara, André Figueiredo, que controla o diretório no Ceará e não abre mão do comando – principalmente para os irmãos Gomes.


PT assumirá o MEC e já indicou nomes para Dilma
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Leandro Mazzini

O ex-reitor Newton Lima, por ora, é o favorito. Foto: ABr

O ex-reitor Newton Lima, por ora, é o favorito. Foto: ABr

A trapalhada verbal de Cid Gomes vai custar ao PROS o Ministério da Educação.

O partido já foi avisado pelos ministros do Planalto de que o PT vai reassumir a pasta. Em reunião nesta terça-feira (24), a direção do PT citou dois deputados para o MEC: o ex-reitor Newton Lima (SP) e o federal mais votado de Minas, Reginaldo Lopes.

Lima foi reitor em São Carlos e presidente da Comissão de Educação na Câmara. Ligado ao governador Fernando Pimentel (MG), Lopes sempre focou sua atuação parlamentar no ensino, é estudioso da área, e notabilizou-se por entrega de ônibus escolares.

Enquanto o PT e a presidente não se decidem, os holofotes também pairam sobre o ex-deputado e educador Gabriel Chalita. Ele esteve em Brasília na última quinta-feira, após a demissão de Cid Gomes, e intrigou até o PMDB. Não há confirmação de agenda com a presidente.

Um congressista da base indicou o cenário para a presidente Dilma esboçado pela equipe palaciana: ela tem duas opções de reforma. Se for pontual, será semana que vem – a mudança no MEC. Se for ampla, com as demandas do PROS e PMDB, e a baixa do PP na Integração, será em alguns meses.

INSISTÊNCIA 

O PROS não desistiu ainda. Alguns parlamentares foram sondados sobre a possibilidade de assumirem a vaga de Cid Gomes. Mas dão de ombros.

Ontem à noite, o presidente do PROS , Eurípedes Junior, convidou fundadores da legenda para um jantar a fim de buscar discurso para convencer a presidente Dilma a ceder outro espaço na Esplanada para o partido.

A bancada do PROS está revoltada com Cid Gomes, porque, ainda no cargo, ele se dizia da cota pessoal da presidente, e não do partido – e agora com sua atitude a legenda perdeu a importante pasta.


Verborragia figadal de Ciro contra Cunha foi o precedente da vingança
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Leandro Mazzini

Ciro: sua verborragia figadal contra Cunha foi o precedente para a vingança do presidente da Câmara contra o irmão. Foto: politicabahia.com.br

Ciro: Ele precedeu o irmão no ataque a Cunha, que esperou o momento para se vingar. Foto: politicabahia.com.br

Vem de longe a ira dos irmãos Gomes com o agora presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e vice-versa.

No último mandato que exerceu, o então deputado Ciro Gomes (2006-2010) atacou o peemedebista em plenário. Eduardo guardou o episódio, embora tenha o rebatido de pronto.

O episódio: Cunha arregimentou apoio para obstruir uma votação pró-governo. Irado, Ciro, aliado do presidente Lula, soltou o verbo ao microfone: disse que Cunha agia assim porque talvez não tivesse sucesso em alguma negociata com o Palácio.

Em outra ocasião, em 2010, de saída da Casa, Ciro disse numa entrevista que o PMDB é um ‘ajuntamento de assaltantes’, o que causou mais ira dos parlamentares da legenda.

Daí Cunha, desta vez, usar a força do cargo para se vingar. Não só convenceu os líderes a fazerem fila na tribuna para atacar o irmão dele, Cid Gomes, sobre a infeliz frase ‘400, 300 achacadores’, como depois enviou junta médica da Casa para investigar se Cid realmente estava doente ou driblava a convocação da Câmara, diante de licença médica repentina.


Cid achou que peitar Cunha e ‘meia desculpa’ o manteriam no cargo
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Leandro Mazzini

Foto: ne10.uol.com.br

Foto: ne10.uol.com.br

Não foi apenas a pressão do PMDB que derrubou Cid Gomes do Ministério da Educação.

E foi equivocada a ideia do ministro de peitar Eduardo Cunha para agradar à presidente Dilma, em razão de o presidente da Câmara ser persona non grata no Palácio.

A presidente Dilma não iria demiti-lo pelo fato de ter aceitado a sugestão de pedir desculpas na comissão geral da Câmara, convocado pelos parlamentares.

Mas mudou de ideia tão logo soube do circo que o então ministro armou no plenário. Dilma o orientara a se desculpar, mas Cid não seguiu a ordem. Pediu desculpas por aqueles que não são ‘achacadores’, embora não os tenha citado, mas voltou a atacar Cunha, e, pior, apontou o dedo para ele como um dos achacadores.

Diante do episódio, o deputado José Guimarães (CE), ex-líder do PT mas que de fato ainda exerce a interlocução, telefonou para o ministro Pepe Vargas (Relações Institucionais) e avisou: ‘A coisa degringolou aqui’.

Pepe levou a Mercadante (Casa Civil) e este a Dilma, que ficou furiosa. Cid foi convocado ao Planalto assim que desceu da tribuna, entrou sorrindo e confiante no gabinete presidencial, e saiu visivelmente abatido. E demitido.

 


Líder: ‘A bancada do PMDB não quer MEC e pecha de fisiologista’
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Leandro Mazzini

Foto do site pessoal

Foto do site pessoal

Maior bancada da Câmara e respaldada pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (RJ), o PMDB avisou ao Palácio do Planalto que não pretende reivindicar a vaga do ex-ministro da Educação Cid Gomes, que praticamente se demitiu ontem após a trapalhada verbal em sua defesa na comissão geral, da tribuna da Câmara.

Quem garante que não há intenção de poder é o líder do PMDB na Câmara, deputado Leonardo Picciani (RJ): ‘A bancada não quer o Ministério, não quer ficar com a pecha de fisiologista’.

Picciani reuniu-se com os deputados na manhã desta quinta-feira na liderança e percebeu que ‘a voz corrente é rechaçar’ eventual oferecimento do Palácio para o partido indicar um ministro para a pasta.