Coluna Esplanada

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PSB cerca Alckmin para lançá-lo em 2018
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Leandro Mazzini

O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, tem se engajado cada vez mais na tentativa de atrair o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB-SP), e lançá-lo à presidência em 2018.

O tucano ainda não disse “sim”, mas também não recusou, e diz a próximos estar disposto a “brigar internamente” para ser o nome do PSDB na corrida ao Planalto.

O páreo, no entanto, está cada vez mais duro. Aécio Neves é, hoje, o candidato natural do PSDB. Ele controla a grande maioria dos delegados numa convenção. Isso obriga Alckmin a sair do ninho tucano.

Outro tucano forte no ninho é o chanceler José Serra – nome forte no Governo Temer, mas ele pode sair para PMDB.

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Temer tenta reconquistar PSDB via FHC
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Leandro Mazzini

A visita do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ao presidente Michel Temer, em Brasília, a convite, não foi apenas um reencontro de amigos e para o chefe da nação ouvir dicas de quem passou pelo cargo.

A interlocução com o PSDB no Congresso voltou ao zero, e nem Temer tampouco os ministros conseguiram a reaproximação com Aécio Neves, que desconfia de que o PMDB não vai cumprir acordo para 2018. O PMDB precisa hoje do PSDB na base para aprovar projetos importantes.

Ao nivelar a interlocução ‘por cima’, Temer pode ter piorado a situação. Mas ao lado dele estão os ministros tucanos Bruno Araújo (Cidades) e José Serra (Itamaraty) para tentar aparar as arestas dentro do tucanato.

O acordo informal do PMDB com PSDB é Temer apoiar o senador tucano na candidatura à Presidência em 2018 e indicar um vice. Se Aécio se confirmar candidato.

Para piorar o cenário na desconfiança do mineiro, há dois entraves no caminho. José Serra continua no páreo (mas pode ir para o PMDB e se lançar). E Geraldo Alckmin já foi anunciado pelo prefeito eleito João Dória Jr. como pré-candidato no PSDB – o governador de São Paulo, porém, pode ir para o PSB, porque Aécio hoje controla a maior parte dos delegados da legenda


Prévia da prévia: Alckmin tem empresários, mas Aécio controla delegados
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Leandro Mazzini

O esperado duelo de bicadas no ninho tucano para 2018 será interessante.

Enquanto Geraldo Alckmin tem ao seu lado os maiores empresários do País, num jogo eleitoral em que não se pode mais ter doações de empresas, o senador Aécio Neves controla, hoje, a grande maioria dos delegados do partido.

Por isso o político mineiro quer e aposta nas prévias do PSDB. Ao passo que o anúncio precoce da potencial pré-candidatura de Alckmin pelo prefeito paulistano eleito João Dória foi classificado, no tucanato, um ato de desespero para mostrar serviço e ‘pagar a fatura’ do apoio do governador de São Paulo.


Efeito de protestos e Lava Jato, urnas revelam líderes para 2018 e 2022
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Leandro Mazzini

> Protestos de 2013 associados às prisões e revelações da Operação Lava Jato impulsionam o voto de protesto e o voto ‘no novo’

> Crivella, Dória, Freixo e ACM Neto surgem como novos líderes estaduais e potenciais nacionais, independentemente do resultado das eleições

> Partidos terão de repensar estruturas e candidaturas de caciques para 2018 e 2022 se as urnas concretizarem as intenções de votos em várias capitais

Os resultados das urnas deste domingo (2) vão revelar novos líderes políticos para os próximos anos, já indicaram as pesquisas de intenção de votos em algumas capitais. Em especial, eles vêm do Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte e São Paulo, e, independentemente do resultado no segundo turno, eles vão mexer com as consolidadas estruturas de seus partidos e colocam em risco os projetos dos conhecidos caciques. Em suma, o cenário político para 2018 e 2022 pode ser muito diferente do programado pelos grandes partidos para estes Estados e também para os projetos presidenciais.

Em Salvador, é pule de dez o prefeito ACM Neto ser reeleito em primeiro turno. Maior representante nacional do DEM hoje – ao lado do senador Ronaldo Caiado (GO) – Neto deu sobrevida a uma legenda de direita que naufragava há poucos anos diante do poder da centro-esquerda.

Neto passou a ter voz nacional. Em viagens constantes a Brasília, articula permanentemente com PSDB, PPS e outros partidos parceiros, e mantém viva a esperança dos carlistas de ter novamente um representante do clã no Palácio Ondina. ACM Neto é potencial candidato governador em 2018. E também pode surgir como um nome do DEM para o Planalto nas eleições vindouras.

Rio e São Paulo, as maiores vitrines políticas do país – por serem os maiores colégios eleitorais, concentrarem os meios de comunicação e também grandes problemas sócio-econômicos – também lançarão seus novos nomes.

A ascensão de Marcelo Crivella (PRB) no Rio, resultado principalmente de um recall de seguidas eleições de 2000, faz do senador um potencial nome nacional da centro-esquerda, diante da debandada do PT, e do enfraquecimento de Luiz Inácio. Favorito para prefeito, no primeiro e no segundo turnos, de acordo com sondagens, Crivella, se eleito e se conseguir boa gestão, será naturalmente candidato a governador em alguns anos e também surgirá para o Planalto.

Vale lembrar o fenômeno Anthony Garotinho, em 2002, que teve 15 milhões de votos para presidente após um governo populista no Estado fluminense. Garotinho hoje é aliado de Crivella – este se dissociou da Igreja Universal, da qual é bispo, e há anos faz um trabalho de imagem para mostrar ao eleitor do Rio que pode ‘governar para todos’.

A grande surpresa veio de São Paulo. O empresário milionário João Dória Jr (PSDB), filho de ex-deputado, nunca tentou um mandato. Agora o faz com um mega desafio, e tem vencido etapas com surpreendente desenvoltura. O comunicador e promoter de eventos empresariais ( criador do LIDE, que reúne há mais de 10 anos os maiores empresários e CEOs do país), Dória fez do sucesso de seu network uma alavanca para se aproximar de grandes nomes políticos, numa frente suprapartidária.

Com aval do governador Geraldo Alckmin, seu maior padrinho, peitou a executiva municipal do PSDB e conseguiu se lançar. Bom de TV embora ainda não tenha mostrado a que veio, conseguiu estupendos números com um discurso direto e conciliador, com ataques aos rivais e uma campanha criativa nas redes sociais. Embora o marketing ainda seja o seu único ponto forte. Se vencer a eleição, terá o desafio de mostrar que é tão bom gestor público como é com suas empresas – e pode se cacifar também para o Palácio Bandeirantes. Caso contrário, naufraga como a gestão petista.

Dória e Crivella são as maiores revelações desta eleição. São os dois principais nomes para uma eleição presidencial a partir de 2022 se vencerem suas disputas este ano.

Uma curiosidade em Belo Horizonte. O candidato favorito, João Leite (PSDB), e o segundo colocado nas pesquisas, Alexandre Kalil (PHS), são egressos do time Atlético Mineiro, o Galo. Leite foi goleiro do clube nas décadas de 80 e 90; Kalil sempre foi da cúpula do clube, e hoje é presidente.

A eventual vitória de Leite, que tem ampla vantagem na boca de urna, pode representar a volta de Aécio Neves como cacique pelo menos na capital. O presidenciável perdeu o governo do Estado para Fernando Pimentel, em 2014, quando seu candidato Pimenta da Veiga sucumbiu ao poder do PT e às críticas aos 12 anos de gestão tucana.

SEGUNDO TURNO

O esperado segundo turno para São Paulo e Rio de Janeiro, as maiores cidades do país, mexe com todos os partidos e lideranças em Brasília. São os eleitores, acontecimentos sócio-políticos e arranjos eleitorais dessas capitais e suas gestões que norteiam decisões nacionais de campanhas futuras.

A disputa está embolada para o segundo colocado nas duas capitais.

Em São Paulo, se Dória tiver a ex-prefeita Marta Suplicy como adversária, ambos têm chances de vitória. A distribuição de coalizão para a segunda etapa será quase equânime, tamanho o poder de Alckmin e Michel Temer, os padrinhos de ambos, respectivamente.

As chances de Dória aumentam em caso de disputa com qualquer nome que não seja Marta, diante da alta rejeição dos adversários como Fernando Hadadd (PT) e Celso Russomanno (PRB). Há uma tendência, nestes dois casos, de Dória ganhar a aliança da maioria dos partidos hoje rivais.

O cenário é similar para Crivella no Rio. Ele é potencial prefeito caso passe ao segundo turno com qualquer um dos candidatos de esquerda. As pesquisas indicam um segundo turno entre Crivella e Freixo (PSOL). Neste caso, o candidato do PRB ganha o apoio até do PMDB de Eduardo Paes.

A essa altura, contam os bastidores , Jandira Feghali (PCdoB-PT) já fechou com Freixo para o segundo turno. Crivella passa a ver seu projeto em risco caso o seu adversário seja Pedro Paulo (PMDB), o escolhido pelo prefeito Paes. Há, neste cenário, a tendência de que a maioria dos partidos de centro fechem com Pedro Paulo.

Estão embolados no segundo lugar, além de Freixo, a Jandira, o Indio da Costa (PSD), Pedro Paulo e Flávio Bolsonaro (PSC). A rejeição aos Bolsonaro e ao candidato de Paes, e a autofagia de Jandira e Freixo nas últimas semanas como os candidatos da declarada esquerda podem beneficiar diretamente Indio. O deputado federal, que se lançou com o discurso de relator da Lei Ficha Limpa, pode se beneficiar dos 20% de indecisos que vão decidir na urna. Outro beneficiado pode ser Pedro Paulo.

Nesta leitura, os potenciais candidatos a segundo turno com Crivella são Indio e Pedro Paulo.

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Coronel da PM paulista é o novo chefe dos presídios federais
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Leandro Mazzini

O Coronel da Polícia Militar paulista Marco Antonio Severo foi nomeado pelo presidente Michel Temer o novo chefe do Departamento Penitenciário Nacional, numa articulação com o governador Geraldo Alckmin.

De alto gabarito e experiência, de acordo com o setor de segurança, teve aval também dos órgãos de segurança federais – em especial o ministro da Justiça – e segue com a missão de manter a ordem nos presídios federais.

Severo é quem já cuida da guarda dos 11 acusados de preparar atos terroristas no Brasil, presos pela Polícia Federal há dias, e detidos numa unidade penitenciária federal.

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Alckmin vai reforçar combate ao contrabando de cigarros
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Leandro Mazzini

Depois da divulgação das iniciativas federais de combate ao contrabando comandadas pelo chanceler José Serra, o governador Geraldo Alckmin, de São Paulo, decidiu não ficar atrás.

Prometeu a empresários do setor ação contundente para reprimir contrabando de cigarros no Estado.

De acordo com dados nas mãos do governador, o contrabando de cigarros em São Paulo representa 41% de mercado, sendo a marca Eight, do presidente paraguaio Horácio Cartes, a líder de com 25% das vendas.

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Partidos já negociam candidatos para 2018
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Leandro Mazzini

As eleições municipais estão à porta do brasileiro, mas os grandes partidos não param de negociar, desde já, os seus nomes para o pleito presidencial de 2018.

Controlador do PSDB e da grande maioria dos delegados partidários, o senador Aécio Neves mantêm-se como o nome tucano no atual cenário. Daí surgirem especulações de que, ciente disso, o governador paulista Geraldo Alckmin não descarta se lançar pelo PSB – puxado pelo seu vice-governador Márcio França (PSB).

O senador Cristóvam Buarque pode trocar o PDT pelo PPS para voltar ao combate. Lula é nome certo no PT, e o militar e deputado Jair Bolsonaro, hoje no PP, já tratou sua entrada no PSC, onde o Pastor Everaldo cederá o lugar para a disputa.

Com a Rede Sustentabilidade oficializada, Marina Silva engrossa a lista e recomeçará sua maratona pelo relançamento das Casas de Marina. O partido tenta este ano se fortalecer com eleição de prefeitos e vereadores, crucial para 2018.

Ministro das Cidades e aliado do PT atualmente, Gilberto Kassab pode ceder o PSD para o senador José Serra (PSDB), que o lançou na política. Seria um ato de gratidão de Kassab – que em outra ponta também conversa, e muito, com o governador Marconi Perillo (PSDB), de Goiás. Ele está no quarto mandato no Palácio das Esmeraldas e sonha se alçar ao cenário nacional.

Dois motivos colaboram para antecipação das articulações: A instabilidade política da presidente Dilma e a tradicional precipitação do debate, mesmo que velado, pelos protagonistas dos partidos, temendo perderem o timing.

O PSDB é o partido com mais nomes de projeção nacional, como supracitado. Além de Aécio, Marconi, Serra e Alckmin sonham com projeção presidencial, mas com perfis pragmáticos, há quem aposte que dificilmente possam deixar o partido – com exceção de Alckmin, cuja conjuntura aponta para uma forte candidatura caso entre no PSB.

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Convenção do PSDB tem disputa por instituto e batalha ideológica
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Leandro Mazzini

Hauly: ele quer o ITV.

Hauly: ele quer o ITV.

Bicadas no ninho tucano.

A convenção do PSDB neste domingo em Brasília promete momentos tensos, embora a cúpula pregue a união.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, fechou com o presidente do partido, Aécio Neves, e conseguiu emplacar o deputado Silvio Torres (SP) como Secretário-geral, mas há uma disputa ferrenha pela presidência do Instituto Teotônio Vilela.

Sem mandato e cargo, o indicado, da cota do governador paulista, é o ex-deputado José Aníbal. Ocorre que o deputado federal Luiz Carlos Hauly (PR) descarta acordão e quer disputar a vaga. Além disso, os evangélicos vão questionar os progressistas sobre o trecho que fala de diversidade de gênero num artigo do estatuto.

Hauly diz que conseguiu assinaturas de 41 de 54 federais, e o apoio informal dos senadores e governadores. O ITV tem orçamento próprio e voz ativa na executiva.

Já a batalha ideológica terá pontapé da turma cristã. O deputado João Campos (GO) vai questionar o Artigo 2º, que cita ‘princípios programáticos’, com ‘respeito às diferentes orientações sexuais e identidade de gênero’

Campos e Izalci (DF) capitaneiam grupo que pretende mudar o texto para o da base na Constituição: ‘Promover o bem de todos, sem preconceito de origem, raças, sexo, cor’

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Reunião de governadores do Sudeste vira marquetagem contra a União
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Leandro Mazzini

Pimentel - tenso, com a PF à porta - Alckmin, Pezão e Hartung - modelo do 'tudo combinado, nada resolvido' se repete desde 2006.

Pimentel – tenso, com a PF à porta – Alckmin, Pezão e Hartung – modelo do ‘tudo combinado, nada resolvido’ se repete desde 2006.

A nova série de reuniões de governadores do Sudeste é marketing puro. A exemplo das anteriores, buscam holofotes para culpar o governo por mazelas por setores que competem principalmente às suas administrações. A diferença é que, unidos, o grito sai mais alto.

Em 2006, quando Sérgio Cabral (PMDB-RJ) assumiu no Rio, houve uma reunião destas: ele, o capixaba Paulo Hartung (o porta voz que agora retornou), José Serra (SP) e Aécio Neves (MG).

Falaram de reforma tributária, e de segurança nas fronteiras. Propuseram um pacto, avisaram ao então presidente Lula. Nada andou.

No início deste ano, o quarteto do Sudeste – Hartung é o ‘repetente’ – se reuniu para discutir segurança pública e propôs um pacto ao Ministério da Justiça. De novo, tudo combinado e nada resolvido.


Alckmin pode apoiar Marta para a Prefeitura de SP
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Leandro Mazzini

Alckmin e Marta - há quem garanta que ambos já conversam no cantinho. Foto: Folha

Alckmin e Marta – há quem garanta que ambos já conversam no cantinho. Foto: Folha

O PSDB pode bater pé, gritar, mas não tem ainda um candidato forte à Prefeitura de São Paulo. Seus dois maiores expoentes estão seguros politicamente. Geraldo Alckmin segue no Governo; e José Serra, no Senado, não dá sinais de que pretende se aventurar novamente.

Por isso, neste cenário socialistas já indicam, nos bastidores, que Alckmin pode até lançar um candidato tucano (um nome novo), para disputar a Prefeitura de São Paulo ano que vem. Mas seu projeto para valer é apoiar Marta Suplicy – que está prestes a se filiar ao PSB para concorrer ao cargo – desde o primeiro turno, mesmo que veladamente.

O apoio a Marta no PSB passa pelo projeto nacional que Alckmin esboça para 2018 – quanto mais próximo do partido que lhe dá o vice no Governo, menos resistência terá numa eventual proposta de coalizão se sair candidato a presidente.

Tucanos e socialistas garantem que, mesmo que fique neutro ou apoie um candidato tucano num primeiro turno, o governador apostará toda a estrutura e militância em Marta se ela avançar num eventual segundo turno contra o esperado candidato Fernando Haddad (PT).