Convenção do PSDB tem disputa por instituto e batalha ideológica
Leandro Mazzini
Bicadas no ninho tucano.
A convenção do PSDB neste domingo em Brasília promete momentos tensos, embora a cúpula pregue a união.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, fechou com o presidente do partido, Aécio Neves, e conseguiu emplacar o deputado Silvio Torres (SP) como Secretário-geral, mas há uma disputa ferrenha pela presidência do Instituto Teotônio Vilela.
Sem mandato e cargo, o indicado, da cota do governador paulista, é o ex-deputado José Aníbal. Ocorre que o deputado federal Luiz Carlos Hauly (PR) descarta acordão e quer disputar a vaga. Além disso, os evangélicos vão questionar os progressistas sobre o trecho que fala de diversidade de gênero num artigo do estatuto.
Hauly diz que conseguiu assinaturas de 41 de 54 federais, e o apoio informal dos senadores e governadores. O ITV tem orçamento próprio e voz ativa na executiva.
Já a batalha ideológica terá pontapé da turma cristã. O deputado João Campos (GO) vai questionar o Artigo 2º, que cita ‘princípios programáticos’, com ‘respeito às diferentes orientações sexuais e identidade de gênero’
Campos e Izalci (DF) capitaneiam grupo que pretende mudar o texto para o da base na Constituição: ‘Promover o bem de todos, sem preconceito de origem, raças, sexo, cor’