Campanhas em três Estados são movidas a dossiês com áudios e vídeo
Leandro Mazzini
Um festival de dossiês
Vídeo, áudios, foto em atitude suspeita – vale tudo na reta final de campanha na tentativa de derrubar adversários nas urnas.
Pelo menos três casos vieram à tona nos últimos dias, e podem causar estrago na candidatura de postulantes a governos. Material guardado há meses ou anos depois de descobertos, e divulgados agora para atingir em cheio campanha de adversários.
No Pará, vazou áudio de 2011 da filha do governador Simão Jatene (PSDB) com curioso interesse nas empresas devedoras do Estado. O MP e a Assembleia vão investigar por que Izabela Jatene queria a lista das 300 maiores devedoras. Ela foi pega sem querer num grampo da Polícia.
No Amazonas, foi descoberto e divulgado o áudio do subsecretário de Justiça do governador José Mello (PROS) negociando votos com o maior traficante do Estado, e dentro da cadeia.
E no Amapá, um vídeo do governador Camilo Capiberibe com suposta propina. O vídeo não tem áudio, é apontado de quando deputado estadual. Não há provas de que recebe dinheiro, mas ele guarda apressado dois pacotes numa bolsa.