Oposição dominicana acusa João Santana de lavar US$ 16 milhões
Leandro Mazzini
Não bastasse a prisão temporária que brecou a carreira de marqueteiro político, o jornalista e publicitário João Santana pode estar assistindo apenas ao início do seu inferno judicial e policial.
Político da oposição ao presidente da República Dominicana, Danilo Medina, a quem Santana atendia até ontem, Humberto Salazar soltou o verbo e denunciou que o brasileiro usou empresa de fachada, a Polis-Caribe, para repatriar de Angola US$ 16 milhões, que passaram por bancos dominicanos e foram destinados ao Brasil.
Se procurar e ouvir Salazar, a Justiça Federal brasileira terá um pote de ouro nas mãos.
Salazar revelou para amigos que há fortes indícios de que a Polis-Caribe é empresa fachada, e nem tem sede em Santo Domingo. O seu endereço é de um apartamento na Calle Helios, na Bella Vista, bairro nobre da capital.
Não por acaso, é em Angola que a Odebrecht – envolta nesta denúncia que pegou Santana – tem grandes obras bancadas desde o Governo Lula.