Coluna Esplanada

Arquivo : carlos lupi

Em vídeo, irmã de Brizola Neto exalta Lupi
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Leandro Mazzini

Na briga de caciques do PDT, a relação entre um veterano e uma novata ilustre renderia bons apelidos a ambos se levados a uma tribo de fato: Língua Mordida e Cara Pálida.

Caiu na rede o vídeo em que, dois anos atrás, a deputada estadual Juliana Brizola (Língua Mordida), hoje figadal opositora, rasga elogios ao então ministro Carlos Lupi (Cara Pálida), atual presidente do PDT – sucedido na Esplanada por seu irmão, Brizola Neto.

Na fala de oito minutos, entre outros elogios, ela revela as ‘fortes’ ligações de Lupi com a família. ‘Tenho certeza de que meu avô não poderia ter escolhido melhor sucessor’, diz, num dos pontos altos.

Como em política – e entre egos políticos – um dia é diferente de outro, hoje Juliana é oposição a Lupi na disputa interna. Ela e os irmãos, inclusive o ministro do Trabalho que acaba de cair, apoiam Alceu Collares contra o atual presidente Lupi, que tenta a reeleição.

A despeito da queda de Brizola Neto do ministério nesta sexta, desde que caiu em abril passado da pasta Lupi mantém o domínio da bancada do PDT no Congresso e tem a maior parte do partido com ele. Dia 22 os delegados do partido decidem se Lupi continua ou por Collares, o candidato dos Brizola.

Detalhe, para quem assistir ao vídeo: o semblante do já desconfiado Lupi à ocasião do evento em que foi elogiado.


Collares disputará presidência do PDT contra Lupi
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Leandro Mazzini

O Ex-Governador Alceu Collares, do Rio Grande do Sul, vai disputar a presidência do PDT com o atual ocupante do cargo, Carlos Lupi, que tentará a reeleição.

O PDT decide dia 22 quem vai presidir o partido e seus rumos. A legenda está rachada entre o grupo de Lupi e o do ministro do Trabalho, Brizola Neto, que lançou Collares.

Trabalhista histórico, Collares tem o apoio também da deputada estadual Jualiana Brizola . O ex-governador é próximo da presidente Dilma Rousseff – ela trabalhou em seu governo gaúcho.

A eleição pode definir a posição do PDT nas eleições de 2014. O grupo de Lupi – ele ainda magoado com a presidente Dilma por ter sido demitido do ministério – quer lançar um candidato a presidente ou compor com o eventual candidato Eduardo Campos (PSB).

Já o grupo de Collares, bancado por Brizola, fortalece o ministro no cargo, fecha com o PT para 2014 e pode autorizar a volta de Carlos Araújo, ex-marido de Dilma, que tenta retornar ao partido. Isso vai depender também da composição da Executiva Nacional, que endossa a entrada, ou não.


Dilma tenta barrar candidatura do PDT ao Planalto
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Leandro Mazzini

Egressa do partido, a presidente Dilma Rousseff está preocupada com o rumo do PDT na composição da base no Congresso e nas eleições.

Recebeu há poucos dias o presidente da legenda, Carlos Lupi – que ela demitiu do Ministério do Trabalho. Sem citar as eleições de 2014, indicou para ele o compromisso de aliança com o PT na sua campanha à reeleição. O recado ficou claro para Lupi.

Atualmente o PDT com 26 deputados e cinco senadores. Não é de se descartar no Congresso, mas não tem mais tanto peso como antes. O padrinho de Lupi para a audiência foi o ex-presidente Lula, apesar de o presidente do PDT dizer que “tem ótima relação com Dilma”, com quem conversou “umas cinco vezes já” desde que deixou o ministério.

Agora na linha independente, Lupi controla grande parte do partido e pretende lançar Cristovam Buarque ao Planalto. Nome de Dilma dentro do PDT, o ministro Brizola Neto, que sucedeu Lupi, tenta assumir o comando da legenda, mas não tem votos. Na versão de Lupi, “a presidente se mostrou preocupada com isso”. Nas entrelinhas, não é bom ter um ministro que não controla a bancada. O líder pedetista na Câmara é André Figueiredo (CE), recém-conduzido e afinado com Lupi.

Abre-se aqui um parêntese. O caso remete ao imbróglio que apeou do cargo o então ministro das Cidades, Mario Negromonte (PP-BA), porque ele bateu de frente com a bancada do seu partido. O que dá fôlego a Brizola Neto, no entanto, embora não tenha maioria, é o respeito da agremiação política conquistado por ele próprio, não respaldado pelo sobrenome.

Dia 22 de março, o PDT vai rachado e em crise existencial para a escolha de seu novo presidente. Lupi quer a reeleição. Brizola Neto deve lançar um dos dois irmãos – Leonel, vereador no Rio, ou Júlia, deputada no Rio Grande do Sul, para honrar o sobrenome da família do saudoso fundador. Embora de olho nos rumos da legenda que a alçou à política, Dilma Rousseff ficará alheia e avisou a Lupi: “Eu não vou me meter nessa disputa”.

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